A ROSA DO AMOR
Guida Linhares
Havia um homem que vivia atormentado, sentindo-se mal amado, e buscava satisfazer seu vazio de alguma maneira, que pudesse ser ao mesmo tempo livre e ao mesmo tempo preso a algum amoroso e carente coração.
A cada vez que era perguntado a ele, quais seus reais sentimentos, ele se esquivava, mostrando as algemas que o prendiam a um amor desabastecido e com isso, sentia-se cobrado e se afastava, buscando outra companhia.
Este homem possuia uma fé absoluta na vontade de Deus, mas a felicidade parecia a ele, algo inatingível.
Em seu coração a inquietude morava e nada era suficiente para sentir uma paz infinita em sua alma.
Não era um homem mau, e até mesmo possuia boas qualidades e virtudes morais, mas afetivamente sentia-se sempre muito solitário, carente de ternura.
Então, num dia em que caminhava por uma alameda florida, encontrou uma anciã sentada numa pedra, parecendo muito cansada.
Ele sentou-se ao seu lado, tirando da algibeira um alforge e ofereceu água a ela, e perguntou:
- Vejo que tens muita idade e me arrisco a te perguntar:
- O que é o amor?
Do rosto da mulher, rolaram duas lágrimas e ela respondeu:
- O amor é uma dádiva divina. Quando sentires no teu coração, um sentimento profundo por uma única pessoa, e sem ela a tua vida parecerá sem graça, e ela for o ar que tu respiras e o teu coração bater no peito dela, então saibas que o Amor te escolheu.
- Já senti isso tudo, mas com o passar dos anos, tudo ficou diferente, e não encontro mais a mesma magia, o homem respondeu.
- Meu amigo, o Amor nasce como uma rosa rubra e com o passar dos anos vai mudando de cor, até se tornar como uma rosa branca, que é a paz do amor.
- Essa paz de sentir-se amado tem que estar dentro do teu coração e tens que ter lealdade, cumplicidade e alegria compartilhada com a tua querida companheira.
- Se não sentires isso,é porque a rosa murchou e então não tem mais jeito; terás que tomar uma séria decisão.
- A paz e a felicidade encontrarás novamente, mas terás que esperar que surja um novo botão, que irá reacender a chama do amor no coração.
-Obrigado minha senhora, mas porque choras?
- Porque perdi o grande amor da minha vida, por não ter aceito a rosa branca e ter me perdido pelos caminhos, em busca da rubra rosa.
Santos/SP/Brasil
09/06/08
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Guida Linhares
Havia um homem que vivia atormentado, sentindo-se mal amado, e buscava satisfazer seu vazio de alguma maneira, que pudesse ser ao mesmo tempo livre e ao mesmo tempo preso a algum amoroso e carente coração.
A cada vez que era perguntado a ele, quais seus reais sentimentos, ele se esquivava, mostrando as algemas que o prendiam a um amor desabastecido e com isso, sentia-se cobrado e se afastava, buscando outra companhia.
Este homem possuia uma fé absoluta na vontade de Deus, mas a felicidade parecia a ele, algo inatingível.
Em seu coração a inquietude morava e nada era suficiente para sentir uma paz infinita em sua alma.
Não era um homem mau, e até mesmo possuia boas qualidades e virtudes morais, mas afetivamente sentia-se sempre muito solitário, carente de ternura.
Então, num dia em que caminhava por uma alameda florida, encontrou uma anciã sentada numa pedra, parecendo muito cansada.
Ele sentou-se ao seu lado, tirando da algibeira um alforge e ofereceu água a ela, e perguntou:
- Vejo que tens muita idade e me arrisco a te perguntar:
- O que é o amor?
Do rosto da mulher, rolaram duas lágrimas e ela respondeu:
- O amor é uma dádiva divina. Quando sentires no teu coração, um sentimento profundo por uma única pessoa, e sem ela a tua vida parecerá sem graça, e ela for o ar que tu respiras e o teu coração bater no peito dela, então saibas que o Amor te escolheu.
- Já senti isso tudo, mas com o passar dos anos, tudo ficou diferente, e não encontro mais a mesma magia, o homem respondeu.
- Meu amigo, o Amor nasce como uma rosa rubra e com o passar dos anos vai mudando de cor, até se tornar como uma rosa branca, que é a paz do amor.
- Essa paz de sentir-se amado tem que estar dentro do teu coração e tens que ter lealdade, cumplicidade e alegria compartilhada com a tua querida companheira.
- Se não sentires isso,é porque a rosa murchou e então não tem mais jeito; terás que tomar uma séria decisão.
- A paz e a felicidade encontrarás novamente, mas terás que esperar que surja um novo botão, que irá reacender a chama do amor no coração.
-Obrigado minha senhora, mas porque choras?
- Porque perdi o grande amor da minha vida, por não ter aceito a rosa branca e ter me perdido pelos caminhos, em busca da rubra rosa.
Santos/SP/Brasil
09/06/08
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