O BOM LADRÃO

Ele Entrou em minha casa no silêncio da madrugada.

Não bateu na porta, não pediu permissão.

Apenas arquitetara o momento certo da invasão.

O silêncio se fez ideal para adentrar o íntimo do meu lar.

Uma vez tomado daquele território, sentia a necessidade de ficar.

Agora se achava dono daquele espaço, um espaço ainda desconhecido.

A paciência era a maior de suas virtudes

Não desistia... Insistia... Persistia...

E quase sempre conseguia.

Essa conquista era fruto do desejo de sua chegada.

Sim. Um desejo mudo. Já sentido pelo dono da casa.

Ah! Se ele soubesse, que batendo, a porta se abriria.

Mas o impetuoso ladrão, preferiu a invasão, pra roubar meu coração.