Por passos errantes...
Andava solitária, por passos errantes, sem saber o quê, por que, e até mesmo quem eu era. Perdida e sem coração ou qualquer outra coisa que um dia foi minha e que eu tinha entregado a alguém. Apareceu pra mim e fez toda a nostalgia desaparecer, me deu a mão e me mostrou o caminho, e eu me senti segura sabendo que não estaria mais sozinha desse dia em diante. Teve a chance de ir embora, mas mesmo sabendo que não era seu o meu coração resolveu ficar e cuidar de mim.
_ Precisamos conversar.
_ Fala amor, o que foi?
_ Estou com medo, eu te amo demais e não me perdoaria se algum dia te magoasse.
_ Você não vai me magoar, amor. Eu sigo seus passos, sei dos seus medos e principalmente de um certo alguém que fala alto em seu coração. Mas eu não me importo, não me importo mesmo.
_ Mas amor...
Ao mesmo tempo em que eu queria dizer o quanto eu a amava e a abraçar bem forte, me vinha lembranças de um outro alguém, e um pouco de esperança de estar ao lado dele.
Eu tinha medo da minha própria decisão, de estar fazendo a coisa errada.
_ Calma amor, tudo vai dar certo.
Ouvir-la dizendo que tudo vai ficar bem era como uma certeza para mim, fazendo com que eu me acalmasse.
Agradeci e a brindei com meu sorriso mais sincero. Abracei-a bem forte mesmo sendo o abraço mais suave que já havia dado em alguém. Foi então que o mundo parou quando ela disse:
_ Amor, é muito ruim ter que ver você assim. A única coisa que posso dizer é que eu estou aqui, independente de qualquer coisa. Eu vou continuar cuidado de você, sentindo a sua falta, rezando para te ver e te dar um abraço daqueles que não dá vontade de largar nunca mais.
Suas palavras soaram como uma bela melodia, tocando bem baixinho, bem perto do meu ouvido. E fez com que eu perdesse todo o medo, com que eu voasse bem alto sem ao menos tirar os pés do chão.
E a cada dia que se passa, você vem me dando mais a certeza que é você quem eu quero ao meu lado, hoje, sempre e pra sempre.