Rosas Brancas

Sarah estava andando pelo parque, o inverno estava mais forte naqueles dias, não estava nevando muito ultimamente, mas chovia frequentemente, uma cxhuva fina que acariciava o rosto, mas mesmo assim ela sempre andava com um guarda-chuva, por se a chuva piorasse em algum momento. Ela não sabia, mas a sua irmã estava muito doente, estava com câncer já fazia um mês, mas a mãe decidiu não falar sobre isso para não atrapalhar os estudos de Sarah, ela não sabia que outra coisa atrapalharia os seus estudos, o nome era Paulo.

Paulo vinha caminhando da direção oposta do parque, ele não se importava se a chuva piorasse ou continuasse acariciando o seu rosto liso como água, ele se importava em ver a sua amada todas as vezes que fosse possivel, sem se importar com o que pudesse acontecer. Ele já havia visto que Sarah se aproximava do outro lado do parque, ele ia andando pela beira do lago, ele sempre gostava de estar em contato, ou no minimo, por perto da água, isso Sarah sabia bem, ele havia contado que se mudara pra lá somente porque era uma cidade onde frequentemente chovia.

- Meu amor... - Suspurou Sarah ao se aproximar de Paulo.

- Eu senti saudades... - Disse Paulo em um abraço apertado.

- Eu também, meu amor... - Um toque de lábios transformou aquela cena.

- Meu amor, eu tenho algo que te contar... - Disse Paulo soltando um pouco os seus braços.

- O que foi, meu amor? Você está doente? - Paulo andava muito doent naqueles dias, mas o assunto era outro.

-Não, eu vou ter que ir embora...

Sarah ficou em completo silêncio, nenhuma palavra que ela tentava dizer saia da sua garganta, não houve mais nenhum toque entre os seus lábio, nunca mais se viram, Paulo durante uma viagem de negócios teve um acidente, o seu carro capotou para dentro do rio, e ele morreu afogado três minutos depois. Sarah não foi ao seu enterro, porque nunca ficou sabendo da sua morte, ela passou a imaginar que ele somente a havia abandonado, mas ela foi ao enterro da sua irmã um mês depois desde a última vez que viu Paulo, ela não soube a causa mortis até o dia do enterro.

Marco Borghi
Enviado por Marco Borghi em 04/01/2010
Código do texto: T2010682
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