É assim, coisa de pele...

Dia terrível!

Escritório atolado de problemas que precisam ser resolvidos e sempre sobra algo para fazer pós expediente.

Sem contar as demais obrigações do cotidiano, tudo aquilo que sempre envolve a eterna qualificação.

Ele, finalmente, a encontra.

Força aquele sorriso.

Não poderia demonstrar nada, afinal, o problema não era dela.

Conta piadas.

Faz ela rir.

Conta mais.

Faz ela rir mais ainda.

Mais algumas...

Ela tenta ser engraçada.

Ela não é assim.

Gosta e muito de tentar esquecer tudo e simplesmente rir, mas gosta mais ainda de discorrer.

Como é doce o discorrer...

Ele parece que não lhe dá ouvidos.

Piadas saem quase como foguetes.

Ela tenta mais uma, duas, três,...

Desiste.

Sorri.

"Vejo boa intenção, mas não vejo entrega..."

Ela pensa.

O palhaço é sempre o mais triste do espetáculo.

E também o mais enigmático.

Mas, nem por isso, deixamos de ir ao circo para vê-lo e, muitas vezes, SÓ para isso.

[13/10/09]

Patty Maciel
Enviado por Patty Maciel em 22/10/2009
Código do texto: T1881611
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.