JOGOS DE SEDUÇÃO - XEQUE MATE


Um churrasco entre amigos, ambiente descontraído, fui descomprometido, não esperava encontrar naquele ambiente nenhum despertar no coração, éramos em poucos, dois vizinhos, amigos de muito tempo, um casal que eu pouco conhecia mais chegados de uma amiga que para mim era homem, ela que tinha me convidado para participar deste pequeno encontro na casa do casal.
Não tínhamos um churrasqueiro fixo, nos revezávamos em tomar conta das carnes, uma tarefa que muitos se esquivam, mas ali em pequeno número foi à solução encontrada, e foi na churrasqueira que me encantei por aqueles lindos olhos verdes, sua pele branca e seu jeito extrovertido, seu nome era Joana, me peguei por um momento sedento desejando aquela mulher, mas logo caiu a ficha quando ela entre brincadeiras abraça o marido, foi como se me beliscasse eu acordasse para realidade, por mais predador que fosse, existia algumas regras que aprendi na minha vivência pelos cortiços fedidos do Ipiranga, uma delas dizia sobre os perfumes das mulheres: “ Mulher solteira tem cheiro de flor e Mulher casada cheira a defunto” – só de lembrar desta frase me deu arrepios, e fez com que, por um momento desistisse da situação; digo um momento, pois, quando de costas para aquele pequeno grupo, eu virava as carnes, já desencanado, se aproxima por trás, me envolvendo a cintura com um de seus braços, a ruiva tinha um cheiro doce tentador, nem o forte cheiro das carnes que assavam me tirava daquele encanto, a aproximação foi para se servir de um pedaço de picanha, retirei a carne da grelha colocando sobre a madeira, passei a lamina fatiando, ela pega o primeiro pedaço fatiado suspende acima de sua cabeça e deixa a carne escorrer para sua boca, mastigando, eu observando cada gesto, sua boca carnuda em movimentos deliciosos, ela arregalou seus lindos olhos e me mirou, fiquei desconcertado, rapidamente disfarcei a fantasia que tinha naquele momento pedindo a opinião de Joana sobre a carne que degustava, recebi um abraço e numa voz suave me respondeu: - Delicioso!!!! – eu estava num sensual devaneio, fantasiava perdidamente em todas as belezas daquela mulher, mas me expressava de forma contida, afinal não podia dar uma tremenda bandeira, surgia na minha mente entre tantos pensamentos a palavra “proibida” como se fosse um sinal de alerta em alta sirene num pisca-pisca gritante, ela se afastou e eu voltei a virar carnes, ia acabar deixando as carnes queimar perdido em meus pensamentos.

Num certo momento, o marido resolve se recolher, ela o acompanha até a casa, e ficamos ali nos distraindo e bebendo algumas cervejas, era a vez do meu vizinho cuidar da churrasqueira, o que me deu a chance de sentar-me um pouco. Passados uns quinze minutos, a porta da casa se abre, ela vem num vestidinho saia, leve, bege e pouco acima dos joelhos, sentando quase cai da cadeira, meus óculos de sol estava na cabeça, desci imediatamente os olhos, não podia dar na cara, queria acompanhar cada passo dela até chegar ao quiosque que fazíamos o churrasco, mas a boca me denunciava dificilmente conseguia fechar. Era lindo seu andar, branca, de corpo maravilhoso, coxas grossas, seios fartos, por trás do óculos eu curtia toda aquela caminhada, alguém me chamou, demorei a responder, faltava alguns passos ainda até ela chegar no quiosque, fui cutucado e chamado novamente, tive que atender minha amiga que pedia para que batesse uma foto dela ao lado de um vaso de flor que decorava o quiosque, minha vontade foi responder: - Como ousa me interromper!!! - mas a reposta foi outra:
- Claro amiga!!!!
Joana estava de novo conosco no quiosque, se debruçou no balcão, esperando pela bandeja de carnes, ia nos servir, eu já estava me deliciando com o tanto de carne que via naquele traseiro lindo bem desenhado, estava alheio às conversas, vidrado nela, era um desejo difícil de conter,... ela olha por cima dos ombros, e claro, percebe que estou a encarando como um lobo sedento pelo chapeuzinho vermelho. O banheiro ficava afastado do quiosque, pedi licença e me retirei um pouco dali, tomei um ar pelo curto trajeto, entrei por uma porta, tinha o lavatório e um espelho, lavei meu rosto, debrucei sobre a pia por alguns instantes, surge em seguida na porta Joana, viro-me assustado, achei estar em delírios, atrás de mim outras duas portas onde ficavam os vasos sanitários, uma destinada aos homens e outra as mulheres, ela me coloca contra as porta do banheiro feminino, teu cheiro me entorpecia, seu mamilos endurecidos marcavam o vestidinho, roçando meu tórax, eu ofegante, recebendo suas carícias, não resisto, agarro-a, a rainha de forma sensual se moveu pelo tabuleiro, eu estava em xeque, era desistir do jogo ou ser dominado, me deixei beijar e de forma enlouquecida correspondi, ela me empurra para o banheiro feminino e fecha a porta.

Noronha de Araujo
Enviado por Noronha de Araujo em 27/06/2010
Reeditado em 24/06/2011
Código do texto: T2343644
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