Violeta IV

EU AMO POUL

NÃO ACHO QUE SEJA NOVIDADE, eu amo Poul.

Meu coração passou a ficar mais calmo. Melissa me disse que ele ligou e disse para ela algo como: “Maninha, eu amo essa sua vizinha!”. Isso era praticamente um: “Claro que eu vou voltar!”.

Nick, quando bebia, pedia meus beijos.

- Viol, me desculpa, eu sei que andei exagerando. Mas é que quando eu bebo... Sabe?

- Tudo bem Nick, eu te amo mesmo assim.

- Sério?

- Claro.

Eu sabia que não era apenas amor de amigo, mas eu resolvi deixar isso de lado e continuar pensando em meu Poul, eu já não sofria tanto assim, o buraco em meu peito estava fechando, eu iria curá-lo logo.

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SEM QUERER QUERENDO

NA NOITE PASSADA, dia 20 que eu me lembre, eu e Nick chegamos completamente bêbados.

- Nick... Nos sempre nos amamos não é mesmo?

- É sim Viol. Por quê?

- Por nada, vou dormir.

- Posso? Deixa eu te dar só um beijo.

- Para com isso Nick.

Mas desta vez ele não me escutou muito bem, ou fez de conta que não escutou. Então me beijou, como se eu fosse apenas seu objeto. A raiva tomou conta de mim, eu tive um impulso!

- Chega Nick. Para com isso, você me irrita!

Deitando-se ao meu lado, muito assustado, disse:

- Desculpa Viol, desculpa, por favor. Você me enlouquece.

- Não fiz nada de mais Nick. Eu não falei que você podia fazer algo – disse quase berrando.

Eu deitei e deixei que ele ficasse ao meu lado. Meu coração ainda estava acelerado. Mas eu precisava manter a calma. Ele me deixava um pouco alterada, mas eu precisava controlar isso.

No dia seguinte fizemos de conta que não nos lembrávamos. Foi quando meu celular tocou, era uma mensagem.

“Violet, eu não vou voltar, não vou mesmo! Eu não gosto mais de você e eu nem quero mais ficar com você. Você foi apenas uma brincadeirinha. Tchau querida. Poul”

As lágrimas rolaram... Nick me olhava preocupado. Li novamente a mensagem. Poul usou a palavra “querida”, ele odiava essa palavra, soava falsidade. Eu estava decidida a esquecer Poul.

- O que foi Viol?

- Poul... Disse que não quer mais.

- Duvido...

Sem que eu perguntasse nada a ninguém, abracei Nick. Nick me acolheu em seus braços quentes. Os olhos dele estavam preocupados e brilhando.

- Agora você fica comigo Viol...

- Pare de besteiras Nick.

- Não estou falando besteira alguma, agora você fica comigo.

Eu não tive direito a resposta. Ele me beijou e eu correspondi. Mas a cada segundo meus olhos tinham mais lágrimas. Eu não poderia viver sem Poul. E se ele voltasse? Eu estaria aqui ainda, mas não iria querer estar mais com ele. Meu coração ardia. As feridas quase curadas estavam sendo abertas novamente. Eu não sabia o que fazer.

Eu queria berrar, mas não pude. Eu queria chutar tudo o que estava em minha frente, eu quis matar alguém. Mas a única pessoa, amada pessoa, que estava comigo era Nick, e eu não queria matá-lo. Esses eram nossos dias, logo ele estaria voltando para sua cidade.

Por que não aproveitar o tempo que tínhamos?

Nos dois estávamos ali, juntos, sem ninguém. Ele amava Paulínia. Nos não estávamos selando um compromisso. Me senti um pouco mal de pensar dessa maneira, mas eu não via mais Nick como um amigo, eu via como uma forma de amor, um amor que vira amizade quando quer. Eu sabia que iria passar, mas sabia também que eu o amava e não era de mentirinha.

Eu estava louca, claro, se eu pensar melhor é essa a conclusão que eu tomo. Eu estava louca por causa de Poul.

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FERIDA ABERTA

QUANDO MEUS OLHOS PASSAVAM PELOS OLHOS DE NICK não era a mesma coisa que com Poul. Os olhos de Nick, azuis, não eram expressivos como os de Poul. Não se comparava.

Nick me olhava, mas era um olhar vazio. Eu nunca conseguia adivinhar o que ele pensava. Já com Poul era diferente, eu quase sempre conseguia identificar suas expressões e seus olhares.

