Um amor despretensioso
Eu levava minha vida simples, sem preocupações, tinha meu grau de honrarias, tinha algumas paqueras, mas nada era sério, era como se não tivesse alguma pressa em namorar sério com alguém, e levava esta vida fazendo o meu trabalho, conversando com os amigos de vez em quando, e ficando muito mais no trabalho do que em casa... morava sozinho, e não me sentia solitário, isso por que nem dava tempo quase de ficar a só em casa, pois sempre aparecia alguém para conversar, pessoas de todas as idades, amigos homens e mulheres, então nem tinha por que me sentir só...
Antes destes tempos eu fui um patinho feio, muito magrinho, tentei fazer musculação, mas mesmo assim não conseguia aumentar a massa muscular, no entanto, neste tempo eu engordei mais, mudei o corte de cabelos, estava com roupas melhores, e já não era mais o patinho feio... comprei uma moto grande, que mais vivia no mecânico do que comigo... mas de vez em quando eu estava indo lá no bairro de minha mãe com ela, visitá-la, e almoçar num fim de semana, e encontrar os amigos daquela região...
Apareceu uma moça de outra cidade que chamou a atenção de todos os moços que eu conhecia, ela iria morar ali naquele bairro agora, estudaria nesta cidade, e ficaria fazendo parte daquele grupo daquele bairro, e pelo menos três dos que eu conhecia que eram grandes conquistadores, que toda moça amava só de olhar, se encantaram pela beleza e novidade que havia naquela moça... então eu me lembro que os três juntos ficavam conversando com ela, sendo que sei que um deles vivia convidando-a para sair, tomar cerveja ou algum suco natural, e ela ia, era tudo diversão, mas nada de se encantar por alguém... Havia um, que vou chamar de Leonardo de Caprio, quase todas as mulheres só de olharem para ele já queriam namorar com o tal, que é boa gente, talvez na época não, ele vendo a frieza da moça apesar de alguma insistência... foi o primeiro a desistir, mas dois outros permaneceram, e havia um que em cinco minutos de conversa era capaz de convencer qualquer mulher que ele era o homem dos seus sonhos... tantas moças se apaixonaram por ele e talvez até hoje se lembram dele como um grande amor frustrado, porque ele dava bastante atenção, ou dava esperanças, mas sempre dava a entender que não gostou da pessoa, contudo por esta moça ele não faria isso...
esta era especial, e ele também não saía de sua casa, paparicando até mesmo seus familiares, até o dia de eu ouvir um comentário dele que a moça só gosta de aproveitar passear com ele, mas não quer nada, muito fria com ele, e que tinha depreciado-o... Agora, outro, não tão conquistador assim, mas querido por algumas, contudo de altas honrarias, pois os dois outros não tiveram estas honrarias, parece-me que até enviou flores para ela, e tentou ganhá-la do seu jeito e sua boa conversa... sua boa influência, e tudo que tinha... até mesmo sua boa popularidade... mas nenhum deles foi bem sucedido... a moça parecia realmente uma muralha, dizia que queria só estudar e não ter ninguém, mas talvez ela tivesse no coração alguém de sua cidade anterior, talvez tenha fugido de lá, para o esquecer, isso eu não sei, mas ela não queria ninguém...
No ínterim, eu vi a moça e consequentemente a achei linda também, e vi os três de boa conversa irem no seu encalço, e usarem tudo que tinham, todos seus talentos e tudo mais, e pensei: eu não sou Leonardo de Caprio, nem conquisto moça em cinco minutos e dura para sempre, nem tenho tantas honras assim, tinha sim meu valor, porque quando era para falar em público eu falava de um jeito todo meu, muitas vezes admirado, mas quando era para falar a nível pessoal eu era um desastre... especialmente no que se refere a investir numa conquista complicada... Então, antes de tudo, eu já dei por perdido a moça, e desisti sem começar nada...
O tempo passou um pouco, e ainda assim aparecia o Leonardo de Caprio dando seu charme, e outros perto e rodeando a moça, somente eu não dava atenção alguma, mal cumprimentava, mal olhava, porque eu me sentia o último dos homens... Mas a moça já me tinha visto muitas vezes, falar em público, ou conversar com alguém, nem sei direito...
Mas um dia aconteceu uma coisa diferente. Houve uma excursão para uma cidade turística linda, e pelo menos dois dos conquistadores foram, e estavam sempre do lado dela... Num dado momento, eu me recordo que ao vê-los conversando, eu parei para rir um pouco, conversar bem pouco, sorrir, e perguntar alguma coisa boba... com certeza cumprimentei-a também, mas estava falando com meus amigos, e ela de repente pediu uma coisa para mim. Para eu tirar uma foto com ela. Eu disse sim, tudo bem. Era uma casa simulação de casa mal assombrada o fundo, e eu estava com rosto de quem estava sorrindo de brincadeira... ela estava toda linda, e parecia séria...
