Surpresas do desconhecido
Era uma noite como tantas outras, o ambiente, os corpos e a própria alma já haviam determinado que seria A noite. Quase desconhecidos, mas de alguma maneira conheciamos o que precisávamos saber para tornar o momento inesquecível para ambos.
Aos beijos pareciam amantes, aos abraços, amigos, aos sentimentos eram casados. A química era indiscutível.
Inegável.
Intragável.
Irrevogável.
Irresistível.
A atitude em frente ao inesperado encontro os tornou mais intímos do que qualquer outro ser vivo, a sensação de conhecimento mútuo os encheu de esperanças. Não de ter encontrado o par perfeito, mas de que existe felicidade verdadeira, que há luz no fim do túnel afinal de contas.
Essa postura criou a ilusão de que era para ser eterno, mas a verdade é que foi eterno por um tempo. Não realmente interessa quanto tempo. Não é importante. Não é conveniente lembrar.
Hoje são amigos. Não se sabe até que ponto a amizade é verdadeira ou se é fruto da esperança que foi criada ali, naquela noite, de que os corpos gritem de saudades, que as mentes se conheçam de novo e que as almas se conectem novamente.