Passei a sentir meus dias chegando ao fim. Enquanto eu estava com Nick estava tudo um pouco bem. Mas e quando isso acabasse?

Eu acabaria também.

Meus sentidos estavam desaparecendo, minhas pernas, peitos e bunda também. Eu já não me alimentava como antes e não bebia muita água. Imagine quando Nick pegasse o avião... Se com ele me obrigando a comer eu já estava assim... O que seria de mim?

Dia 24... Eu não sabia que dia era, mas sabia que não tinha aula.

- Viol, eu vou embora dia 27.

- Não, por favor, não. Por favor.

- É a data da passagem Viol...

- Faltam quantos dias?

- 3 dias.

- O que eu vou fazer sem você, me diz?

- Não sei... Desculpa mesmo, eu quero que você fique bem, eu estou muito preocupado com você Viol.

- Não precisa. Eu to ficando bem. Mas sem você eu fico mal.

- Chega Viol, eu não posso mesmo, ok?

Nós não estávamos como antes, às vezes os beijos aconteciam, mas era algo mais amistoso. Nós nos amávamos, mas nada era com tanta intensidade de como era com Poul. Eu pensava em Poul, mas não devia, ele havia acabado com minhas esperanças.

Eu tinha uma ferida aberta, no lugar do meu coração existia ar, meu coração onde estava?

Nas mãos de Poul.

E para mim sobrou o que? Dor. Um machucado entre meus seios, aberto, que arde e que dói muito. Foi isso que Poul deixou para mim.

Aquela mensagem havia sido a gota d’água, mas eu amava Poul. Não conseguia acreditar que aquilo era verdade. Eu lia e relia a mensagem, o número desconhecido... Eu queria matá-lo, com a mesma intensidade que queria beijá-lo. Eu estava morrendo de dor.

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ÚLTIMOS DIAS

DIA 24 JÁ ESTAVA INDO EMBORA. Logo seria dia 25, depois 26, quando chegasse dia 27 eu estaria morta. Completamente morta.

A diversão foi grande, a bebedeira não muito, nós sabíamos nossos limites quando se tratava de dormirmos na mesma cama depois. E então eu e Nick voltamos para casa.

Eu acabei tendo um sonho. Tratava-se de Poul chegando com uma moto – que não lembro a cor. Nick estava ao meu lado, Poul olhava e eu queria ir abraçá-lo, mas Nick não me permitia fazer isso. Eu berrava com Nick, e Poul berrava para ele me soltar. Foi então que eu acordei com mamãe e Nick olhando assustados para mim, Nick estava uma graçinha, seus cabelos estavam em pé.

Abracei Nick para dormir, e ele acariciou meus cabelos, eu estava assustada.

- Eu te amo Nick.

- Eu sei disso bobinha, eu te amo também.

Ele parecia evitar falar bobagens, por que era fraco, mais do que eu.

Dia 25, encontro Melissa na rua.

- Oi vizinha!

- Tudo bem Mel?

- Sim, meu irmão te ligou?

- Não, ele me mandou uma mensagem...

- Sério? Aquele ali... o que é seu?

- Aham, nada agradável. É um amigo meu.

- Não sei o que ele pode ter feito... Ele parecia muito certo do que queria, ontem falei com ele.

- Não quero saber Mel, deve ser mentira dele com você.

Então fui para casa, meu coração? Nas mãos de Poul, já disse.

Então o dia acabou. E eu, em minha cama, ao lado de Nick, chorava. Por que Poul faria isso? Apenas para me magoar – ele não gostava de me ver assustada e triste. Eu não estava em suas mãos, se é que ele pensava assim.

Eu não estava mesmo! Ele deve ter mudado de ideia, ou deve ter me assustado para depois rir de mim. Mas depois disso não tem volta, Poul errou feio.

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ENFIM VOU EMBORA

EU ESTOU COMPLETAMENTE LOUCO. Viol faz uma falta enorme. Não precisei nem de meio segundo para notar isso. Meu coração está com ela, minha alma está com ela. Eu estou apenas carregando um corpo, um corpo tolo. Mas depois de tudo isso eu não sou mais um babaca, um fracote, não sou.

Minha cabeça esta girando, a falta dela é como... Como se eu fosse um drogado e estivesse sem minha droga. Eu sinto aquela vontade louca de encontrá-la em todos os lugares, de beijar a sua boca e de fazer loucuras por ela. Eu nunca fui assim, mas ela é demais. Eu quero, eu amo ela.

