DESENCANTO


Um grande amor. Um amor dito impossível, tornou-se realidade pelas mãos de um anjo.
Amor puro, amor pleno, desses que não se vê muito mais hoje em dia.
Virou desencanto, pelas mãos da dúvida, que cruel e persistente, não apaga da memória as imagens de um momento, um simples, rápido instante no qual o chão desapareceu sob os pés, tudo ao redor escureceu, diante da visão da intenção, da banalidade de uma atitude que não era prevista, que não era necessária, qualquer que tenha sido ela : um gesto, palavras sussurradas, uma aproximação indevida, um olhar assustado. Um flagra.
Um flagra ? Aconteceu mesmo o que os olhos viram ou o ciúme os cegou de tal forma, que uma peça pregou ?
Certezas, essas não existem mais. A verdade e a dúvida caminham de mãos dadas, mas não se comunicam. Planos, promessas, sonhos estão suspensos num lugar onde só o desencanto prevalece.
Desilusão, aperto no coração...Ah ! Esse malvado coração que faz acreditar, sempre e mais uma vez, que tudo pode ser diferente.
GEORGIA GALEGA
Enviado por GEORGIA GALEGA em 25/08/2010
Reeditado em 25/08/2010
Código do texto: T2459118
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