Bem, eu fiquei pouco ali, e saí, fui para outras partes da cidade, conversando com outras pessoas, e simplesmente passeando...
A outra vez que a vi, foi só dentro do ônibus da excursão. Bem lá eu, para mim mesmo estava um verdadeiro desastre, porque todos brincavam e eu estava fútil, e como havia uns conhecidos brincando de falar outros idiomas, eu comecei brincar de falar espanhol (pois eu me correspondia com pessoas que falavam este idioma, mas para ser sincero eu nem queria e nem sabia falar nada)... Brinquei de maneira tão tola, que qualquer moça comum veria que eu estava totalmente desinteressado em impressionar alguém... eram só sorrisos e risos... e despretensão total... A moça tentou puxar conversa comigo, ela estava logo atrás, mas eu desviava, e não levava nada a sério... e nem ficava hipnotizado como os outros... Assim foi a viagem de volta, e eu simplesmente a bem dizer não conversei com ela... Quando ela foi descer do ônibus, ela me olhou seriamente, lembro-me disso porque a seriedade me foi profunda e eu nem estava sorrindo, e ela me disse uma palavra: ADIOS! Só para mim, e saiu de mau humor...
Na verdade, eu não entendi nada. Quer dizer, o que eu tinha feito afinal? Não a ofendi em nada, nem ninguém, só estava rindo bastante, e conversando, porque nestas horas de recreação eu não era tão terrível assim para conversar... ou talvez fosse, mas pelo menos eu ficava bem extrovertido, e o rosto de timidez, sumia, e era outro...
Depois de alguns dias, ela me convidou para almoçar na casa dela, mencionou o meu nome a outro amigo que também foi convidado (que ela pediu para me chamar), que tinha as mais altas honrarias, mais do que um daqueles três, mas o costume era que pelas mulheres ele também não era muito correspondido, (contudo, assim mesmo, ele tinha uma namorada naquele momento, tanto que casou no mesmo ano)... o único que estava livre era eu, e almoçamos uma comida bem deliciosa que ela fez, e lembro-me de um detalhe... na hora de beber algo, ela queria servir algum tipo de bebida alcoólica, cerveja ou vinho, nada demais, mas eu dei uma opinião, que naquele dia justamente não se devia beber nada, e eles respeitaram minha opinião... sei que não tinha problema assim beber um pouco...
As conversas foram de coisas cotidianas, nada de alguém flertar, lançar algum charme qualquer, ou dizer algum galanteio, mas eu estava mais sério, conversando talvez pouco, e ela também nem era de conversar, falava bem pouco, e eu mesmo nunca a vi convidar ninguém para almoçar em sua casa... Mas não me impressionei, nem tirei nenhuma conclusão de nada, simplesmente fui embora, e continuar minhas atividades costumeiras...
Mesmo depois de alguns meses, eu percebia, ao olhar, que ela estava me olhando, e às vezes eu ficava encabulado... Uma única vez pelo menos ao passar perto de mim, ela ficou me olhando tanto, que mesmo passando ela ficava olhando para trás para me ver... e eu até fiquei assustado... O tempo passou, eu nem comentava sobre isso com ninguém, e até comecei a namorar outra moça... e eu vi ela me olhando do mesmo jeito... Ela também passou a namorar alguém, não algum daqueles super conquistadores, mas outra pessoa, de outro bairro, e ela ainda me olhava com carinho... ela falava tão pouco, talvez só o olhar é que dizia muito, e eu percebia isso e ficava quieto... O meu namoro não deu certo, porque como eu disse, eu não tinha tantas altas honrarias, nem era o melhor interlocutor, mas era romântico, dava perfumes de presente, comprava várias coisas para agradar, passeava muito agora com minha nova moto, enfim, fiz o possível para agradar... não traía, e fazia muitas coisas boas para a namorada, mas ela também tinha sua fama de ser difícil, e eu fui a bem dizer seu primeiro namorado, pelo menos de certo modo, e eu me alegrava com ela... (ah! muitos tentaram namorar com esta também, sem êxito, pelo menos eu namorei alguns meses com ela)...
Mas o ponto é a outra moça... a moça bonita de outra cidade, e refletindo em tudo, eu me questionei por que fui tão frio com ela, será que eu não acreditava em mim mesmo? Ou eu estava encantado por outra pessoa? Quem sabe se eu tivesse correspondido, e acreditado em mim mesmo, eu estaria com ela até hoje, teria filhos, e as altas honrarias nunca se afastariam de mim, quem sabe!
