Enquanto o céu for o nosso limite - Décimo Primeiro Capítulo
Naquele dia em especial, Rosa acordou nostálgica. Sentia falta de Pablo e das emoções que vivera ao seu lado. Seu coração não havia esquecido do sentimento que brotara espontâneamente e em seu coração criara raízes fortes.
Lembrou-se de Carlos. Havia encontrado-o algumas vezes depois de seu retorno e estranhou a forma fria com que fora tratada. Mesmo sem estarem mais juntos, ela esperava ao menos que fossem amigos. Mas isso somente reforçou a idéia de Rosa de que tudo o que aconteceu, era a forma mais acertada de ela seguir sua vida, virando definitivamente essa página.
O dia passou vagaroso. E, embora ela estivesse ocupada o dia inteiro com trabalhos urgentes, parecia-lhe que algo pairava no ar.
Então, alguém parado à porta do escritório que era grande, com muitas mesas, chamou a atenção de Rosa. Ele trazia nas mãos um bouquet de flores. O coração de Rosa disparou ao perceber que eram Margaridas. Com a indicação de uma das pessoas, eis que o entregador aproxima-se dela e lhe questiona de seu nome.
“Rosa?”
“Sim”, ela responde com voz trêmula.
“Pra você. Assine aqui, por favor.”
Ela mal conseguia segurar a caneta, tamanha emoção que a inundou. Seu coração batia descompassado e sua boca estava seca.
Ficou alguns longos minutos apenas apreciando as flores e o cartão com letras tão conhecidas, que ainda não tivera coragem de abrir.
Então, pegou o cartão, o abriu e leu.
A emoção era tamanha, que lágrimas desciam-lhe pelo rosto sem obedecer-lhe à tentativa de controle.
“Menina flor...
Seu perfume impregnou no ar e aspirei ao teu encontro.
Por favor, encontre-me hoje às 20 horas, no Bar logo abaixo do seu prédio para que possamos conversar.
Amei-te antes e amo-te agora.
Beijos
Pablo”
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