É assim, coisa de pele...
Dia terrível!
Escritório atolado de problemas que precisam ser resolvidos e sempre sobra algo para fazer pós expediente.
Sem contar as demais obrigações do cotidiano, tudo aquilo que sempre envolve a eterna qualificação.
Ele, finalmente, a encontra.
Força aquele sorriso.
Não poderia demonstrar nada, afinal, o problema não era dela.
Conta piadas.
Faz ela rir.
Conta mais.
Faz ela rir mais ainda.
Mais algumas...
Ela tenta ser engraçada.
Ela não é assim.
Gosta e muito de tentar esquecer tudo e simplesmente rir, mas gosta mais ainda de discorrer.
Como é doce o discorrer...
Ele parece que não lhe dá ouvidos.
Piadas saem quase como foguetes.
Ela tenta mais uma, duas, três,...
Desiste.
Sorri.
"Vejo boa intenção, mas não vejo entrega..."
Ela pensa.
O palhaço é sempre o mais triste do espetáculo.
E também o mais enigmático.
Mas, nem por isso, deixamos de ir ao circo para vê-lo e, muitas vezes, SÓ para isso.
[13/10/09]