O professor

Amy não podia se controlar. Toda vez que seu professor entrava em sua sala seu rosto se enrubescia , suas pernas tremiam e sua boca ficava seca. Só conseguia prestar atenção naquela aula... naquela voz... naquele professor.

Ela estava cursando o primeiro ano de faculdade, e nunca havia sentido algo tão forte por alguém tão distante. Talvez fosse somente sua imaginação, mas sempre que ele podia, estava olhando para ela e lhe dando um belo sorriso, que ela retribuía com timidez.

Um dia ela teve de voltar na faculdade para fazer um trabalho que havia esquecido, e era para entregar no dia seguinte. De quem era o trabalho? Desse professor... a matéria ela não sabia... não prestava atenção no quadro quando ele estava na sala.

Sentada no fundo da biblioteca ela tentava se concentrar na matéria, mas sempre que lia um pouco lhe vinha na cabeça aquele sorriso de que ela tanto gostava.

- Droga Amy! Presta atenção! Você precisa entregar isso amanhã...

O professor, que entrara na biblioteca, percebeu que ela estava fazendo o seu trabalho, e resolveu ajudar.

- Fazendo trabalho na véspera não é dona Amy?

- Oh... – ela sorriu - - Oi Jimy

- quer ajuda?

- Não seria justo com os outros alunos você me ajudar

- Sabe o que não seria justo? – ele se sentou ao lado dela - - Você ter se arrumado toda e ter vindo aqui atoa. E além do mais seria um prazer lhe ajudar!

- Se é assim! - suas bochechas estavam rubras. Mas não perdeu tempo e chegou à cadeira para bem perto dele, que exalava um perfume do qual ela não poderia esquecer.

- Então,... - ele a auxiliou a fazer o trabalho

- Professor, obrigada... sem você eu ficaria aqui toda à tarde...

- bom, já que lhe poupei tanto tempo, que tal irmos fazer um lanche agora?

- Você pode sair com sua aluna?

- Bom, você não é menor de idade é? – ele debochou dela

- Claro que não! – e o os dois se levantaram.

Um barulho ensurdecedor de buzina acordou Amy, que ao começar a se arrumar para o seu baile de formatura do colégio acabou pegando no sono.

- Droga,peguei no sono! – ela disse emburrada terminando de se arrumar correndo e desceu as escadas. Seu “namorado” estava esperando ao pé da escada

- Nossa amor, você está linda!

- Obrigada Guto... desculpe por te fazer esperar...

- Tudo bem... Tchau mãe! – a mãe dela acenou da cozinha.

Quando estavam dentro do carro Guto falou animado

- Será que ela desconfiou?

- Claro que não! Você é o melhor Guto! – ela beijou sua bochecha. - - Onde está a Lia e o Jimy? – logo o motorista olhou pra ela e piscou tirando o chapéu

- Oi amor! Você ficou um gato com esse visual!

- Palhaça! – ele parou o carro - - Vem aqui pra frente e deixa a Lia ir com o Guto...

- Cadê ela? – Lia se levantou. Estava escondida entre o guarda volume do carro e o assento do banco - - Oh... ok... – Amy riu e foi para frente

- Por que você ainda não contou pra sua mãe sobre a gente? – ele perguntou quando estavam entrando no baile

- Ela não iria gostar de eu ficar com um cara mais velho...

- Nossa, são só 6 anos!

- Mesmo assim... vamos continuar assim tá? Um dia eu tomo coragem e conto

- Certo, vamos entrar – ele a beijou fervorosamente ao tirarem a primeira foto.

Do nada, começou a aparecer uma voz de criança no meio do baile, por mais que Amy a procurasse não encontrava.

- Mamãe! Papai! Já é natal! O papai Noel já passou, tem vários presentes na arvore! – sua filha estava pulando em cima da cama

- Oh filha! – ela sorriu e se sentou com o lençol lhe tampando o corpo - - Feliz natal!

- vamos mãe! Quero ver o que é!

- Olha, vai acordar seu irmão que eu e papai vamos nos trocar e vamos descer certo?

- Certo... – ela saiu do quarto

- Bom dia dorminhoca – Jimy beijou ela

- Nossa, não é toda mulher que depois de casada consegue acordar com um homem tão bonito lhe beijando

- Claro que não... essa beldade aqui é toda sua! – ele me beijou novamente - - Vamos? As crianças estão esperando

- Espera... eu não lembro de ter deixado a porta aberta ontem à noite...

- Eu acordei mais cedo hoje amor... o papai Noel tinha de passar não é? – ele sorriu enquanto se sentava na cama - - A propósito... Você estava sorrindo essa noite...

- Mesmo?

- Sim... posso saber com que estava sonhando?

- Com você seu bobinho! – eu o beijei e fui para o banheiro me trocar. Logos nós descemos, eu e meu Professor /marido para comemorar o natal.

Isabella Cunha
Enviado por Isabella Cunha em 05/11/2009
Código do texto: T1907170
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