FALU - NO BAR DA FÊNIX

O táxi parou em frente ao Bar da Fênix. O motorista ajudou a tirar a mochila mais pesada e entregou a Fátima, que em retribuição agradeceu e pagou. Contudo o homem estranhamente devolveu o dinheiro e disse que a corrida seria um presente e que breve ele reapareceria no bar.
Fátima não se fez se rogada e guardou o dinheiro, em seguida agarrou o motorista pelo pescoço e lhe tascou um beijo; deixando arfante e sem respiração. Em seguida quando ele virou para entrar no táxi, ela lhe deu uma tapa no bumbum e ele olhou de volta e lhe retribuiu num sorriso safado e malicioso.
Após a partida, ela bateu na porta com força e logo apareceu um sujeito truculento com quase dois metros e com uma cicatriz na testa e outro na face esquerda. Ele a olhou de cima a baixo e num movimento de cabeça a mandou entrar. Ele a conduziu por entre as mesas do bar e a levou a um cubículo que fica próximo do balcão onde eram servidas as bebidas. Com um novo movimento de cabeça, ele a manda entrar e ela o faz sempre faceira e sensual.
Sentada ela olha quando alguém sai de uma porta, que certamente devia ser o banheiro. O homem com cerca de 40 anos, era loiro, um rosto rosado, um brinco com uma cruz na orelha pequena, uma camisa meio aberta, uma calça apertada, um colar no pescoço parecia ser ouro e um anel de formatura no dedo. Ele sorri e senta, Fátima percebe a bela dentadura e que também o cara tinha um corpo atraente, mesmo estando acima do peso e com uma barriguinha discreta.
- Ei você disse que vinha e veio, mulher de palavra gostei...
- Hum, sim sou uma mulher de muitas outras coisas além da palavra, Wisner. Vamos deixar de papo furado e direto ao ponto. Eu vim e aceito sua proposta de trabalho subsidiado com aquelas condições que estipulei, você topa?
- Hum... e essas tais condições são negociáveis depois, não são...?
- Sim, são, mas quando eu achar que devam ser negociadas... eu conheço sua fama meu caro e também já olhei suas meninas, são gostosinhas, bonitinhas, jeitosas, mas não chegam aos meus pés, eu sou toda boa. Olha bem pro material e me diz se não é.
- É sim, se é, tou até com água na boca...
- Onde eu vou ficar? Retruca-a querendo se esquivar da cantada improvisada de Wisner.
- Cicatriz, leva ela, lá na suíte presidencial...
- O nome dele é Cicatriz? Não podia ser outro com esses talhos na cara. Ah, outra coisa, daqui pra frente meu nome será Falu, curto e diferente pra marcar.
- Ok, você dita às regras por enquanto Falu, gata louca por quem vou me apaixonar.
Logo Falu está instalada. O quarto era pequeno, pelo menos tinha banheiro e era bem limpinho. Tinha um guarda roupa pequeno e uma cama, ela ajeita as coisas e senta na cama. De repente alguém entra abruptamente e ela se assusta, mas ao ver que é uma mulher, se retrai.
- Oi, meu nome é Deusa, trabalho com o Wisner, ajudo com a parte operacional, roupas, comida, maquiagem, tudo e com os ensaios... você sabe dançar? Porque você sabe que para todos os efeitos aqui é um bar comum, com strip-tease e números de danças sensuais.
- Sim sei Deusa, já conversei com o Wisner, estou a par de tudo, agora eu preciso descansar pra está bem mais a noite e outra coisa não entra mais sem bater, ok. Eu posso está nua e não fico nua na frente de qualquer um...
- Mas eu sou mulher como você...
- Completando... qualquer um e qualquer uma também. Obrigado pelas informações. Agora vaza.
Falu não gosta dos olhares de análise de mulher, que parecia querer comê-la com os olhos. Pelo que ela pouca conhecia do caso a tal Deusa gostava de ser adorada e não por homens. Um sorriso malicioso toma conta do rosto de Falu e ela pensa como utilizar essa informação a seu favor, visto que por enquanto era uma estranha no ninho da Fênix.
E assim Falu segue sua rotina trabalhando no bar da Fênix juntamente com as outras meninas, que eram cinco: Inês, Analy, Vilminha, Liz e Sheron. Esta última estava desaparecida. Por sinal um desaparecimento misterioso que as outras meninas evitavam falar. Fora essas cinco havia outras garotas que transitavam, apenas usando o espaço para fazer cliente. Wisner levava uma porcentagem em cima, visto que de bobo ele não tinha nada. Deusa e Cicatriz mantinham tudo em ordem com a ajuda de Sungão, um tipo gordo e corpulento e de aparência asquerosa. As meninas diziam que ele era o que mais sentia a falta de Sheron, que segundo elas mantinha uma ligação estranha com Wisner. Elas desconfiavam que eram amantes..
