ELA ENLOQUECEU. .A DOLOROSA PROCURA DA FAMÍLIA DE MARTA. ( LICIA FALCÃO )

Quatro horas da manhã.

O céu ainda estava estrelado e o brilho da lua invadia a sala.

Uma brisa fresca e melancólica, passava por toda a casa.

Todos estavam sentados na sala. Ninguém conseguia dormir.

O telefone toca:

- Alô! ( diz dona Marina).

- A senhora é mãe de uma moça que desapareceu?

Sim. Sou mãe da Marta e ela está desaparecida.

- Meu nome é Francisco, mas pode me chamar de Chico e estou falando de um bairro bem distante do seu. Quem me pediu ajuda foi minha cunhada que mora aí no seu bairro.

- Diga logo o que tem pra dizer, por favor!

- Olha dona, tem uma moça fina, morena, de cabelos cacheados,perambulando semi-nua aqui na estrada principal.

Segure-a! Qual seu endereço? Estou indo.

Chico tentou parar Marta e detê-la em sua casa, mas a moça muito nervosa começou a gritar e saiu correndo.

Enquanto isso a família entrou em dois carros e partiu para o endereço indicado.

Em lá chegando, procuraram o Chico, que apareceu no portão, muito nervoso.

Francisco morava numa casa rústica junto com a mulher e oito filhos. Era um senhor de seus quarenta e cinco anos, moreno e muito simpático.

- Vocês me desculpem, mas ela já deve estar bem longe.

- Como ela estava? (perguntou o sr. José.).

Muito nervosa e chorando bastante.

- Meu Deus!!! (exclamou a mãe ).

A família agradeceu ao Chico e andou a procura de Marta, até às quinze horas.

Como estavam muito cansados e sem comer, alugaram uma pousada para comer alguma coisa, dormirem e continuar a procura.

Enquanto isso, Marta pegava uma carona com um caminhoneiro que ia para as bandas do Nordeste.

O motorista era um jovem de vinte nove anos que percebeu que algo de errado estava acontecendo com aquela moça.

A família sem imaginar o que tinha acontecido, continuou por dez dias a procura , por bairros vizinhos ao que Marta tinha sido vista.

Regressaram para casa, cansados,adoentados, frustrados e perguntando:

- Onde estará Marta?

Será que a encontraremos, um dia?

A chuva fininha que caía, levantava um cheiro que Marta costumava chamar de cheirinho de chuva.

As lágrimas quentes desciam pelo rosto de dona Marina que era abraçada e confortada pelo marido: - Vamos achá-la, querida, se Deus quiser. Pense assim.

Licia Falcão Rodrigues da Silva.

Licia Falcão
Enviado por Licia Falcão em 20/02/2010
Código do texto: T2096836
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