Andréia, meu sonho

Andréia, meu sonho.

Hoje eu sonhei com você. Eu tenho pensado muito em você, e isso tem causado um efeito estranho em mim. Sem nunca ter te visto, eu sinto você como uma das pessoas mais próximas que eu tenho. É estranho e gostoso ao mesmo tempo, escrever que você é “uma pessoa que eu tenho”. Me aquece. Aí eu comecei a imaginar como teria sido se eu, em um dos meus acessos de loucura, tivesse tomado um avião aqui, e ido ao RJ só para te ver. Fechei os olhos me recostei e vi.

Eu cheguei à tardezinha ao Rio. Você me esperava no saguão, com uma placa na mão, onde estava escrito meu nome. Eu a vi de longe e parei para observá-la. Eu tinha em minha mente uma imagem sua, criada pelas minhas fantasias. Nela, você sempre foi linda. Mas agora eu a vi totalmente diferente da minha criação mental, porem mais linda. Senti que ia entrar em pânico. Você não ia gostar de mim. Eu não sou, nunca fui e nunca serei linda. Pensei em voltar dali mesmo. Meus joelhos traiçoeiros se recusavam a me ajudar. O coração covarde, parecia querer parar dentro do meu peito. Continuei ali te olhando, e sem perceber fiquei sozinha no corredor de saída. Somente neste momento vi que você já tinha percebido que era eu, ali parada como uma estatua de cera. Senti vergonha da minha covardia e avancei vacilante até você. Seu sorriso aberto e lindo, me confortou como uma brisa quente de verão. Me aproximei temendo que você percebesse que agora, somente agora, meu coração parecia ter acordado e resolveu recuperar todas as batidas que ele não tinha batido enquanto me deixou parada lá no corredor. Te beijei no rosto(queria ter beijado seus lábios. Esse era um dos motivos que me levaram até ali). Você ficou me olhando com um sorriso nos lábios sem dizer nada. Deve estar pensando que então estava ali a mulher com quem falara por e-mail durante tanto tempo. Seu ar curioso me deixava aflita, mas seu sorriso me acalmava. Você passou sua mão em meu rosto, como que para ter certeza que a imagem que via era real, e somente então me tomou pelo braço e me conduziu para fora. Falamos frivolidades, perguntas do vôo, comentários sobre o tempo, e por fim eu te disse:

-você é liinda!!!. Muito mais do que eu sempre sonhei, e olha que eu sou pretenciosa quando sonho.

Entramos no seu carro e ficamos nos olhando. Eu havia esperado por isso ha tanto tempo. Segurei seu rosto com ambas as mãos e beijei seus lábios. Eles eram tudo com que eu sonhara em tantas noites insones. Eles eram a recompensa merecida que eu recebia agora por ter esperado tanto. Foi um beijo bem suave. Foi longo. Foi gostoso. Senti seu hálito cheiroso, sua língua quente, e senti seu coração bater forte sob pressão dos meus peitos.

Entramos num motel lindo. Eu queria mais beijos e te agarrei tão logo nós entramos. Depois nós nos despimos lentamente enquanto nos olhávamos. Enquanto nos beijávamos. E depois fomos correndo para o chuveiro, rindo como duas adolescentes. Nos ensaboamos uma à outra, com direito meu, de lavar todas as partes gostosas do seu corpo. Demorei um século ensaboando lavando e beijando seus seios. Varias vezes! Depois me ajoelhei na sua frente, e me encantei em olhar para seus pelos lindos e aparados formando um pequeno tufo macio. Ensaboei entre suas pernas e lavei por vários minutos. Minhas mãos queriam conhecer os detalhes de você. Por fim eu a enxuguei com a maior toalha que eu já tinha visto e arrastei você para a cama.

Ali você finalmente seria minha. Minha pela primeira vez.

A noite de Andréia.

Parei ao lado da cama e te beijei. Andréia, Andréia. Segurei sua cabeça com as duas mãos enquanto mantinha seus lábios presos pelos meus. Minhas mãos na sua nuca foram se movendo, e meus dedos se enfiando entre seus cabelos, enquanto minha língua invadia sua boca. Boca macia, meio louca, cheirosa, e que eu já sabia, podia me presentear com o sorriso mais lindo. Suas mãos desceram pelas minhas costas e foram acariciar minha bunda. Carícias gostosas como eu sempre soube que seriam. Suas mãos foram ficando cada vez mais ousadas e seus dedos começaram a explorar meus segredos indecentes. Quentes. Me provocando. Me descontrolando.

Deitei você sobre a cama. Coloquei minha coxa entre as suas e a sua entre as minhas. Senti seu calor me queimando. Senti o atrito dos seus pelos na minha perna. Beijei sua boca. Pensava comigo que nunca mais queria parar de te beijar na boca. Mas tinha muito mais beleza em você que eu queria. Beijei seus seios macios e quentes. Acolhedores para meu rosto. Seus bicos foram reservados ha muito tempo para o carinho dos meus lábios. Me demorei neles. Ficaram grandes e duros. Minha boca os acomodavam alternadamente enquanto minha mão se encaixava definitivamente entre suas pernas. Eu queria mais. Desci ao seu ventre. Beijei seus pelos cheirosos. Beijei e lambi as partes internas das suas coxas e coloquei meus lábios em forma de beijo na sua buceta. Deixei minha boca parada ali. Senti a textura macia de sua pele recém depilada, e o cheiro do seu tesão. Lambi. Varias vezes. Mãos, bocas, dedos lúdicos, lúbricos e incansáveis. Toques úmidos, pele sedosa, pernas indecisas entre abrir para mim ou fechar em mim. Senti seu corpo reagir e se mover em cumplicidade com a minha boca. Senti o gosto seu em minha boca. Era minha recompensa por ter esperado tanto. Seu clitóris delicado ficou entre meus lábios, no carinho mais suave que eu pude dar. Meus dedos te exploravam. Estavam agora em você. Eu a ouvi gemer baixinho e meu corpo estremeceu de prazer com seu gemido. Novamente. Depois mais forte. Sons, cheiro e sabor de Andréia. Meus dedos e meus lábios foram intensificando os movimentos e seu corpo acompanhou. Quando você gemeu bem forte, varias vezes, eu senti que finalmente você era minha. Subi sobre seu corpo a procura de sua boca, com meus lábios ávidos. Sua boca aberta me recebeu, e eu vi um sorriso dentro dos seus olhos. Puxei sua mão para entre minhas pernas e te beijei. Nessa noite eu ia começar a te ensinar a me amar.

No dia seguinte, eu no corredor de embarque olhando para trás com os olhos vermelhos. Para você. Agora não eram os joelhos que se recusavam a caminhar. O comando para não ir, vinha do corpo todo. Mas eu caminhei. Levava tanta coisa de você comigo, era o que iria me alimentar quando longe de você.

gilsi.35795@yahoo.com

Gilsi
Enviado por Gilsi em 16/06/2010
Código do texto: T2323496
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