Felicidade, algo infinitamente simples
Fixou profundamente os olhos cor de avelã de Peter e murmurou:
- Tenho medo que isto um dia termine... tenho medo de acordar e ver que tudo não passou de um sonho...
As palavras receosas e singelas, foram deixadas ao acaso na brisa do mar. A voz trémula, ainda de menina, parecia pedir abrigo e proteção.
- Isto o quê?
Respondeu ele, enquanto seus braços fortes e morenos a envolviam num abraço protetor.
- Tu e eu...
Um sorriso tímido e um olhar amedrontado, foram o complemento à resposta dada por ela .
Ele riu terna e abertamente e apertou-a com força.
- Sabes bem que não se pode separar a terra do mar. Nada nem ninguém jamais o conseguirá!
Naquele momento Ânia sentiu que o sonho de ter aquela pessoa ao seu lado passou a ser alcançável e teve a certeza que a felicidade é algo infinitamente simples...
(Ana Flor do Lácio, 01/08/2010)