No final daquela noite chuvosa, era uma sexta-feira, após o show de dança, Falu é chamada por Wisner no bar e ele lhe fala que ela ia começar hoje a receber uma primeira visita. Ela pergunta quem é e Wisner faz uma pequena descrição do caso.
- Bem o deputado Vitamina me ligou hoje e disse que precisa de meu auxilio, pois ele está com uma desconfiança que o filho de 17 anos seja viado, saca.
- Hum, acho que sim e ele quer que eu faça uma vistoria para tirar a prova...
- Exato, você pega rápido hein, a grana é boa, aqui está uma foto do moleque...
- Ele é bonito, esse deputado aqui não é aquele que ficou conhecido por fazer uma campanha voltada para as vitaminas que o povo precisa, que o povo estava subnutrido.... é esse?
- Por isso ele ficou com o apelido de Deputado Vitamina... esse mesmo, porque você votou nele?
- Votei, achei um sarro e hilária aquela história e me divertia pacas na hora da propaganda política na TV.
- Vá pro seu quarto e prepara-se fica gostosa, coisa que não é preciso fazer muito esforço, quando o franguinho chegar mando direto pra você.
Falu retira-se levando a foto do jovem. Ela olha bem e fica fascinada com aquela beleza singular, aquela pele clara, feições fortes sem exprimir rudeza e pelos olhos azuis que ele exibia. Um olhar enigmático como se quisesse ser decifrado.
Meia hora depois alguém bate a porta, ela manda entrar e quem abre a porta é Cicatriz e em seguida empurra um jovem pra dentro de bate a porta e tranca.
- Ei isso aqui é armação do meu pai não é? Ele pergunta mostrando nervosismo e preocupação.
- Sim é, pois ele desconfia que você seja gay e quer tirar a prova dos noves, como se isso fosse provar algo, seu pai é bem dinossauro hein.
- Você não sabe o quanto ele é. Vamos combinar o seguinte eu pago uma boa quantia pra você sustentar que transamos e ai ele larga do meu pé, pode ser?
- Meu nome é Falu e o seu garotinho?
- Eu não sou tão garotinho assim, ano que vem faço 18 anos e meu nome é Junior, tenho o mesmo nome babaca do meu pai.
- Então Junior tenho uma proposta melhor, porque não transamos de verdade, ai a história parecerá mais real... que tal?
- Hum, o problema Malu....
- Falu, Fa de Fantástica e Lu de Luxúria, sacou garotinho e não troque mais meu nome...
- Ok, Fantástica Luxúria, Falu, gostei desse nome, o problema é que eu sou de fato gay e virgem, nunca transei com mulher entende... ainda quer assim mesmo.
Mal Junior termina de falar e Falu lhe casta um beijo de língua que o deixa sem fôlego, mesmo arfante ela se pendura no pescoço e lhe tasca outro saindo com a língua pela face direto pro lóbulo da sua orelha. Entre uma mordiscada e outra ela mete a mão no entre as pernas no rapaz e abre o zíper. Em seguida mete a mão pela cueca e começa a bulinar. Em minutos seguintes é Junior que já está provocando e atiçando a libido numa fantástica luxúria. Em poucos instantes eles estão em cima da cama transando feito dois animais no cio. Falu surpreende e é surpreendida. Quase uma hora depois eles estão deitados e Junior fumava enquanto ela tomava um copo de vinho e mexia no cabelo.
- Puxa rapazinho, se todos os gays transassem como você, daqui pra frente só transo com gays, rsrsrs.
- ... kkkkkkk, isso é uma piada, um elogio, um ironia... mas confesso que você de fato exerceu ou melhor incorporou seu nome Fantástica Luxúria, Falu, nunca mais esqueço esse nome.
- Obrigada, bem e agora podemos falar pro seu papai que você é machinho, penso também que você deve arranjar uma namorada para fazer merchan e ficar num clima bom com o velho até você ser independente.
- Hum, já pensei nisso, mas não gosto de garotinhas da minha idade, geralmente são fúteis e desinteressante... além disso eu tenho alguém.
- Quer falar sobre isso...? Pode confiar em mim, eu gostei de você e quero te ajudar, falo de coração, não irá se arrepender.
- É o Serafim, um dos seguranças do papai, ele é mais velho que eu, tem 30 anos e é super ciumento, esse lance da namorada poderia irritar ele, tou pensando em fugir.
