Orelhas
O frio toma conta da rua, ela corre, ele acompanha em um ritmo mais ameno e quando ela para, ele acompanha com os olhos dos pés ao seu rosto, ela acanhada, coloca suas mãos nas orelhas.
- Deixe-me adivinhar, de onde você vem esquentam as orelhas do frio com as mãos, certo?
Ela balança a cabeça, diz que não sem abrir a boca.
- hum hum!
Ele tira suas mãos e substitui pelas suas próprias, ela respira tão ofegante quando o rapaz afobado, ela sorri, ele encosta o lábio, mas não tira a língua da boca, não chega a ser um beijo, ele sente atrás da nuca coisa mais gelada que o frio que toma a rua, ouve-se o cleck! Ouve-se o clack! Ouve-se seguidos Boms!
- BOM!BOM!BOM!BOM!
Ela cai de pernas abertas, ele cai entre elas, mortos. De cima chora o rapaz que cometeu o crime, chorando antes de sair ele diz;
- Eu te disse meu irmão! Mais de uma vez, que deixasse minha mulher em paz.
Por ultimo a noite se torna mais calma, e no beco da viela fria e escura ficou pintada a obra de um poeta frustrado.