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Momento de amor

"Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor. Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata." (Clarice Lispector).

Olha-o com um sorriso derramado de ternura e desejo.
Diz, sem palavras, o quanto se encanta com o sorriso que a acolhe, com o que lê no seu olhar, quando estão diante um do outro.
Diz, com palavras, o quanto o quer, o quanto é bom amar, ser amada, desejar, ser desejada.
Nos gestos, o carinho, a felicidade e a alegria de estarem juntos...
Na boca todos os beijos, todos os desejos revelados, toda a delícia das palavras que a paixão produz e conduz ao paraíso, a um lugar só deles.
Na sinfonia dos suspiros, dos gemidos, a tradução da paixão que explode nas mãos que se tocam, nos corpos que se mostram e se buscam, no roçar das coxas, no desejo que cresce a cada delicadeza sussurrada...
Ela sem pressa, sem reservas, sorrindo feliz, olhar faminto, corpo ardendo de desejo...
Ele gentil, amoroso, empenhado em atendê-la, deliciando-se, encantado com sua fome, com seu desejo tão primitivo e tão cheio de ternura.
Os dois, inteiros, entregues ao amor que não se nega a nenhum prazer, que aprende e reaprende todas as linguagens, se reinventa em fantasias, se renova em atitude, em cheiro, sabor, suor, saliva... tudo!
Mãos que provocam, acariciam, descobrem novos caminhos para o prazer...
Bocas que pedem, provam, mordem, lambem, sugam, aprovam-se...
E, como se fosse sempre a primeira vez, os dois se amam se olhando, encantados, deliciados com o desejo um do outro... dizendo desse desejo um para o outro... um momento de amor terno... sincronizado, depois frenético... apaixonado e lindo!
Um momento eternizado na poesia da vida.