Pra ser Eterno...

Ana Cláudia*

... e naquela tarde, tudo parecia real, seus olhos tocando os meus; ao fundo, o silêncio e a sinfonia que aos poucos cessava com o chegar da noite.

A lua então envolvia nossos corpos e mentes, e nada mais existia, talvez fosse a última vez, mas a força daquele momento não nos deixava pensar em nada mais, em nenhum obstáculo que vivia, porque aquele instante, e apenas aquele, era eterno.

Olhos fechados, sonhávamos e vivíamos em frações de segundos. Tudo era tão forte, tão verdadeiro como a certeza que inundava aqueles corações desejosos por nada além de um ao outro.

E com lágrimas, que tocavam o chão, regávamos cada sonho, cada estrela, do universo que nós mesmos construímos, assim tudo se eternizava.

Com o amanhecer, o seguir da vida, mudanças que não podiam ser evitadas, e com as noites, o luar ainda nos iluminava, mas agora, trazendo o ar de saudade e solidão, como um quarto escuro, ou talvez até um labirinto, carregado por medos e dúvidas.

Eterno agora, era o tempo.

* Estudante do Terceiro Ano 2010, Escola Estadual 19 de Julho.

• Brindo vocês com mais um conto confeccionado por um dos estudantes que assistiram minha aula de produção de texto. Não sei classificar o escrito.

Só sei que eu gostei da produção.

Espero que vocês também gostem.

Najila
Enviado por Najila em 13/12/2010
Código do texto: T2669473
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