Professor? Mestre! (miniconto)
Professor? Mestre!
Ana Marly de Oliveira Jacobino
O interesse por suas aulas punha de cabelo em pé os outros professores. A universidade tinha conquistado prestígio com a sua contratação. O professor escancara as suas idéias aos alunos. “A alegria marcada no calendário, como a do carnaval é falsa. A alegria não pode ter data organizacional ela precisa ser contínua. Se algum pesar lhe acontece; chame para junto de você os amigos mais alegres e ria com eles. Explore as palavras dos poetas e veleje nas suas metáforas pelos rios da alma. Ouça a beleza sonora da curruíra do nascer ao por do sol pelos cimos das arvores. Sinta o seu corpo murmurar tranqüilo com a sua celebração. Seja um solo fértil e semeie a alegria.” A notícia correu solta sobre as aulas do professor. Alguns maliciosos perguntam: “Qual é de fato a sua formação?” Outros respondem: “Vive no mundo da lua!” “Analista dos corpos..., celestes.” “Caçador de rabo de cometa.” A verdade é que a astronomia, a fisíca quantica, além de toda ciência tradicional, estão incorporadas em sua vida. Olhando o infinito, ele aprendeu a observar o finito. Aprendeu a observar o seu corpo. A testemunhar os seus sentimentos e pensamentos. Assim, olhando o macrocosmo se tornou um sábio observador do microcosmo. Observador do seu Eu!
“Dedico aos meus “Mestres” em minha busca pelo conhecimento, além da mente.”