Em alguns dias estou indo para casa, para onde está meu coração e minha alma, ao lado da menininha que eu amo, ao lado de minha Violet.

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ÚLTIMOS DIAS II

O DIA TÃO TEMIDO ESTAVA CHEGANDO, mas algo estava acontecendo nesse dia 26. Existia um cheiro novo no ar, alguma coisa... Que eu temia também.

Escutei uma moto se aproximar, a moto e um idiota nela. Nick me observou com um olhar que eu não soube identificar, mas ele estava com ciúmes. Poul estava ali, a alguns centímetros de mim.

Meu coração estava muito acelerado. Poul olhou para janela, ele viu Nick me abraçando. Eu realmente não queria problemas.

Nick ficou em casa enquanto fui ao mercado... Mas eu mal consegui sair... Eu cheguei à casa assustadíssima e fiz uma anotação em meu caderno.

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26/05/09

Subi as escadas, ou melhor, me arrastei por elas. Meu coração batia muito rápido. Eu queria chegar lá e me jogar no sofá para respirar. Eu fiquei sem ar apenas por olhá-lo nos olhos por alguns segundos. Era como se eu fosse uma menininha com medo de um bicho-papão. Olhei-o com olhos de medo – medo de gostar novamente do seu olhar.

Esse seu olhar para mim, um dia, não foi uma novidade, mas hoje, quando ele voltou, eu pensei ter forças novamente para encará-lo, mas o medo tomou conta de mim. Acho que ele ainda está lá, debruçado, pensando nos meus olhos assustados e não sei se isso é bom.

Já se passaram 10 minutos, meu coração está mais calmo. Já vou descer, mas não quero encará-lo novamente, não vou passar pelo mesmo caminho, embora tenha vontade.

Depois de tudo que houve a um mês atrás ele parece não se importar, eu deveria me importar – mas é quase impossível, pelo menos quando eu encontro seus olhos perdidos olhando para mim. Ainda mais agora, é como se tudo voltasse a me perseguir. Tenho que parar de pensar nele de novo. Eu vou conseguir... Ou não!

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Quando eu sai de casa, ele estava em seu portão me encarando, como se estivesse me cobrando algo, pelo fato de ter me visto com um garoto em meu quarto. Eu fiquei desesperada. Pensei em dizer algo, mas as palavras da mensagem ainda estavam em minha cabeça.

Eu não sabia o que fazer, eu apenas voltei para casa, assustada. Não existia maneira de resolver isso. Por alguns minutos pensei: “Desta vez a babaca sou eu, eu estou fugindo do problema, como ele fez.”, mas a coisa era um pouco diferente, eu estava tendo uma reação. Não era diferente coisa nenhuma, eu estava louca, fui uma idiota sim.

Na frente da minha casa Nick me esperava, então pegou em minhas mãos.

- Vem me ajudar a arrumar as malas?

Então mais isso, meu mundo caiu. Perdi o Nick também, foram as piores semanas da vida dele, eu tenho certeza.

- Nick, me desculpa, eu queria que fosse melhor...

- Não precisa Violet, eu também não estou tão bem assim... Paulínia... Bom, você sabe.

Sim, eu sabia.

- Mas Nick, uma semana a mais, pode ser?

- Me empresta seu telefone? Ligação rápida.

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SÃO PAULO

NICK PEGOU O TELEFONE E DISCOU.

- Mãe, a Violet pode passar um tempo por ai?

Então eu dei um sorriso, esquecendo completamente que Poul estava no outro lado do muro.

Quando Nick desligou, eu dei um tapinha na cabeça dele.

- Seu doido, e a minha mãe?

- Já falei com ela, ela deu uma semana.

- Sério? Ai que máximo!

Então nos fomos arrumar as malas, mas enquanto Nick estava no mercado – afinal eu não tinha ido, Poul entrou pela janela, sem ao menos pedir licença.

- Viol... que saudade!

Como assim? Que saudade? É isso que ele diz depois de me chamar de confusa e dizer que nosso amor era uma coisa idiota? É isso que ele diz depois de dizer que estava apenas brincando comigo? E é isso que ele diz depois de passar um mês longe de mim, me deixando com uma ferida gigante no peito?

- Não tenho nada pra falar com você, por favor, saia por onde entrou. – Eu, sempre fingindo muito bem, mas não o convenci.

- Me desculpa Viol. Não precisa ser assim, a gente pode conversar... Eu não posso ficar sem você.

- Você ficou um mês sem mim. Quando eu voltar, e se eu voltar de São Paulo, a gente conversa, ok?

