Este conto é um resumo do meu romance
“Vida de Minhas Vidas – Helena”
Por mais que eu tenha resumido, ainda ficou grande, mas perderia muito do sentido se resumisse mais.
Vida de Minhas Vidas - Helena
Um Amor Inesperado.
O maestro Glauco já beirava os cinqüenta anos e não parava de tocar seu velho piano diariamente.
Chegava do conservatório e tão logo cuidava de banhar-se e jantar, sentava-se diante do piano e executava lindas melodias.
Viúvo há 15 anos, morava sozinho. Apenas uma senhora, Dona Izabel fazia suas refeições e limpava a casa a cada dois dias.
Um dia, ao final de uma tarde, quando retornava para casa, viu uma menina que deveria ter 11 anos com os olhos cheios de lágrimas, sentada no meio fio diante de sua casa. Parou e perguntou o que ela sentia para estar chorando. Queria saber se ela estava sentindo alguma dor.
A menina respondeu que não. Sentia fome. Havia fugido do orfanato há dois dias e não comia. Para dormir se escondia para não ser molestada.
Glauco apiedou-se daquela pobre criança e disse:
- Venha. Vou te dar o que comer. Não receie que não vou te molestar.
Ela olhou para ele e sentiu confiança. Prontamente levantou-se e pensou: Seja o que Deus quiser. Com a fome que estou não poderia rejeitar este convite.
Entraram e ele a mandou esperar sentada no sofá da sala. Foi no quarto e apanhou sabonete e toalha limpa e deu a ela.
- Vá tomar um banho – disse indicando o banheiro - Pena que não tenho roupas limpas para você usar.
- Não tem problemas.
Ela saiu demonstrando felicidade por que realmente além da fome sentia necessidade de um banho.
Quando saiu do banheiro, viu que a mesa estava posta. Sentou-se e começaram a jantar. Ela só faltava engolir tudo de uma vez. Comeu bastante.
- Você não tem para onde ir? Não tem parentes?
- Não. Desde que nasci morava no orfanato. Não sei quem são meus pais.
- Quer morar aqui?
Ela tomou um susto ao ouvir aquele inesperado convite. Não podia acreditar no que ouvia.
- E sua mulher não vai reclamar?
Ele olhou para o porta-retratos e disse.
- Aquela era ela quando viva. Sou sozinho como você. Também fui criado num orfanato, mas vivi lá ate a maior idade.
- Posso mesmo ficar aqui?
- Sim. Pode e será para mim uma grande honra – sorriu ao dizer isso.
Quando terminaram de jantar ele foi para o piano e começou a tocar.
- Vem para perto de mim – convidou-a – ainda não sei seu nome.
- Helena.
- Pois bem Helena o meu é Glauco e sou maestro. Pegue uma cadeira e sente-se ao meu lado.
Glauco tocou varias musicas e em dado momento Helena pergunta.
- Já que vou viver aqui, poderia me ensinar a tocar também. Adoro piano.
Ele deixou escapar um “ah” de admiração ante de responder.
- Mas é claro que ensino e vai ser uma grande pianista. Porém, antes teremos que legalizar sua situação. Não pode ficar morando escondida. Não se preocupe, porque tenho um juiz muito meu amigo e vou tratar para que tudo seja resolvido o mais breve possível.
Helena mostrou-se apreensiva e tomada de um repentino medo. Não queria voltar para o orfanato.
E assim aconteceu. Em menos de um mês, tudo havia sido resolvido e Glauco tornou-se responsável pela menina.
Por vários anos seguidos Helena passou a exercitar-se ao piano sob a orientação do maestro. Logo já tocava para ele ouvir lindas melodias.
Glauco a mimava. Sempre lhe trazia presente, coisas simples, mas sabia que ela gostaria.
Anos mais tarde, Helena já aos 19 anos estava linda e se sentia segura naquela casa ao lado do seu protetor.
Numa tarde, o maestro entra com uma caixa grande embalada em papel de presente e entrega a ela.
- Vi isto numa vitrine e achei que ia gostar.
Ela abriu rapidamente e retirou um da caixa um lindo vestido azul escuro. Estava emocionada. Não resistiu e o abraçou com ternura agradecendo o presente.
