Enquanto o céu for o nosso limite - Décimo Sexto Capítulo

Sim, ele já se conformara e, de certa forma, havia desistido de lutar e ainda mais de viver. Não tinha esposa, não tinha filhos, seus pais eram já idosos ficariam amparados pelos recursos que ele deixaria. Na verdade, naquele momento, a morte lhe parecia um lenitivo.

Foi então que Rosa apareceu na Pousada. E ele não pôde deixar de notá-la. Conforme os dias iam passando, mais a observava e mais enfeitiçado ficava com sua irradiante vivacidade.

Dentro dele, sentimentos novos e alguns já esquecidos, brotaram. Naquele momento, ele havia sido visitado pelo amor que uma vez plantado, jamais sai.

Muito mais do que apresentar o amor ao seu coração, Rosa havia lhe devolvido a vontade de viver. E, no momento em que a teve em seus braços, sentia que queria vivenciar aquela nova experiência! Sentia a vida vibrante enquanto Rosa estremecia de encontro ao seu corpo.

Após se amarem, tudo nele estava diferente...

Ele se dirigiu para o quarto e nem que quisesse, conseguiria explicar tudo o que estava sentindo. Era algo novo, mas tão grandioso que ele agora só pensava em viver aquilo tudo, em sentir cada dia ao lado daquela mulher que ele tinha a certeza de ser a mulher por quem ele esperou toda a sua vida.

Pouco antes de amanhecer, ainda absorto em seus mais doces sentimentos e lembranças, o telefone do seu quarto tocou. E, conforme ele ia escutando o que a pessoa do outro lado dizia, lágrimas abundantes escorriam pelo seu rosto esvaziando todo o sentimento de pesar que ele já havia incrustado em sua alma...

...

Letícia Cesario
Enviado por Letícia Cesario em 19/11/2010
Reeditado em 21/12/2012
Código do texto: T2623926
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