- Não faça isso, não esqueça que você é menor, explica pro tal Serafim, da sua situação e das desconfianças do seu pai, e eu acho que tenho a pessoa ideal pra você namorar, ela tem 25 anos, é gostosa, amiga, boa pessoa e de confiança minha, pode se abrir com ela, eu vou mandar um bilhete pra você entregar pra ela...
- Por que não pode ser você, já que nos damos tão bem?
- Hum, eu vou ficar aqui te esperando, volte sempre que quiser, será bom pros dois.
- Eu vou voltar mesmo e obrigado pela ajuda, não vou esquecer nunca disso, vem aqui quero outro beijo daqueles.
Um outro beijo acontece e dessa vez é Falu que fica sem fôlego diante da eloquência e desejo de Junior. Era incrível mas tinha acontecido uma química muito boa entre eles, fora isso tinha acontecido uma empatia forte, parecia que existia um imã. Junior vai embora. Falu se arruma e volta para falar com Wisner. Ela diz que tudo correu bem e que ela pode falar pro deputado Vitamina que o filho é macho e que o gatinho tinha virado freguês e ia querer voltar sempre. Wisner sorriu maliciosamente e passou a língua nos lábios e colocou a mão na perna de Falu.
- Olha nunca mais faça isso, eu não quero que isso se repita, ou vou embora. Você entendeu?
- Ok, desculpa... fala ele de forma ríspida. Pega sua parte, conforme o combinado, se quiser contar fique a vontade, já que você é tão desconfiada.
Nisso aparece Sungão dizendo que tem um homem no bar querendo falar com uma tal Fátima Lúcia. Falu arregala o olho e entra em pânico e sai correndo pro bar, chegando lá encontra Cláudio com um semblante esquisito acompanhado de Leide.
- Leide, Cláudio o que vocês fazem aqui? Ah, uma coisa importantíssima pros dois, meu nome agora é Falu, nada de Fátima Lúcia aqui, senão nunca mais olho pra cara de vocês.
- Fát... Falu, o Claudio bebeu umas cervejas e resolveu vir aqui, implorei para que ele não viesse, então como ele não me atendeu eu resolvi vir com ele, ele não ta legal. Depois que você foi embora ele está diferente...
- Diferente como...
- Deprimido, quase não sai de casa, vai apenas pro trabalho, até o futebol ele deixou de lado, e vive bebendo e voltou a fumar, até comigo ele não quis mais nada, acredita Fat, Falu.
- E você Claudio não fala nada.... fica ai que nem um estátua... com essa cara de bundão, e não venha mais aqui, senão eu sumo da cidade e você nunca mais vai me ver. Eu falo sério.
- Fatinha volta pra mim, por favor, eu te suplico, minha vida sem você não tem sentido, eu tou perdido...
- Hum, olha Claudio eu te avisei que era pra não me procurar não disse, eu agora começo a ficar com raiva de você de verdade.
- Eu faço qualquer coisa para você voltar, para não ficar com raiva de mim, faço o que você quiser.
- Então pra eu te esquecer essa raiva, pra deletar que você esteve aqui atrás de mim, pra apagar da mente esse instante eu peço que você me faça um streaptease e ai você topa?
- Sim, eu faço, por você eu faço, faço tudo, até me visto de palhaço, fala Claudio já se levantando e indo pro palco.
- Ei Deusa avisa as meninas que vai ter rolar uma streaptease masculina aqui e agora, grita Falu eufórica.
- Eu nunca fiz isso, mas pra provar que te amo vou tentar... fala indo dirigindo-se pro palco.
- Falu será que o seu Cláudio vai ter coragem, exclama uma incrédula Leide.
- Vamos ver, senta e aprecia, não é todo dia que tem alguém para fazer algo assim ao vivo. E cá entre nós o Claudio é um tesão, não é, pena que é safado e num vale nada.
O streaptease de fato acontece e depois Claudio cai no palco do bar. Falu chama um táxi e o coloca juntamente com Leide dentro e manda seguir para sua antiga casa. Em seguida ela volta pro seu quarto, toma banho e deita e sonha com um novo encontro com Junior. Ela acorda sobressaltada e decide que não pode mais ver esse rapaz, pois ele poderia de novo fazê-la sair do seu objetivo maior que era encontrar a irmã desaparecida. Falu volta a dormir e dessa vez não sonha apenas dorme profundamente. E assim rumo ao desconhecido ela adentra da maneira mais cômoda dormindo.
Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 01/08/2010
Reeditado em 08/11/2010
Código do texto: T2412071
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.