Não dos sonhos, só do coração.



Eram dezesseis horas e quatorze minutos quando acordei de um profundo sono sem sonho, antes de me levantar apenas sentei na cama, olhei a parede a minha frente e nada mais, meus pensamentos se cruzavam confundindo desejos que tive antes de deitar, desejos de amar.

Foi as dez horas da manhã quando andando por uma viela após uma piscada que avistei a mulher que julguei ser a dos meus sonhos,

Sua forma de andar aos meus olhos que nem encostava ao chão, o vento que se remetia a sua direção dava a rebeldia necessária ao cachos de seus cabelos, em certo momento julguei meus olhares estarem perturbados com a forma das curvas do seu corpo, percebi um leve sorriso quando seu rosto se posicionou em minha direção, acima dos lábios seu nariz arrebitado dava o toque de beleza em seu rosto, mais acima um olhar com um determinado magnetismo que dizia chamar me a delirar, não acreditava no que estava vendo, a cada passo que dava eu mudava de mundo e em cada qual um sabor diferente, em um só beijei, beijos molhados onde deles mares se formavam onde mergulhos ao seu profundo desvendando todo os estremos, um outro passo, outro mundo, já este onde se dançava neste as mais lindas musicas já escutada se encontrava em uma só melodia onde minhas vinte mãos a abraçava por todo seu corpo julgado só em carinhos, em um outro passo um outro mundo onde como anjos nas nuvens , o amor que sentíamos eram nos olhares e só olhei;

Ao piscar novamente ela sumiu, a direção era a mesma, haviam passado um segundo, haviam passado uma eternidade mas não sei como, parte do dia se foi, virei e voltei para casa, subi as escadas que me levaram ao meu quarto minha cama, meu sono.

A parede se afastou de mim assim que levantei, desci todas as escadas até chegar a rua, não pensei na mulher que imaginei ter visto antes do sono sem sonho, mas avistei uma que não chamou a atenção de meus olhos, meu coração bateu forte , ela chamou a atenção dele, sorri de felicidades.