Enquanto o céu for o nosso limite - Terceiro Capítulo
Não queria lugares badalados, embora ainda fosse uma mulher balzaquiana e a juventude transbordasse por seus poros. Preferia o sossego e a paz que um recanto aconchegante pudesse lhe trazer.
Chegou à Pousada e sorriu feliz por ter feito a escolha certa. Tudo lá exalava calma e tranquilidade.
“Isso é tudo de que preciso!”, pensou ela, ao ver o jardim de inverno bem cuidado ao lado do balcão de entrada. Aproximou-se e seus olhos contemplaram uma Margarida linda que estava em meio às outras, mas ainda assim, destacando-se. Sua beleza irradiava em sua simplicidade de cores e formas. Sua cor branca em contraste com o amarelo-ouro parecia-lhe brilhar!
Tocou a flor com a ponta dos dedos e pôde sentir suas pétalas aveludadas...
Naquele momento, não sabia mais quem estava sendo acariciada, visto que as pétalas faziam-lhe um carinho silencioso ao tocar sua mão.
Foi tirada de seu encantamento quando o atendente lhe entregara as chaves de seu quarto que era pequeno, porém aconchegante. Tudo naquele lugar era simplicidade. E ela sentia-se feliz.
Os passeios que fez ao longo dos dias, o contato com a Natureza, o sorriso recebido de pessoas que não lhe sabiam... Tudo aquilo lhe trouxe novamente a paz que precisava e que há muito havia perdido.