Eu levava minha vida simples, sem preocupações, tinha meu grau de honrarias, tinha algumas paqueras, mas nada era sério, era como se não tivesse alguma pressa em namorar sério com alguém, e levava esta vida fazendo o meu trabalho, conversando com os amigos de vez em quando, e ficando muito mais no trabalho do que em casa... morava sozinho, e não me sentia solitário, isso por que nem dava tempo quase de ficar a só em casa, pois sempre aparecia alguém para conversar, pessoas de todas as idades, amigos homens e mulheres, então nem tinha por que me sentir só...
Antes destes tempos eu fui um patinho feio, muito magrinho, tentei fazer musculação, mas mesmo assim não conseguia aumentar a massa muscular, no entanto, neste tempo eu engordei mais, mudei o corte de cabelos, estava com roupas melhores, e já não era mais o patinho feio... comprei uma moto grande, que mais vivia no mecânico do que comigo... mas de vez em quando eu estava indo lá no bairro de minha mãe com ela, visitá-la, e almoçar num fim de semana, e encontrar os amigos daquela região...
Apareceu uma moça de outra cidade que chamou a atenção de todos os moços que eu conhecia, ela iria morar ali naquele bairro agora, estudaria nesta cidade, e ficaria fazendo parte daquele grupo daquele bairro, e pelo menos três dos que eu conhecia que eram grandes conquistadores, que toda moça amava só de olhar, se encantaram pela beleza e novidade que havia naquela moça... então eu me lembro que os três juntos ficavam conversando com ela, sendo que sei que um deles vivia convidando-a para sair, tomar cerveja ou algum suco natural, e ela ia, era tudo diversão, mas nada de se encantar por alguém... Havia um, que vou chamar de Leonardo de Caprio, quase todas as mulheres só de olharem para ele já queriam namorar com o tal, que é boa gente, talvez na época não, ele vendo a frieza da moça apesar de alguma insistência... foi o primeiro a desistir, mas dois outros permaneceram, e havia um que em cinco minutos de conversa era capaz de convencer qualquer mulher que ele era o homem dos seus sonhos... tantas moças se apaixonaram por ele e talvez até hoje se lembram dele como um grande amor frustrado, porque ele dava bastante atenção, ou dava esperanças, mas sempre dava a entender que não gostou da pessoa, contudo por esta moça ele não faria isso...
esta era especial, e ele também não saía de sua casa, paparicando até mesmo seus familiares, até o dia de eu ouvir um comentário dele que a moça só gosta de aproveitar passear com ele, mas não quer nada, muito fria com ele, e que tinha depreciado-o... Agora, outro, não tão conquistador assim, mas querido por algumas, contudo de altas honrarias, pois os dois outros não tiveram estas honrarias, parece-me que até enviou flores para ela, e tentou ganhá-la do seu jeito e sua boa conversa... sua boa influência, e tudo que tinha... até mesmo sua boa popularidade... mas nenhum deles foi bem sucedido... a moça parecia realmente uma muralha, dizia que queria só estudar e não ter ninguém, mas talvez ela tivesse no coração alguém de sua cidade anterior, talvez tenha fugido de lá, para o esquecer, isso eu não sei, mas ela não queria ninguém...
No ínterim, eu vi a moça e consequentemente a achei linda também, e vi os três de boa conversa irem no seu encalço, e usarem tudo que tinham, todos seus talentos e tudo mais, e pensei: eu não sou Leonardo de Caprio, nem conquisto moça em cinco minutos e dura para sempre, nem tenho tantas honras assim, tinha sim meu valor, porque quando era para falar em público eu falava de um jeito todo meu, muitas vezes admirado, mas quando era para falar a nível pessoal eu era um desastre... especialmente no que se refere a investir numa conquista complicada... Então, antes de tudo, eu já dei por perdido a moça, e desisti sem começar nada...
O tempo passou um pouco, e ainda assim aparecia o Leonardo de Caprio dando seu charme, e outros perto e rodeando a moça, somente eu não dava atenção alguma, mal cumprimentava, mal olhava, porque eu me sentia o último dos homens... Mas a moça já me tinha visto muitas vezes, falar em público, ou conversar com alguém, nem sei direito...
Mas um dia aconteceu uma coisa diferente. Houve uma excursão para uma cidade turística linda, e pelo menos dois dos conquistadores foram, e estavam sempre do lado dela... Num dado momento, eu me recordo que ao vê-los conversando, eu parei para rir um pouco, conversar bem pouco, sorrir, e perguntar alguma coisa boba... com certeza cumprimentei-a também, mas estava falando com meus amigos, e ela de repente pediu uma coisa para mim. Para eu tirar uma foto com ela. Eu disse sim, tudo bem. Era uma casa simulação de casa mal assombrada o fundo, e eu estava com rosto de quem estava sorrindo de brincadeira... ela estava toda linda, e parecia séria...
