Erotismo em Paris .
Coloquei meus lábios em sua adocicada boca, o gosto dos favos fazia com que eu a beijasse mais e intensamente. Ao descer meus lábios por seu pescoço, veio a brisa suave de seu perfume que cheirava as rosas vermelhas, que estavam sobre pétalas na cama.
Todo aquele clima que você criou com pétalas de rosa, velas me inebriava cada vez mais, e ostentava dentro de mim um ser selvagem que a muito estava escondido. Ao intenso sabor do seu beijo, essa fera dentro de mim ia se libertando e você me prendia nas jaulas de seus braços.
Estou ardendo em chamas, o meu corpo já não agüentava tanta paixão, jogo-lhe na cama e você se mistura no meio das pétalas e no lençol de cetim vermelho. Tudo isso parece mágico, um sonho bom com sabor de erotismo.
Afago teus cabelos e sinto a sua respiração forte junto ao meu corpo, você parece estar gostando, parece queimar também por dentro. Sinto-me inseguro mais seus beijos não me deixam cair nessa insegurança, eles me alimentam e faz-me querer mais, muito mais de você.
Rolamos na cama, a maciez do cetim se mistura ao da sua pele o perfume das pétalas entranha nas suas têmporas, o animal que se encontrava adormecido dentro de mim se desperta dispensando todo o amor que nem sabia que tinha. Amamos-nos intensamente, nos tornamos a essência maior do ser, nos tornamos um e surpreende mente o som que estava tocando se aumenta, dando um fundo todo prazeroso a nós.
Então depois de nos amarmos, adormeço em seus braços, na maciez de sua pele e no perfume de seu ser. O sol entra pela janela do nosso quarto, os pássaros enchem-no com o seu canto, anunciando um novo dia para nos amarmos, olho dentro de seus olhos azuis e vejo no fundo apenas a sedutora Paris e lembro-me que temos a vida toda para nos amarmos.
José Luís Rezende de Villa