Enquanto o céu for o nosso limite - Oitavo Capítulo

Porém, sequer teve tempo de demonstrar. Foi pega de surpresa quando ouviu um convite para que estendessem aquela conversa agradável para o jantar. O que Rosa não sabia, é que ele também havia enfeitiçado-se.

“Sim”, imediatamente disse Rosa. E suas faces rubras denunciavam o tanto que aquele pedido inusitado mexera com suas emoções.

Combinado a hora, Rosa levantou-se e dirigiu-se ao quarto para tentar respirar e finalmente entender, o quê era tudo aquilo que havia acontecido e, principalmente, saber dos sentimentos que a invadiram.

Em seu quarto, absorta naquela avalanche de sentimentos, não conseguia concatenar seus pensamentos e, embora tentasse entender, as tentativas frustradas de uma busca pela razão, fez com que ela esquecesse e se entregasse ao sentimento que a preenchia.

À noite, na hora marcada, Pablo já estava a sua espera em uma mesa discretamente localizada naquele restaurante simples e acolhedor, de modo a deixar os dois mais à vontade. Inquieto, os olhos de Pablo parecem não se desgrudar da porta por onde Rosa chegaria.

Eis então, que ela aparece. Linda, elegante, num vestido carmim que deixavam à mostra seu colo alvo e parte de suas pernas bem torneadas. A cada passo de Rosa em sua direção, parecia que o coração de Pablo saltaria pelo peito. Ele tenta controlar-se, é preciso. Ela finalmente se aproxima e Pablo levanta-se beijando a mão que lhe é oferecida, juntamente com o perfume estonteante que ela exalava.

Sentam-se. E, por algum tempo, ficam apenas entreolhando-se. Como se nada mais ao redor existisse. Como se quisessem gravar para sempre aquela imagem nas retinas...

...

Letícia Cesario
Enviado por Letícia Cesario em 05/11/2010
Reeditado em 21/12/2012
Código do texto: T2598794
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