teu, meu, nosso... beijo!
Sofia se calou diante daquela cena. Os olhos de seu amado, finalmente, haviam parado no tempo, para ela. Sentiu o gosto do desejo, cheirou os brilhos daquele olhar. Eterno olhar... Nunca mais sairia de seus pensamentos. Ao som do silêncio da melodia da felicidade. Se entregou.
Seus suores se reconheceram. Seus semblantes sumiram na escuridão do momento tão esperado. Diviram o mesmo ar, suspiraram diante da intensidade daquele calor. Perderam o ar. Cada espaço percorrido pelos lábios pareciam não ter fim. Não importou o tempo, a subida que teria de ser realizada. Ou não. Caminhou em sua saliva, se fez o fogo que penetrava na profundeza de um perpétuo, vitalício, único, beijo.
Tocou-a em sua pele, permeou o perfume que exalava.
Acariciou teu coração.
A rudeza das mãos se tornou nuvens, conhecendo teus poros. Aspirou teu corpo.
Dormiu em teus planos, e permaneceu sendo, apenas, um sonho.