Fatalidade

Conhecemos-nos em uma tarde ensolarada.

Eu estava de carona, no carro de uma amiga quando ela parou em um posto para abastecer ao mesmo tempo ele também parou trocamos olhares depois ele continuou atrás de nós queria meu telefone quando o sinal fechou dei o telefone para ele, dez semanas depois estávamos casados fomos morar na casa dos meus pais.

Foi amor à primeira vista, um amor arrebatador, daqueles que marcam para sempre nossas vidas.

Ele era tudo de bom, compreensivo, companheiro, carinhoso, um homem completo.

Do seu lado descobri como era bom amar e ser amada, que a vida era cheia de encantos e para completar nossa felicidade, eu estava grávida, quando lhe dei a noticia, ele me abraçou e chorou muito de emoção e alegria.

Ele estava terminando a faculdade de direito, estava contente duplamente, porque havia sido promovido. Juntamos nossas economias e compramos nossa casa, já pensando no bebe que ia chegar, tivemos que fazer uma pequena reforma para que ficasse do nosso gosto, ele cuidou de tudo pessoalmente, para acelerar, assim que ficou pronta mudamos.

Eu já estava com cinco meses de gestação, o enxoval do bebe estava quase pronto.

Nós fazíamos planos sonhávamos acordado com o bebe, já sabíamos que era um menino.

Certo dia ele estava na empresa, quando recebi um telefonema dizendo que ele havia passado mal e o levaram para o hospital.

Fiquei nervosa, transtornada e fui para o hospital.

Lá chegando procurei pelo medico que o socorreu ele disse: - estamos fazendo os exames ele ficará em observação até saírem os resultados.

Quando ficaram prontos o medico falou sem rodeio que ele tinha um tumor no cérebro e tinha pouco tempo de vida, de três à seis meses, fiquei sem chão, não queria acreditar no que estava ouvindo era terrível, eu ainda tinha que fazer de tudo para amenizar o sofrimento dele e não demonstrar a tristeza que me consumia.

O tempo passava implacável, já faltava apenas um mês para a chegada do bebe, não escondíamos nossa ansiedade. Quando ele passou mau e teve que ser levado as presas para o hospital, tudo que era possível foi feito, mais ele não resistiu, faleceu dois dias depois e não conheceu o filho que ele tanto queria, nasceu uma semana depois, foi o que me deu forças para continuar vivendo, dei a ele o nome do pai, que conhecerá apenas por fotos.

Voltei a morar com meus pais.

Hoje meu filho está com cinco anos é um garoto alegre e saudável.

Eu fechei definitivamente meu coração, vou viver apenas para meu filho e das lembranças dos momentos inesquecíveis de um grande amor, que a fatalidade tirou dos meus braços, de uma maneira impiedosa, no seu lugar ficou uma doce saudade e a certeza que ninguém nunca ocupará o seu lugar no meu coração, na minha vida.