- Nunca pensei que ia ser tão feliz em minha vida. Foi Deus que me guiou até aqui naquela tarde.
Ele apenas sorriu. Fechou os olhos e ficou pensando em silêncio. Depois foi cuidar de tomar seu banho para jantar.
Helena ficou pensando depois que ele saiu da sala. Sentia uma grande ternura pelo maestro e se sentia bem ao lado dele. Percebia como ele a olhava com ternura. Como ele era dedicado fazendo com que sua vida fosse sempre um punhado de felicidades.
Durante o jantar, ela pergunta:
- Glauco, porque você faz tudo isso por mim?
Ele parou um pouco para pensar e respondeu:
- Minha querida, por toda minha vida estive a procura de pessoas que sei terem existido em minhas vidas passadas. Nesta vida encontrei uma mulher que julgava ser uma delas, mas logo descobri que estava enganado. Fui feliz ao seu lado, mas não era o amor que queria reviver nesta vida. Quando a vi, senti que deveria estender-lhe a mão, pois sabia que fazendo isso, estaria fazendo bem a mim mesmo. Tenho grande admiração por você e sei que logo poderá deixar esta casa quando encontrar o amor de sua vida. Isso me deixa feliz e ao mesmo tempo triste por saber que não poderei contar mais com sua companhia.
- Mas que amor será este, meu querido? Nunca me interessei por nenhum homem e não penso nisso.
- Mas surgirá...
- Não. Não quero que exista ninguém em minha vida. Para que? Para eu ter que lavar as roupas dele e cuidar de crianças enquanto ele tem uma vida como bem quiser? Tenho visto muitas mulheres que casaram sonhando uma vida repleta de amor e atenção de quem amavam, e hoje estão jogadas pelos cantos da suas casas sem o menor valor. Suas estimas em baixa e suas vidas limitadas a um sofrimento que as levam a depressão. Não quero isso para minha vida. Quero ser feliz a meu modo e amar a meu modo com quem eu achar que deva e me mereça.
- Mas isso pode ser diferente se souber...
Helena não deixou que ele terminasse.
- Glauco... Eu não sou mais uma criança, se é que ainda não percebeu. Sei bem o que é bom para mim.
Sim. O maestro já há muito havia percebido como ela se tornara numa bela mulher. Sentia que a amava, mas jamais lhe confessaria isso.
Ele manteve-se calado e depois do jantar foram tocar pianos a quatro mãos.
Esta forma de distração já havia se tornado num habito rotineiro nas noites.
Quando foram dormir, Glauco olhou nos olhos de Helena, ia dizer algo, mas preferiu ficar calado. Ela sentiu naquele olhar um chamado ao amor.
Já deitado tentando conciliar o sono que teimava em não vir apesar de cansado, surpreendeu-se quando a porta de seu quarto foi aberta e a silhueta de Helena surgia, deixando que a luz da circulação sendo projetada por trás dela, deixasse transparente sua fina camisola, exibindo assim seu lindo corpo por baixo de tecido. Era a primeira vez que em todos aqueles anos ela ia a seu quarto. Sentiu-se embaraçado e perguntou:
- Está sentindo alguma coisa, querida? O que aconteceu?
- Xiuuuu! Não fale nada. Fique aonde está - deitou-se ao seu lado e segurando seu rosto completou – Hoje eu vim para receber e te dá amor. Quero que seja você e não outro a quem me dar.
- Você sabe o que está fazendo? Já sou bastante velho para você e...
- Idade não importa. O que importa é o amor e eu te amo. Não me mande embora, pois sonho com este momento há muito tempo.
Eles se amaram por longas horas. Trocaram palavras de amor e as mais ternas caricias. Quando o dia já estava amanhecendo, Helena disse:
- Hoje você me fez mulher e a mais feliz mulher que poderia existir – Debruçou-se sobre Glauco e perguntou – A quem procurava nesta vida e não encontrou?
Glauco olhou para o teto fixamente como se quisesse procurar lembra-se e responde:
- Não sei como dizer. Apenas sei que em minhas vidas amei muito duas mulheres, uma em cada vida. Queria muito reviver estes amores.
- Quem são estas mulheres, querido?
