Foi assim a primeira vez...

Eu Tive um grande amor...

“Eu tive um grande amor. Um amor único pleno de beleza, de verdadeira culpa, sofri muito. Porém acredito que: se fosse outro teria sarado: eu não. Eu quis purificar me esse foi meu pecado, a dor do amor eu não queria deixa-la ir embora , o sentimento de luto que nunca você quer desfazer, e se for consolado perde aquele local da dor onde você nem mesmo sabe onde fica mas que é gostoso de sentir.é a dor do amor. Morava nessa época em uma cidadezinha com hábitos bucólicos, ainda era capaz de ver as estrelas todas as noites, La as estrelas não eram ofuscadas com as milhares de lâmpadas como das grandes metrópoles. No silencio da noite era possível sentir o cheiro da terra perfumada. Esse amor foi despertado no inverno, em uma festa de casamento. Sabia da existência dessa pessoa porém nunca havíamos nos encontrado, a conhecia de ouvir falar agora de com ela estar, frente a frente, e não me contaram a metade da beleza que tinha ouvido, era deslumbrante, uma beleza misturada com tristeza. Quando apresentada fiquei paralisado sem saber o que dizer, também não precisava falar, “era amor que ardia como fogo sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um contentamento descontente; é dor que desatina sem doer.é um não querer mais que bem querer, é um andar solitário entre a gente;é nunca contentar- se de contente, é um cuidar que se ganha em se perder.é querer estar preso por vontade, é servir a quem vence o vencedor”. ( Camões). Passado aquele dia de gala, depois de muitos olhares, troca de afetos, gentilezas, nos dias que se seguiram, Morgana passou a morar ma vizinhança, havia voltado da capital, para morar com os seus pais. Todas as manhãs ia até a janela e ficava a alisar seus belos e longos cabelos, molhada enrolada na toalha felpuda. Aquela mulher me fascinava, me atraia, trazia minha mente cativa algumas horas por dia,toda vez que ela passava meu corpo estremecia, sobre as pernas bambas, sudorese, calar frios e outras manifestações de um adolescente em plena puberdade. Lembro de uma noite em que estudava na biblioteca, da nossa casa, Como meus pensamentos eram constantes naquela mulher, lembrava-me da sua boca; dos braços, as costas, Estava pegando um livro na estante, lendo e procurando por um título, quando senti um hálito quente em minha orelha, senti o prazer de sua respiração penetrar –me até as veias,Não falei; fiquei quieto debaixo daquele beijo não dado. Naquele momento ofegante ocorreu que ouvimos um barulho, deixei cair o livro e corremos para outra direção, atemorizados. Erguia-se auroras de sol de prata na alva sombra das muitas árvores que possuíam ao redor da casa, Vinha do jardim um cheiro suave dos jasmim e tantas outras trepadeiras que estavam florida. O ar parecia estar impregnado para o nosso amor. Aquela noite jamais esquecerei. Planejei as mais variáveis possibilidade de nosso encontro, tramei, pensei em esconderijos, em bosques, matas, cachoeiras, e jardins, me fiz valer dos meios que tinha ao nosso redor, como seria aquele encontro, que estava me fazendo enlouquecer, que mulher misteriosa, que se despia aos pouco, em um sagrado estrip tese, que se descortinava sua nudez aos pouco aumentando assim meus desejos. Mas parece que os deuses não estavam ajudando-nos, pois todas as vezes que íamos concretizar aquele amor desejado, algo contrário ao nosso desejo acontecia. O homem é um ser de desejos, e os mesmo constroem, mundos criam, e modificam ambientes para seu próprio deleite, seu prazer.

Um dia como o caçador que espera a sua caça, eu a esperava que passasse naquela lugar único que eu havia escolhido para aquela noite fria de inverno. Naquele silencio das noites escuras do inverno ouvi passos macios a caminhar naquela direção, que a cada passo acelerava mais minha expectativa, de ser Morgana, pelo seu cheiro percebi que era a mulher dos meus desejos que tanto, tinha e vinha me enlouquecendo com sua insinuações, com seu cheiro que me atraia cada vez, mais para esse momento, agarrei –a pelo seu braço e sem exitar fomos caminhando, Venha, venha, procuremos o caminho para ir até La.

Caminhamos as apalpadelas, dentro da escuridão perfeita, eu me sentia leve como uma pluma ao ar, Abrimos uma porta, depois outra, e mais outra demos na nossa sala que eu houvera sentido seu hálito quente, e a dureza de seus seios em minhas costas como duas bolas massageando minhas costas. Parei, sem mais compreender o sentido da razão, agarrei-a para junto de meu corpo quente... Nem sei se fiz, nem sei na verdade se falei, e o que falei, mas sentia seus seios inchando de respiração, pleno de medo e de prazer, contra um desejo que se curvou sobre aquele corpo tão lindo e desejado... sentia que eu era dela, como nunca eu fora de ninguém. O peso daqueles cabelos atirado para frente rendia se de joelhos diante de meu corpo entregue a tamanha beleza, pureza, e amor.Me senti todo embriagado, no seu amor...

A brisa leve percorria a estrelada relva.

A alta poesia da noite, em nossa homenagem subia em círculos de silêncio pelo espaço infindo.

“Agora – disse ela – agora você me conhece, e fiz o que a muito desejo. Desde aquela noite ela ficou eternizada, por um único encontro, mas que valeu por todos. As coisas que a mente amou está destinada a eternidade, e assim sucedeu agora, já lhe contei a história de minha vida, depois de alguns anos de silencio, você é a primeira pessoa que falo assim...

“Mas em um momento se vive uma vida”.

Dr. J.F.Alvarez 23/09/09

jafjaf
Enviado por jafjaf em 26/09/2009
Reeditado em 28/09/2009
Código do texto: T1832474