Olhos de luz
Ah, aquela mulher dos olhos de luz!
Olhos atentos, carinhosos.
Olhos que sorriem, que brilham.
Não podem ser comparados com estrelas cadentes, pois estas se apagam.
Não podem ser comparados aos cometas, pois esses só aparecem de tempos em tempos.
Não podem ser comparados à lua, pois esta só brilha na noite.
Não podem ser comparados ao sol, pois este queima, se exposto.
Fico a imaginar à que os compará-los.
E num relance de lucidez, me vem a resposta:
Só se comparam ao brilho de sua própria alma.
Sim, esta é a fonte de energia.
Como se fosse a bateria da lanterna.
Sim, sua alma é a bateria da luz de seus olhos.
Finalmente não tenho mais o que buscar para comparar.
Seus olhos brilham, irradiando sua própria emergia, seu próprio calor.
Mostrando seu ser, sua alma, sua aura.
Até porque a aura não é visível a olhos nus.
E mais uma fagulha de sabedoria me é dada:
Perceber que os olhos refletem a alma.
Sei que já ouvi isso antes.
Os poetas já o perceberam pelos milênios afora.
Mas eu não o sabia, apenas recitava.
Conhecimento que só agora, nesse instante me foi dado.
Então agora eu sei:
Mulher olhos de luz,
Sua alma é exposta através da luz de seus olhos.