- Sophia e Katarine... Agora tenho mais uma em minha vida, pois o amor que nasceu em mim é tão intenso quanto o que vivi com elas... Você Helena. Você que despertou este amor imenso, que sempre desejei viver nesta vida e por mais que eu ainda viva ele jamais será completo, se em uma outra vida não voltar a te encontrar e viver tudo novamente. Deus há de permitir que isso aconteça.
Dos olhos de Helena rolaram algumas lagrimas.
- Você ta chorando meu amor...
- De felicidade meu bem. Nunca me senti tão feliz como agora. Vou ficar contigo por toda nossas vidas, esta e as próximas que virão. Não quero nunca deixar de viver um amor tão lindo como este que estamos vivendo.
- Helena meu amor, não me restam muitos anos de vida ao seu lado. Temo que sua vida será no futuro de muitos sacrifícios cuidando de um velho.
- Não diga mais nada. Eu escolhi assim porque te amo e assim será. Seremos felizes ate os últimos momentos e isso é que me importa.
E novamente se beijaram e se amaram.
***
Glauco ainda viveu até os setenta e oito anos ao lado de Helena. Foram felizes até o ultimo momento. No seu ultimo dia de vida, logo pela manhã ele pede a Helena pra executar "Eternity", a música que haviam escolhido para marcar suas vidas.
Antes de dá seu ultimo suspiro, disse a ela:
Vida de minhas vidas...
Amores vividos além da vida.
Tu és a princesa que me ilumina.
Teu amor será sempre o alimento
Que nutrirá minha alma
A esperança de novas vidas,
Para de ti receber as caricias
Deste amor que se perpetuou
Em meu ser ávido de paixão.
Nunca serás por mim esquecida
E pela eternidade estaremos
Unido em todas as nossas vidas.
Fim.
Tive que excluir frases que monstravam o lado emocional dos dois. Também muitos fatos relacionados aos estudos de Helena, os assédios que ela sofria no colégio e na rua, bem como, seus pensamentos e sonhos de amor.
Glauco sofre quando se dá conta que amava Helena e tranca este amor dentro de si, passando a viver um drama de consciência, como tambem sentir está traindo os amores do seu passado.
“Vida de Minhas Vidas – Helena”
Por mais que eu tenha resumido, ainda ficou grande, mas perderia muito do sentido se resumisse mais.
Vida de Minhas Vidas - Helena
Um Amor Inesperado.
O maestro Glauco já beirava os cinqüenta anos e não parava de tocar seu velho piano diariamente.
Chegava do conservatório e tão logo cuidava de banhar-se e jantar, sentava-se diante do piano e executava lindas melodias.
Viúvo há 15 anos, morava sozinho. Apenas uma senhora, Dona Izabel fazia suas refeições e limpava a casa a cada dois dias.
Um dia, ao final de uma tarde, quando retornava para casa, viu uma menina que deveria ter 11 anos com os olhos cheios de lágrimas, sentada no meio fio diante de sua casa. Parou e perguntou o que ela sentia para estar chorando. Queria saber se ela estava sentindo alguma dor.
A menina respondeu que não. Sentia fome. Havia fugido do orfanato há dois dias e não comia. Para dormir se escondia para não ser molestada.
Glauco apiedou-se daquela pobre criança e disse:
- Venha. Vou te dar o que comer. Não receie que não vou te molestar.
Ela olhou para ele e sentiu confiança. Prontamente levantou-se e pensou: Seja o que Deus quiser. Com a fome que estou não poderia rejeitar este convite.
Entraram e ele a mandou esperar sentada no sofá da sala. Foi no quarto e apanhou sabonete e toalha limpa e deu a ela.
- Vá tomar um banho – disse indicando o banheiro - Pena que não tenho roupas limpas para você usar.
- Não tem problemas.
Ela saiu demonstrando felicidade por que realmente além da fome sentia necessidade de um banho.
Quando saiu do banheiro, viu que a mesa estava posta. Sentou-se e começaram a jantar. Ela só faltava engolir tudo de uma vez. Comeu bastante.
- Você não tem para onde ir? Não tem parentes?
- Não. Desde que nasci morava no orfanato. Não sei quem são meus pais.
- Quer morar aqui?
