Doce lembrança

Era uma moça com seus vinte anos, nunca havia amado ninguém, mas amara a todo mundo, tinha uma facilidade tremenda para se apaixonar, mas apenas se apaixonar, amor nunca chegara a tocar seu coração. Quando aos namorados, nunca teve nenhum, não foi por falta de tentar, na verdade ela até tentava bastante, mas não conseguia.

Mesmo assim não desistia, lá estava ela, se apaixonando novamente, atirando para todos os lados a procura daquele que seria se primeiro namorado. Na escola, lugar onde fora buscar sua profissão, conhecera muitos rapazes da sua idade, fez muitas amizades, mas nenhum se interessava em algo mais.

Dentre todos os rapazes da sua sala, havia um que chamava sua atenção, ela não entendia, ele sempre ria das piadas que fazia, mas, até então nunca haviam se falado. Até que uma noite, meio por acidente, os dois rumaram ao ponto de ônibus juntos e começaram a conversar, tinham muitas coisas em comum, riam juntos, conversavam sobre os mais diversos assuntos, a partir deste dia se tornaram grandes amigos. Era impressionante, onde um estava o outro estava também, liam revistas juntos, eram expulsos da sala juntos, faziam tudo juntos.

Depois de perceber o tempo que passavam juntos, ela sentiu medo, tudo indicava que ele estava interessado nela, mas, era estranho a menos de dois dias ele escrevera uma poesia para outra garota com o apoio dela. Tudo era confuso, ele por outro lado, depois de entregar a poesia e receber um baita não da garota, não pareceu se importar, alias não dera a mínima bola ao assunto.

Um dia na saída da escola, estavam andando lado a lado, quando de repente suas mãos se tocaram e num reflexo, ele segurou sua mão, assustada a garota soltou rapidamente, seu corpo estremeceu. Ambos preferiram não comentar o assunto.

Ela estranhou, mas, como ninguém nada disse, o assunto passou quase que desapercebido. Mas uma semana se passou e nada mudou, a não ser a curiosidade da garota e seu medo. Ao mesmo tempo que estava super curiosa para saber se ele gostava dela ou não, tinha tanto medo que se o encontrasse na rua ao acaso fugia como o diabo da cruz. Depois dos dois conversarem indiretamente sobre o que sentiam, ficou claro, ele gostava dela, mas e ela gostava dele?

Ele não era bem o homem que ela imaginava, era mais um garoto, mas ele era encantador, ducado e carinhoso, ela não conseguia ignorar isso. Decidiu então não resistir, durante os primeiros dias, os dois andavam de mãos dadas, sim apenas de mãos dadas, em um segundo momento andavam abraçados, sim dois dias andando abraçados e nada de beijo. Até que numa terça a noite, um selinho de despedida onde tudo começou, no ponto de ônibus.

A garota não sabia o que fazer com aquilo, um selinho, qual era o significado de um selinho, estariam namorando, ficando ou algo assim, ou será que tudo não passara de um acidente.

No fia seguinte, ela não sabia o que fazer, quando chegou na escola, andou procurando os amigos da sua sala, não havia ninguém, apenas ele. O que dizer? O que fazer? Ela foi até ele, mais um selinho, e uma apresentação formal para todos os seus amigos presentes. Ela não sabia o que fazer, nem tinham se beijado de língua. Decidiram sair para fora da escola, e lá ocorreu o primeiro beijo de língua, havia tanta baba que era visível, a intimidade dos dois era tanta que começaram a discutir sobre quem havia babado, os dois sorriram e decidiram que aprenderiam a não babar juntos.

E conseguiram, treinavam todos os dias, eram o casal da sala, ele sempre ao lado dela, apoiando e ensinando assim como ela. Era estranho um casal como os dois em pleno ano 2006, toda aquela história que para ela ao menos era linda e anormal.

Tudo ia bem, se não fosse a falta de maturidade dos dois, tudo era novo, em todos os sentidos, mas, ela as vezes não o dava espaço e ele por outro lado não sabia como lidar com situações onde ela precisava de seu apoio. Duvidas começaram a surgir no coração dos dois, eles não brigavam, tentavam conversar sobre as coisas e tudo ia bem, sempre chegavam a um consenso juntos. Até que um dia, ela não conseguiu entender o que ele dizia e para ela, um homem devia ser claro em suas decisões, como ele não fora, ultrapassara seu limite e ela explodira e ele preferirá dar um basta antes que as coisas piorassem. E o sonho acabou.

Ela chorou por dois dias inteiros, ele sentira a pior sensação de toda sua vida por tê-la magoado, não conseguia olhar para ela.

Depois de quase um ano sem se falarem, lá estavam os dois juntos novamente, voltaram a conversar e hoje ainda são amigos. E o pequeno romance que tiveram faz parte de uma doce memória do passado.

É algo inexplicável que fica guardado em uma gaveta com laços e fitas, que faz lembrar das pessoas que foram e de tudo que viveram juntos, do quanto se descobriram e se

Sabrina Ferreira
Enviado por Sabrina Ferreira em 18/12/2009
Código do texto: T1984660
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