LENDA
( a imagem é da Cachoeira do Rio das Pedras)
Ele se chamava Paraná, era um lindo índiozinho
Ela era Jaciara, menina dos olhos orvalhados...
Brincavam juntos pela infância feliz, entre as
araucárias densas daquelas matas paranaenses.
Eram crianças indígenas de tribos diferentes, ele
pertencia aos Xetás, ela aos Kaingang.
Mas se encontravam sempre nas águas do lindo
rio que separava as terras de suas tribos, e na ino-
cência de suas tenras idades, não entendiam que
tinham que viver separados.
Gostavam tanto de nadar nas quedas dágua daquela
imensa cachoeira que caía formando aqueles lindos
véus!! Eram três...e eles nadavam ali naquelas límpidas
águas.
Jaciara tinha um lindo papagaio de estimação que trazia
sempre nos ombros. Paraná tinha um pequeno macaquinho.
Vivia atrás dele, enrolando-se sem suas pernas, enroscando
em seu pescoço...
E assim eles foram crescendo. A amizade pura daqueles pe-
quenos indiozinhos foi ficando mais forte, e com a chegada
da puberdade, perceberam que eram diferentes um do outro.
A menina começou a se enfeitar para se encontrar com o
garoto, queria que ele a achasse bonita.
Colocava colares de miçangas coloridas no pescoço, penas
de pássaros nos tornozelos...amarrava cordões vermelhos
nos quadris...e ficava linda...e o menino via e se encantava
com ela; então ele também se enfeitava, pintava o rosto,
brincava de luta com seus amigos da aldeia...tudo para ficar
mais forte e mais viril...e Jaciara começava a amar o jovem.
Mas um dia o pai dela andando pelas matas viu os dois con-
versando e a proibiu de vê-lo e a prendeu em uma das ocas
da tribo, ela já estava prometida para um outro índio que o
pai havia escolhido. A menina chorou, chorou, com seus olhi-
nhos orvalhados, pediu, implorou ao pai, que a soltasse...
Paraná, sentiu demais a falta da menina em seus passeios
pela floresta, e foi ficando triste...triste...
Passou um ano, a menina teve que se casar com o outro
indio Kaiangang...fizeram festa, enfeitaram a mocinha-índia..
Ela ficou tão linda! Pintada, enfeitada para o casamento.
Mas estava triste, e de longe, seu amado via tudo, acompa-
nhava a cena e seu amigo macaquinho é que lhe fazia com-
panhia, e o consolava...
Um dia depois de alguns meses, eles se encontraram nova-
mente na cachoeira do Rio das pedras...foi um encontro
mágico...a saudade era imensa! Não conseguiram disfarçar
o amor, o querer que tinham um pelo outro...
Se abraçaram, se amaram no meio daquelas árvores imensas...
E não mais se largaram..fugiram para longe...para a beira
do mar, foram morar no litoral...
As duas tribos que eram inimigas ficaram tão tristes com a
falta de seus filhos amados que resolveram fazer as pazes
e conviver como tribos-irmãs...para que não acontecesse
novamente algo tão triste.
O casal formou família se uniram a uma outra tribo da região
a tribo: Guarani...e felizes puderam ter vários filhos e ter
muita paz e alegria.
*******************************
Esta é minha homenagem às três tribos indígenas do
Estado do Paraná: Os GUARANIS, kAINGANG E XETÁ.
Este conto não tem fundamento histórico, é uma livre-
criação da autora.
( a imagem é da Cachoeira do Rio das Pedras)
Ele se chamava Paraná, era um lindo índiozinho
Ela era Jaciara, menina dos olhos orvalhados...
Brincavam juntos pela infância feliz, entre as
araucárias densas daquelas matas paranaenses.
Eram crianças indígenas de tribos diferentes, ele
pertencia aos Xetás, ela aos Kaingang.
Mas se encontravam sempre nas águas do lindo
rio que separava as terras de suas tribos, e na ino-
cência de suas tenras idades, não entendiam que
tinham que viver separados.
Gostavam tanto de nadar nas quedas dágua daquela
imensa cachoeira que caía formando aqueles lindos
véus!! Eram três...e eles nadavam ali naquelas límpidas
águas.
Jaciara tinha um lindo papagaio de estimação que trazia
sempre nos ombros. Paraná tinha um pequeno macaquinho.
Vivia atrás dele, enrolando-se sem suas pernas, enroscando
em seu pescoço...
E assim eles foram crescendo. A amizade pura daqueles pe-
quenos indiozinhos foi ficando mais forte, e com a chegada
da puberdade, perceberam que eram diferentes um do outro.
A menina começou a se enfeitar para se encontrar com o
garoto, queria que ele a achasse bonita.
Colocava colares de miçangas coloridas no pescoço, penas
de pássaros nos tornozelos...amarrava cordões vermelhos
nos quadris...e ficava linda...e o menino via e se encantava
com ela; então ele também se enfeitava, pintava o rosto,
brincava de luta com seus amigos da aldeia...tudo para ficar
mais forte e mais viril...e Jaciara começava a amar o jovem.
Mas um dia o pai dela andando pelas matas viu os dois con-
versando e a proibiu de vê-lo e a prendeu em uma das ocas
da tribo, ela já estava prometida para um outro índio que o
pai havia escolhido. A menina chorou, chorou, com seus olhi-
nhos orvalhados, pediu, implorou ao pai, que a soltasse...
Paraná, sentiu demais a falta da menina em seus passeios
pela floresta, e foi ficando triste...triste...
Passou um ano, a menina teve que se casar com o outro
indio Kaiangang...fizeram festa, enfeitaram a mocinha-índia..
Ela ficou tão linda! Pintada, enfeitada para o casamento.
Mas estava triste, e de longe, seu amado via tudo, acompa-
nhava a cena e seu amigo macaquinho é que lhe fazia com-
panhia, e o consolava...
Um dia depois de alguns meses, eles se encontraram nova-
mente na cachoeira do Rio das pedras...foi um encontro
mágico...a saudade era imensa! Não conseguiram disfarçar
o amor, o querer que tinham um pelo outro...
Se abraçaram, se amaram no meio daquelas árvores imensas...
E não mais se largaram..fugiram para longe...para a beira
do mar, foram morar no litoral...
As duas tribos que eram inimigas ficaram tão tristes com a
falta de seus filhos amados que resolveram fazer as pazes
e conviver como tribos-irmãs...para que não acontecesse
novamente algo tão triste.
O casal formou família se uniram a uma outra tribo da região
a tribo: Guarani...e felizes puderam ter vários filhos e ter
muita paz e alegria.
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Esta é minha homenagem às três tribos indígenas do
Estado do Paraná: Os GUARANIS, kAINGANG E XETÁ.
Este conto não tem fundamento histórico, é uma livre-
criação da autora.