Ela tomou um susto ao ouvir aquele inesperado convite. Não podia acreditar no que ouvia.
- E sua mulher não vai reclamar?
Ele olhou para o porta-retratos e disse.
- Aquela era ela quando viva. Sou sozinho como você. Também fui criado num orfanato, mas vivi lá ate a maior idade.
- Posso mesmo ficar aqui?
- Sim. Pode e será para mim uma grande honra – sorriu ao dizer isso.
Quando terminaram de jantar ele foi para o piano e começou a tocar.
- Vem para perto de mim – convidou-a – ainda não sei seu nome.
- Helena.
- Pois bem Helena o meu é Glauco e sou maestro. Pegue uma cadeira e sente-se ao meu lado.
Glauco tocou varias musicas e em dado momento Helena pergunta.
- Já que vou viver aqui, poderia me ensinar a tocar também. Adoro piano.
Ele deixou escapar um “ah” de admiração ante de responder.
- Mas é claro que ensino e vai ser uma grande pianista. Porém, antes teremos que legalizar sua situação. Não pode ficar morando escondida. Não se preocupe, porque tenho um juiz muito meu amigo e vou tratar para que tudo seja resolvido o mais breve possível.
Helena mostrou-se apreensiva e tomada de um repentino medo. Não queria voltar para o orfanato.
E assim aconteceu. Em menos de um mês, tudo havia sido resolvido e Glauco tornou-se responsável pela menina.
Por vários anos seguidos Helena passou a exercitar-se ao piano sob a orientação do maestro. Logo já tocava para ele ouvir lindas melodias.
Glauco a mimava. Sempre lhe trazia presente, coisas simples, mas sabia que ela gostaria.
Anos mais tarde, Helena já aos 19 anos estava linda e se sentia segura naquela casa ao lado do seu protetor.
Numa tarde, o maestro entra com uma caixa grande embalada em papel de presente e entrega a ela.
- Vi isto numa vitrine e achei que ia gostar.
Ela abriu rapidamente e retirou um da caixa um lindo vestido azul escuro. Estava emocionada. Não resistiu e o abraçou com ternura agradecendo o presente.
- Nunca pensei que ia ser tão feliz em minha vida. Foi Deus que me guiou até aqui naquela tarde.
Ele apenas sorriu. Fechou os olhos e ficou pensando em silêncio. Depois foi cuidar de tomar seu banho para jantar.
Helena ficou pensando depois que ele saiu da sala. Sentia uma grande ternura pelo maestro e se sentia bem ao lado dele. Percebia como ele a olhava com ternura. Como ele era dedicado fazendo com que sua vida fosse sempre um punhado de felicidades.
Durante o jantar, ela pergunta:
- Glauco, porque você faz tudo isso por mim?
Ele parou um pouco para pensar e respondeu:
- Minha querida, por toda minha vida estive a procura de pessoas que sei terem existido em minhas vidas passadas. Nesta vida encontrei uma mulher que julgava ser uma delas, mas logo descobri que estava enganado. Fui feliz ao seu lado, mas não era o amor que queria reviver nesta vida. Quando a vi, senti que deveria estender-lhe a mão, pois sabia que fazendo isso, estaria fazendo bem a mim mesmo. Tenho grande admiração por você e sei que logo poderá deixar esta casa quando encontrar o amor de sua vida. Isso me deixa feliz e ao mesmo tempo triste por saber que não poderei contar mais com sua companhia.
- Mas que amor será este, meu querido? Nunca me interessei por nenhum homem e não penso nisso.
- Mas surgirá...
- Não. Não quero que exista ninguém em minha vida. Para que? Para eu ter que lavar as roupas dele e cuidar de crianças enquanto ele tem uma vida como bem quiser? Tenho visto muitas mulheres que casaram sonhando uma vida repleta de amor e atenção de quem amavam, e hoje estão jogadas pelos cantos da suas casas sem o menor valor. Suas estimas em baixa e suas vidas limitadas a um sofrimento que as levam a depressão. Não quero isso para minha vida. Quero ser feliz a meu modo e amar a meu modo com quem eu achar que deva e me mereça.
- Mas isso pode ser diferente se souber...
Helena não deixou que ele terminasse.
