O Conto Que Apaguei.

Eu tinha escrito um conto de um lindo amor, mas apaguei...
Falava de uma linda negra guerreira, esposa de um sacerdote, que viviam no oriente médio. Narrava a felicidade dos dois e como se amavam. Seu nome era Sophia e o dele Pensator.
Isso havia se passado há mais de 500 anos. Ela morreu lutando para salvar os segredos do tempo do marido. Pensator já havia morrido antes.

No ciclo reencarnativo houve um elo que se partiu. E eles se separaram no tempo cósmico. Por duas reencarnações não se encontraram.
Ela se distanciou dele e nesta vida quando se encontraram, suas lembranças a fizeram sentir os mesmos desejos. Contudo, Sophia o queria e ao mesmo tempo o consciente a fazia com que se distanciasse, como uma forma de não sofrer mais outra decepção nos seus próximos ciclos reencarnatórios.
Era uma forma de se proteger.

Este conto falava do dia que nesta vida Pensator a encontrou e do amor que existia entre eles aflorar novamente. Mas a Sophia nesta vida havia se tornado muito triste e solitária. O desejo de reviver aquele amor era uma constante em suas lembranças, mas se resignara a não viver os mesmo sentimentos. Lutava contra isso, mesmo sentindo vontade de voltar a amar como antigamente. Isto às vezes a fazia se sentir infeliz.
Narrei como suas almas se encontravam e se amavam nos astral, combinando como faria para na vida atual se encontrarem. Tudo havia sido meticulosamente planejado por eles e assim, quando Pensator pós o plano em execução, parecia que tudo ia dar certo.
Mas a atual Sophia se debatia diante do que acreditava ser penas uma mentira daquele homem.
Ele negava a quem o perguntasse sobre Sophia, para protegê-la. Até isso depois se volta contra ele mesmo.

Mesmo Sophia tendo reencontrado Pensator, não acreditou no amor dele como deveria e o mandou embora. Porém ainda se amaram uma única vez. Nesta parte da narração foi um momento cheio de magias. Como que se o tempo houvesse voltado anos atrás.

Pensator parte deixando-a triste.

Então eu escrevi o desespero de Pensator e a dor de Sophia. Descrevia o turbilhão de sentimentos de amor que os cercavam e a cada dia fazendo-os se distanciarem.
Mas como o fim se encaminhava para um desfecho trágico, e por não saber com fazer para Sophia aceitar o amor de Pensator, dei fim ao conto.
É que Sophia descobre tarde demais que aquele homem era na verdade quem ele dizia ser. Por isso sabia tanto sobre ela.
Esta parte teria que ser escrita de forma que a descoberta de Sophia seria a sua redenção. Seria a sua libertação. Ela não sabia que estava tudo pronto para que eles fossem novamente felizes.

***

Guardei o roteiro, e se um dia eu encontrar uma forma como a atual Sophia possa aceitar e acreditar no amor de Pensator, eu reescrevo.
 
Carlos Neves
Enviado por Carlos Neves em 06/04/2010
Reeditado em 14/08/2013
Código do texto: T2179821
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