Via dos sonhos arrasados

Conhecendo um pouco do mundo de hoje, faço coisas que algumas pessoas não gostam. Principalmente aquelas que sempre querem estar ao meu lado e me chamam de “amigo”. Por isso de um tempo para cá ando sozinho aqui na terra, por uma estrada solitária e que desde então é a única que conheço em termos de “a melhor” para se andar solitário. Embora sempre caminhando por ela sem saber para onde realmente eu quero ir ou onde devo parar sem saber até onde vai, mas não me importa, eu considero como um lar pra mim, pelo fato de me fazer pensar melhor.

Pisando nessa rua vazia, particularmente a chamo de via dos sonhos arrasados onde a cidade dorme enquanto passo onde apenas alguns postes de iluminação mostram o caminho num asfalto molhado pela chuva que aqui nesse período do ano é normal e que faz assim a minha sombra, a única companheira de caminhada que anda sempre ao meu lado, onde um coração falso bate em favor a uma pessoa que fez o favor de pisar em meus sentimentos. Mas com toda essa amargura às vezes desejo que alguém me encontre, mas até lá prefiro andar sozinho. Quero pensar mais no que fazer.

Fazendo isso, andando nessa rua, vejo que faço isso sob uma linha que me separa entre o mundo real e um mundo que sempre sonho em ter, mas que pelo visto não alcançará a realidade. É como se eu estivesse numa margem de um rio querendo atravessá-lo, mas sem uma embarcação ou sem saber nadar.

E depois de andar tanto tempo só, olhando para os lados para averiguar o que está tudo bem e o que está tudo arruinado, vejo que está quase tudo arruinado, pelo fato das pessoas não darem mais valor ao que eu realmente sei fazer de melhor. Meus olhos só enxergam isso: amargura, solidão, um isolamento das pessoas em relação aos seus sentimentos.

Às vezes checo meus sinais vitais para ver se eu ainda continuo vivo, ou se isso já acabou de uma vez. Pois não aguento mais ficar longe de seus braços nem de seus afagos. Por que fizeste isso comigo, justo eu que te amei tanto?

É... Pelo que estou vendo terei que andar mais um pouco para ver até onde vai essa estrada que caminho solitário procurando uma resposta em meu consciente averiguando se há mais alguma coisa que eu possa provar pra você que não quero mais só a minha sombra do meu lado me acompanhando nessa estrada, mas sim, ter você para que eu possa segurar sua mão mais uma vez.

Wellison Pontes
Enviado por Wellison Pontes em 21/12/2010
Código do texto: T2684103
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