O ANJO-MAE

Era uma menina sensivel, escondida atrás de uma menina valente.

Tinha somente nove anos, e precisava de cuidados, como qualquer criança.

Sua boa e amorosa mae trabalhava fora, e nao podia dela se ocupar.

E veio o dilema apos a mudança dos avós, que tao bem dela cuidavam.

Onde e com quem deixar a menina ?

A mãe pensou então, na bondosa tia, que ao lado do seu trabalho morava.

A menina exultou de alegria, pois, muito gostava daquela doce tia.

Mas... a solução durou pouco, pois, o tio, marido da tia, disse não ! !

Um não que, nao deixou duvida, nem possibilidade de mudança.

E a menina, não teve outro destino que ficar sobre a guarda de outra menina, poucos anos mais velha que ela.

Que não lhe tinha nenhum carinho, que não lhe dava nenhum cuidado.

Mas a menina era valente, e por natureza muito otimista, e tentou olhar de forma feliz para um fato nada agradavel.

Dois anos correram, e com onze anos, a menina que ja assistira a tantas coisas doidas em sua vida, atortoada ficou, quando o anjo-Mãe de sua existência foi tirado.

E assim, trilhou dali para frente a menina, o caminho espinhoso e arido de uma criança, que não mais tinha o colo acolhedor, a mão carinhosa, a fala doce, e o beijo amoroso de sua MÃE.

A sensivel e valente menina sobreviveu, sabia ela que o anjo-Mãe de carne não mais existia.

Mas, sentia no fundo do seu coração, que agora invisivel podia o anjo-Mãe, zelar por ela ainda com mais dedicação.

Pois as ocupaçães e dores do mundo, que tanto fizeram sofrer a MÃE querida, nao iriam impedi-la mais de estar perto, bem pertinho de sua menina.

Lenapena
Enviado por Lenapena em 23/06/2010
Reeditado em 27/11/2010
Código do texto: T2337251