As Chuvas de Janeiro
As chuvas de janeiro, tempestuosas, repentinas, formam-se em silêncio nos céus. São como os amores que, de janeiro ou de dezembro, de verão, passageiros ou avassaladores, quaisquer que sejam, arrebatam nossas almas e roubam nossos corações, razão e pensamento. É tanta coisa que é tomada pela indiferença quando a torrente tempestade de amar nos arrebata que, radicaliza nosso jeito de ser. É indiferente a idade, as diferenças, distância, abismos e defeitos.
Em meio as chuvas de janeiro é fácil apaixonar-se, e apaixonar-se é pedir que a lua brilhe nas noites intermináveis de nossos corações. As chuvas trazem inundações, perdas, dores. O amor também inunda, também dói e nos faz perder tantas coisas que chegam a ser incontáveis... Talvez a razão seja a mais relevante.
No verão é tudo tão depressa, e tudo tão lento. No amor é tudo tão violento. A vida se resume em acreditar, que tudo é efêmero por si só, mesmo a amor mais sincero pode ser esquecido, afinal, o amor são as chuvas de janeiro, e estas cessam quando menos esperamos e nos mostram de novo o caminho dos céus, e esse caminho é a vida !