A menina e o surfista
Estava de férias, até que enfim. Resolveu ir a um lugar de praia, longe.
Era a primeira vez que viajara para um lugar longe, sozinha, só ela e Deus.
O primeiro dia, que emoção !! Pôs-se a chorar... O Sol parecia que brilhava somente para ela, e como um pai amigo, conselheiro, amoroso, acolhia aquela moça que se perdia entre aquela natureza exuberante, onde o infinito do mar dava as regras....
Foi na praia onde o mar aberto era o que comandava. Gostava de mar calmo, mas, naquele momento, queria agitação das águas....queria os desafios que somente aquelas altas e bravas ondas lhe podiam dar; elas, diferentemente das calmas águas, já diziam o quanto poderiam estragos causar.
Naquele momento, esqueceu de tudo....queria apenas nos braços daquelas agitadas ondas se entregar. Sua alma limpar. Em cada onda, entrava de cabeça, como tudo que procurava fazer em sua vida. Sem medo, sem vacilo. Queria a si mesmo desafiar.
O mar, por sua vez, gostou daquela moça. E como um cobertor em forma de água, cobriu-a carinhosamente como um doce amante que guarda o coração do seu amor.
A moça, quando do mar saiu, pos-se a parar....avistou de longe, um lindo homem, que segurava uma prancha e estava em sua direção aproximar.
Eles se olharam e, nesse momento, os corações passaram a se agitar.
Ele lhe perguntou se ela queria surfar.
Ela disse que sim, apesar de sequer saber direito nadar.
"Não tem problema...qualquer problema, minha Flor, fico a lhe guardar; dos perigos eu irei lhe amparar" disse ele
E naquele dia, ela, esqueceu seus medos, para com aquele doce surfista surfar. Não houve nenhum problema: eram apenas eles e o doce mar....
Quando ela daquela parasidíaca praia se despediu, não, não chorou, apesar do seu coração de tanta saudade apertar...apenas disse a si mesma: meu doce Surfista, no Havaí eu hei de surfar !!