Bem, eu fiquei pouco ali, e saí, fui para outras partes da cidade, conversando com outras pessoas, e simplesmente passeando...
A outra vez que a vi, foi só dentro do ônibus da excursão. Bem lá eu, para mim mesmo estava um verdadeiro desastre, porque todos brincavam e eu estava fútil, e como havia uns conhecidos brincando de falar outros idiomas, eu comecei brincar de falar espanhol (pois eu me correspondia com pessoas que falavam este idioma, mas para ser sincero eu nem queria e nem sabia falar nada)... Brinquei de maneira tão tola, que qualquer moça comum veria que eu estava totalmente desinteressado em impressionar alguém... eram só sorrisos e risos... e despretensão total... A moça tentou puxar conversa comigo, ela estava logo atrás, mas eu desviava, e não levava nada a sério... e nem ficava hipnotizado como os outros... Assim foi a viagem de volta, e eu simplesmente a bem dizer não conversei com ela... Quando ela foi descer do ônibus, ela me olhou seriamente, lembro-me disso porque a seriedade me foi profunda e eu nem estava sorrindo, e ela me disse uma palavra: ADIOS! Só para mim, e saiu de mau humor...
Na verdade, eu não entendi nada. Quer dizer, o que eu tinha feito afinal? Não a ofendi em nada, nem ninguém, só estava rindo bastante, e conversando, porque nestas horas de recreação eu não era tão terrível assim para conversar... ou talvez fosse, mas pelo menos eu ficava bem extrovertido, e o rosto de timidez, sumia, e era outro...
Depois de alguns dias, ela me convidou para almoçar na casa dela, mencionou o meu nome a outro amigo que também foi convidado (que ela pediu para me chamar), que tinha as mais altas honrarias, mais do que um daqueles três, mas o costume era que pelas mulheres ele também não era muito correspondido, (contudo, assim mesmo, ele tinha uma namorada naquele momento, tanto que casou no mesmo ano)... o único que estava livre era eu, e almoçamos uma comida bem deliciosa que ela fez, e lembro-me de um detalhe... na hora de beber algo, ela queria servir algum tipo de bebida alcoólica, cerveja ou vinho, nada demais, mas eu dei uma opinião, que naquele dia justamente não se devia beber nada, e eles respeitaram minha opinião... sei que não tinha problema assim beber um pouco...
As conversas foram de coisas cotidianas, nada de alguém flertar, lançar algum charme qualquer, ou dizer algum galanteio, mas eu estava mais sério, conversando talvez pouco, e ela também nem era de conversar, falava bem pouco, e eu mesmo nunca a vi convidar ninguém para almoçar em sua casa... Mas não me impressionei, nem tirei nenhuma conclusão de nada, simplesmente fui embora, e continuar minhas atividades costumeiras...
Mesmo depois de alguns meses, eu percebia, ao olhar, que ela estava me olhando, e às vezes eu ficava encabulado... Uma única vez pelo menos ao passar perto de mim, ela ficou me olhando tanto, que mesmo passando ela ficava olhando para trás para me ver... e eu até fiquei assustado... O tempo passou, eu nem comentava sobre isso com ninguém, e até comecei a namorar outra moça... e eu vi ela me olhando do mesmo jeito... Ela também passou a namorar alguém, não algum daqueles super conquistadores, mas outra pessoa, de outro bairro, e ela ainda me olhava com carinho... ela falava tão pouco, talvez só o olhar é que dizia muito, e eu percebia isso e ficava quieto... O meu namoro não deu certo, porque como eu disse, eu não tinha tantas altas honrarias, nem era o melhor interlocutor, mas era romântico, dava perfumes de presente, comprava várias coisas para agradar, passeava muito agora com minha nova moto, enfim, fiz o possível para agradar... não traía, e fazia muitas coisas boas para a namorada, mas ela também tinha sua fama de ser difícil, e eu fui a bem dizer seu primeiro namorado, pelo menos de certo modo, e eu me alegrava com ela... (ah! muitos tentaram namorar com esta também, sem êxito, pelo menos eu namorei alguns meses com ela)...
Mas o ponto é a outra moça... a moça bonita de outra cidade, e refletindo em tudo, eu me questionei por que fui tão frio com ela, será que eu não acreditava em mim mesmo? Ou eu estava encantado por outra pessoa? Quem sabe se eu tivesse correspondido, e acreditado em mim mesmo, eu estaria com ela até hoje, teria filhos, e as altas honrarias nunca se afastariam de mim, quem sabe!