Ao anoitecer

Foi no começo do cair da noite que te encontrei. Chegando de um lugar distante de onde você se encontrava que até pensei que você não poderia estar lá, isso era um medo que me cercava, mas no final, estava.

Sentada foi a maneira que estava, olhando um “horizonte” bastante comum, vestindo uma roupa roxa com alguns detalhes azuis e com cabelos um pouco preso, cacheados tocando suavemente os ombros.

Ao me por de pé na sua frente, pude segurar suas mãos e olhar nos seus olhos e por fim dar um abraço que eu estava precisando, e creio que só poderia vir de você naquela noite. E então ao anoitecer que tudo começou.

Sentamos. Conversamos. Brincamos com algumas coisas até que no momento oportuno que olhei mais uma vez em seus olhos, passando perceptivelmente por seus lábios que inclinei minha cabeça e pedi algo que em meus sonhos se tornaria minha realidade que você tinha me prometido. Sentindo o calor de seu hálito e fechando nossos olhos que eu pude sentir.

Como era doce o seu beijo! Não poderia ser melhor. Foi e creio que ainda é o que eu sempre almejei. No tempo real se passaram alguns longos segundos, mas quando estava acontecendo e de repente parou, eu achei pouco de mais.

Distanciando maus lábios dos seus, você me questionou, perguntando se ainda me devia mais alguma coisa. E como resposta eu disse que sim! Para mim não bastava apenas um. Então eu pedi a noite e você me concedeu isso e minha felicidade subiu ao estremo.

Carícias. Afeição. Certezas. Vários sentimentos. Tudo isso pude sentir com o que aconteceu naquela noite. Lembro-me de você rir quando olhava pra meu rosto, o jeito que você virava o seu rosto, o seu sabor. Era como se você fizesse parecer difícil respirar. Se fosse por mim eu esticaria essa noite por um longo tempo. Ou até o impossível; fazer parar o tempo. Mas infelizmente não sou Deus para fazer esse impossível.

Então dormimos após um longo tempo que passamos juntos, que queria que se repetisse com a mais absoluta certeza. Mas o tempo, ao fazer passar as horas, fez o Sol aparecer e ao acontecer isso não teve como esconder minha alegria de te ver, com um sorriso e brilho nos olhos, como se fosse um segundo astro que também iluminou meu dia.

Foi então que ao olhar no seu espelho da alma que você disse que tinha que partir. E tinha que fazer isso por motivo superior do qual pude ver na minha frente. E de onde estávamos, saiu uma mulher que puxando seu braço percebi que iria te levar para longe, muito longe. Será que vai demorar tanto tempo para te encontrar de novo, foi o que meu coração pôde perguntar e só duas coisas a fazer...

Primeira. Era te pedir um ultimo abraço e sentir só por mais uns instantes o calor de seu delicado corpo. E segundo e mais importante. Continuar batendo para caminhar novamente um longo tempo para que um dia eu possa sentir tudo aquilo que senti e provar mais uma vez tudo aquilo que provei...

Wellison Pontes
Enviado por Wellison Pontes em 17/01/2011
Código do texto: T2734585
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