- Glauco... Eu não sou mais uma criança, se é que ainda não percebeu. Sei bem o que é bom para mim.
Sim. O maestro já há muito havia percebido como ela se tornara numa bela mulher. Sentia que a amava, mas jamais lhe confessaria isso.
Ele manteve-se calado e depois do jantar foram tocar pianos a quatro mãos.
Esta forma de distração já havia se tornado num habito rotineiro nas noites.
Quando foram dormir, Glauco olhou nos olhos de Helena, ia dizer algo, mas preferiu ficar calado. Ela sentiu naquele olhar um chamado ao amor.
Já deitado tentando conciliar o sono que teimava em não vir apesar de cansado, surpreendeu-se quando a porta de seu quarto foi aberta e a silhueta de Helena surgia, deixando que a luz da circulação sendo projetada por trás dela, deixasse transparente sua fina camisola, exibindo assim seu lindo corpo por baixo de tecido. Era a primeira vez que em todos aqueles anos ela ia a seu quarto. Sentiu-se embaraçado e perguntou:
- Está sentindo alguma coisa, querida? O que aconteceu?
- Xiuuuu! Não fale nada. Fique aonde está - deitou-se ao seu lado e segurando seu rosto completou – Hoje eu vim para receber e te dá amor. Quero que seja você e não outro a quem me dar.
- Você sabe o que está fazendo? Já sou bastante velho para você e...
- Idade não importa. O que importa é o amor e eu te amo. Não me mande embora, pois sonho com este momento há muito tempo.
Eles se amaram por longas horas. Trocaram palavras de amor e as mais ternas caricias. Quando o dia já estava amanhecendo, Helena disse:
- Hoje você me fez mulher e a mais feliz mulher que poderia existir – Debruçou-se sobre Glauco e perguntou – A quem procurava nesta vida e não encontrou?
Glauco olhou para o teto fixamente como se quisesse procurar lembra-se e responde:
- Não sei como dizer. Apenas sei que em minhas vidas amei muito duas mulheres, uma em cada vida. Queria muito reviver estes amores.
- Quem são estas mulheres, querido?
- Sophia e Katarine... Agora tenho mais uma em minha vida, pois o amor que nasceu em mim é tão intenso quanto o que vivi com elas... Você Helena. Você que despertou este amor imenso, que sempre desejei viver nesta vida e por mais que eu ainda viva ele jamais será completo, se em uma outra vida não voltar a te encontrar e viver tudo novamente. Deus há de permitir que isso aconteça.
Dos olhos de Helena rolaram algumas lagrimas.
- Você ta chorando meu amor...
- De felicidade meu bem. Nunca me senti tão feliz como agora. Vou ficar contigo por toda nossas vidas, esta e as próximas que virão. Não quero nunca deixar de viver um amor tão lindo como este que estamos vivendo.
- Helena meu amor, não me restam muitos anos de vida ao seu lado. Temo que sua vida será no futuro de muitos sacrifícios cuidando de um velho.
- Não diga mais nada. Eu escolhi assim porque te amo e assim será. Seremos felizes ate os últimos momentos e isso é que me importa.
E novamente se beijaram e se amaram.
***
Glauco ainda viveu até os setenta e oito anos ao lado de Helena. Foram felizes até o ultimo momento. No seu ultimo dia de vida, logo pela manhã ele pede a Helena pra executar "Eternity", a música que haviam escolhido para marcar suas vidas.
Antes de dá seu ultimo suspiro, disse a ela:
Vida de minhas vidas...
Amores vividos além da vida.
Tu és a princesa que me ilumina.
Teu amor será sempre o alimento
Que nutrirá minha alma
A esperança de novas vidas,
Para de ti receber as caricias
Deste amor que se perpetuou
Em meu ser ávido de paixão.
Nunca serás por mim esquecida
E pela eternidade estaremos
Unido em todas as nossas vidas.
Fim.
Tive que excluir frases que monstravam o lado emocional dos dois. Também muitos fatos relacionados aos estudos de Helena, os assédios que ela sofria no colégio e na rua, bem como, seus pensamentos e sonhos de amor.
Glauco sofre quando se dá conta que amava Helena e tranca este amor dentro de si, passando a viver um drama de consciência, como tambem sentir está traindo os amores do seu passado.