O jardineiro
Certo dia um jardineiro se deu conta de que seu jardim estava feio.
A grama rasteira estava rala, quase desaparecendo por entre as ervas daninhas. Os arbustos não estavam aparados. Somente botões secos dependuravam-se esquecidos nas roseiras. A luz do sol fugidia lançava apenas alguns focos dispersos, deixando tudo sombreado.
O jardineiro entristeceu-se, pois os pássaros que antes enchiam, com seus cantos, todos os espaços do jardim, agora apareciam só de vez em quando por poucos instantes. O que houve? Perguntou-se o jardineiro. Onde está a beleza e a vida deste meu jardim? E assim passava os dias a se lamentar. Quanto mais lamentava mais feio e triste ficava seu jardim. E mais desapontado ficava o jardineiro.
Mas um belo dia, aborrecido com a feiúra de seu jardim, o jardineiro resolveu pensar no que poderia fazer para embelezá-lo. Chegou à conclusão de que faria o que estivesse ao seu alcance. Não ficaria de braços cruzados! Começaria pelo que de mais simples havia pra se fazer: a limpeza. Tiraria todo o mato, limparia as folhas secas caídas pelo chão, podaria os arbustos, desbastaria as árvores, removeria as plantas secas. E após tudo limpar semearia novas sementes, faria novos canteiros e esperaria pra ver o resultado. E assim o fez.
Durante um bom tempo não aconteceu nada, só a claridade do sol dominando as sombras podia ser observada. Veio a chuva e molhou o jardim. A água foi, em parte sugada pela terra e ,em parte, seca pela brisa que soprava pelo jardim. A pedras já podiam ser vistas, pois as folhas secas que lhes encobriam a beleza foram removidas.
Os pássaros desertores, que haviam levado consigo suas incríveis cantorias, voltam agora em bandos, seus penetrantes e harmoniosos arrulhos e assovios novamente encantam o cenário.
As flores aos poucos voltaram ao jardim, e as roseiras debruçaram-se ao peso dos frondosos botões. O jardineiro boquiaberto deslumbrou-se. A tudo admirava com atenção, até que seus olhos se fixaram na mais bela flor que jamais olhos na terra puderam contemplar.
Um mistério! Essa flor não era vista por mais ninguém. Sempre que queria mostrá-la a alguém diziam-lhe que ela não existia. Constatou, por isso, que ao reconstruir o seu jardim, sem o saber, trabalhou para a reconstrução dos sentimentos que haviam adormecido em seu coração. A flor que via como a mais bela era vista somente por ele mesmo, pelos olhos do seu coração.
A flor do amor desabrochou em sua vida, em resposta à beleza que nasceu no coração do jardineiro, pela simples decisão de voltar a cultivar seu jardim.
Essa flor nasce em corações embelezados pelo encanto da vida. Desabrocha no solo do embelezamento que emprestamos às coisas à nossa volta. Numa atitude de esperança no amor e na vida.
Certo dia um jardineiro se deu conta de que seu jardim estava feio.
A grama rasteira estava rala, quase desaparecendo por entre as ervas daninhas. Os arbustos não estavam aparados. Somente botões secos dependuravam-se esquecidos nas roseiras. A luz do sol fugidia lançava apenas alguns focos dispersos, deixando tudo sombreado.
O jardineiro entristeceu-se, pois os pássaros que antes enchiam, com seus cantos, todos os espaços do jardim, agora apareciam só de vez em quando por poucos instantes. O que houve? Perguntou-se o jardineiro. Onde está a beleza e a vida deste meu jardim? E assim passava os dias a se lamentar. Quanto mais lamentava mais feio e triste ficava seu jardim. E mais desapontado ficava o jardineiro.
Mas um belo dia, aborrecido com a feiúra de seu jardim, o jardineiro resolveu pensar no que poderia fazer para embelezá-lo. Chegou à conclusão de que faria o que estivesse ao seu alcance. Não ficaria de braços cruzados! Começaria pelo que de mais simples havia pra se fazer: a limpeza. Tiraria todo o mato, limparia as folhas secas caídas pelo chão, podaria os arbustos, desbastaria as árvores, removeria as plantas secas. E após tudo limpar semearia novas sementes, faria novos canteiros e esperaria pra ver o resultado. E assim o fez.
Durante um bom tempo não aconteceu nada, só a claridade do sol dominando as sombras podia ser observada. Veio a chuva e molhou o jardim. A água foi, em parte sugada pela terra e ,em parte, seca pela brisa que soprava pelo jardim. A pedras já podiam ser vistas, pois as folhas secas que lhes encobriam a beleza foram removidas.
Os pássaros desertores, que haviam levado consigo suas incríveis cantorias, voltam agora em bandos, seus penetrantes e harmoniosos arrulhos e assovios novamente encantam o cenário.
As flores aos poucos voltaram ao jardim, e as roseiras debruçaram-se ao peso dos frondosos botões. O jardineiro boquiaberto deslumbrou-se. A tudo admirava com atenção, até que seus olhos se fixaram na mais bela flor que jamais olhos na terra puderam contemplar.
Um mistério! Essa flor não era vista por mais ninguém. Sempre que queria mostrá-la a alguém diziam-lhe que ela não existia. Constatou, por isso, que ao reconstruir o seu jardim, sem o saber, trabalhou para a reconstrução dos sentimentos que haviam adormecido em seu coração. A flor que via como a mais bela era vista somente por ele mesmo, pelos olhos do seu coração.
A flor do amor desabrochou em sua vida, em resposta à beleza que nasceu no coração do jardineiro, pela simples decisão de voltar a cultivar seu jardim.
Essa flor nasce em corações embelezados pelo encanto da vida. Desabrocha no solo do embelezamento que emprestamos às coisas à nossa volta. Numa atitude de esperança no amor e na vida.