Triste amor
Triste amor
Em uma pequena cidade, duas famílias de tradição e princípios, uniram os seus filhos pelo santo matrimônio. Ainda recém-casados se desentenderam. Ele disse:_ Nunca mais entrarei em nosso quarto!_ Ela, por sua vez, retrucou:_ Se você aparecer lá, eu juro que abandono o quarto! Movidos pelo calor da desavença, juraram nunca mais perdoarem um ao outro.
Passaram cinqüenta anos e não se ouvia conversa nem sorriso. O orgulho era mudo e surdo. O marido com a saúde precária, morreu. Sua esposa tomada pela mais completa solidão, deprimiu-se, até que encontraram-na morta. Ao lado de sua cama, encontraram dois diários. Em seus registros haviam os mesmos sonhos. No diário dele, havia o seguinte relato: “Esta noite, ouvi quando você se levantou. Meu coração bateu forte, senti como um colegial à espera de sua primeira namorada. Ficou mesmo no sonho. A frustração continuava, minha companheira.”
No outro diário, mais uma narrativa surpreendente: _”Levantei-me esta noite, porque queria procurá-lo. Meu coração não podia mais suportar a solidão. Sonhava com seus carinhos, queria apenas ser amada. O medo de ser rejeitada, me impediu. Voltei para cama e chorei a noite inteira. Meu Deus! Como é difícil suportar sozinha tanto amor.” Morreram com seu orgulho, deixando de escrever os melhores sonhos em seus diários.
Tonho tavares
tonhotav@yahoo.com.br