O DIA DOS NAMORADOS
Como será que se originou o Dia dos Namorados?
Não sei, e , como o que não se sabe inventa-se, aqui vai a minha versão:
Antônia e Leopoldino eram namorados a anos e anos.
Ela estava apaixonada e queria casar-se, mas ele, apesar de gostar muito dela não estava nem ai com esse tal de casamento. Prá que se estava tão bom assim?
Então, Antônia teve a idéia de pedir ajuda para Santo Antônio, pois afinal o seu nome, do qual ela não gostava muito, tinha sido uma homenagem para ele e ele tinha até uma certa obrigação de protegê-la.
O Santo, muito bonzinho, resolveu ajudar a sua homônima e deu lá um misterioso toque no Leopoldino que, para surpresa geral resolveu casar-se imediatamente.
Um mês depois Antônia estava casada e feliz para inveja das amigas que não sabiam o que ela tinha feito para conseguir isso.
Antônia que não era egoísta segredou para todas o seu estratagema para fisgar o Leo, pedir ajuda a Santo Antônia.
Nem preciso dizer que as amigas, de repente, tornaram-se fervorosas devotas do Santo e foram pedir-lhe ajuda, também, para os seus mal sucedidos namoros.
E o Santinho simpático, que para si mesmo nunca arranjara uma companheira dedicando toda sua vida ao claustro, dispôs´se a ajudar todos os apaixonados que a ele recorriam.
Logo sua fama espalhou-se e todos, absolutamente todos, os mal sucedidos em seus amores recorriam a ele.
Eram adolescentes ansiosas, trintonas encalhadas, separadas carentes, viúvas com meia dúzia de filhos, fãs apaixonados pelos seus ídolos, nobres afim de plebeus, etc. etc. etc.
De dezenas, rapidamente passaram a centenas e a milhares as solicitações que lotavam-lhe a agenda não lhe deixando espaço para seus demais compromissos.
Então ele resolveu regulamentar o atendimento. Estabeleceu que só atenderia pedidos de namorados no dia 12 de Junho, dia da sua festa, que passou a ser o Dia dos Namorados.
Havia uma velhinha que plantava flores, para vender, no quintal de sua casa e que teve uma idéia brilhante, colocou na fachada uma placa com os dizeres: “No Dia dos Namorados, dê a ela uma rosa como prova de seu amor”
A idéia deu tão certo que em pouco tempo ela estava estabelecida com uma bela floricultura.
O joalheiro ao seu lado imitou-a: “ Dê a ela uma jóia. Os diamantes são eternos como o verdadeiro amor”.
Mas, nem todos podiam dar-se ao luxo de presentear com jóias e o camelô, esperto, rebateu: “ Ofereça estas bijuterias que parecem verdadeiras”.
E por ai afora, as lojas, as sapatarias, as perfumarias, as bombonieres, todos queriam vender o seu peixe por conta da data.
Sim, vender o peixe, literalmente pois, até o peixeiro deu um jeitinho de dizer que, para festejar a data, nada melhor do que uma boa peixada.
E, por fim, chegou a era dos celulares que derrubou, ou pretende derrubar, todas as demais opções de presentes:
“Dê a ela um celular e poderá passar horas e horas conversando, passar as madrugadas insones, falando de amor e ainda mandar fotos, mensagens, etc. etc.”
(Só não conta de quanto “crédito” vai precisar para tudo isso. )