- Pra que ser assim Violet? Eu sei e assumo meus erros, sai de casa sem falar nada, fiquei um mês sem falar nada, eu sei... Mas eu precisava pensar.

- Um mês para pensar nisso? Um mês?

- São Paulo Violet? Você ta apaixonada por esse garoto? É isso?

- É, é isso sim. - as mentiras passaram a soar mais falsas – Muito apaixonada.

- Você está mentindo descaradamente, você pensa que eu não te conheço não é mesmo? Mas eu sei que você não gosta desse tal de Nick... E mesmo se gostasse, eu não me importo, eu te amo.

- Poul, eu sou complicada e você não quer me entender, lembra disso?

- Eu menti sobre isso.

- Tudo bem, agora saia.

Nesse mesmo segundo Nick entrou no quarto, cantando alguma música. Quando ele viu Poul... Jogou as compras num canto.

- Por que quê você não sai daqui?

- Por que você se mete tanto? – Poul estava enfurecido.

- Por que eu amo Viol, e sei que isso não esta fazendo bem a ela.

- Parem! – me intrometi – Poul, saia, se eu voltar à gente pode ate conversar, mas agora quem vai fugir sou eu. Nick, por favor, não fique se incomodando... Não é preciso.

Os dois ficaram calados. Poul saiu.

Eu estava chorando no ombro de Nick. Nick e eu. Uma semana em São Paulo, seria o suficiente?

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ATITUDE NÃO ESPERADA

E U NÃO CONSEGUIA ACREDITAR. Meus olhos estavam cheios de lágrimas, lágrimas de raiva, de dor, de sofrimento.

Violet estava tão magra, tão assustada, tão deprimida quando saiu de casa. Quando ela me olhou não parecia ser a mesma e eu parecia um lobo-mau. Eu não acredito que ela esteja assim por mim, eu não sou um monstro, na verdade eu sou um monstro sim.

Não agüentei, fui até seu quarto. Eu queria falar algo, perguntar o que ela estava pensando quando me ignorou na rua. Eu sabia que eu não tinha sido nada agradável, mas ela podia ter pelo menos me abraçado. Eu queria sentir seu calor novamente perto de mim, aquele calor que me fazia sentir vivo, o cheiro de morango, o gosto.

Ela me tratou como um cachorro. E logo apareceu aquele tal Nick. O que ele pensa que é dela? Será que eles se beijaram? Será que o coração de Violet é dele? Isso dói, dói como se me atingissem com uma lamina afiada, ou se eu segurasse uma faca pelos gomos, uma faca de dois gomos.

Violet em São Paulo. Mais algum tempo sem ela. Não agüentar não é correto. Precisar dela eu preciso. Ser fraco não foi correto. Ela me surpreendeu. Eu consegui berrar que a amo. Mas ela ignorou minhas palavras e me mandou ir embora.

E eu, como um cão, obedeci.

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AVIÃO

EU E NICK ESTÁVAMOS EMBARCANDO. Eu estava tendo frio na barriga, mas isso sempre acontecia antes de eu entrar em um avião. Mamãe me beijou e desejou boa viagem. Incrível, para ela não é nada de mais, eu estou viajando para outro estado, só isso... Minha mãe é perfeita, mas às vezes esquece o cérebro em algum canto.

Meus pensamentos estavam voltados para Poul, por mais que eu tentasse, ele não saia da minha cabeça. Nick também pensava em Paulínia, notava-se em seu olhar... Tão distante. Eu sabia que nós íamos encontrar com ela lá, com toda a certeza.

- Eu quero te ajudar.

- Em que Viol?

- Você não precisa saber... Ainda.

Estávamos a praticamente 40 minutos no avião. Eu não sabia quanto tempo ainda teríamos de viagem.

- Violet, eu acho que Poul não mandou a mensagem. Por mais que eu não goste dele, eu pude perceber sinceridade nele. E eu não gosto dele pelo simples fato de gostar de ti e então...

- Não precisa continuar meu Nickzinho. Eu não sei, preciso pensar.

Quando dei por mim, já estávamos desembarcando. A BMW da mãe de Nick estava ali. Entrei e dei de cara com uma loirona bonitona.

- Oi, tudo bem com a senhora?

- Sim querida.

Era a mãe de Nick, eu adorei ela!

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UM ANJO CHAMADO VIOL

QUANDO CHEGUEI À CASA DE NICK não vi nada muito diferente do que tinha em minha casa, era tudo muito confortável e eu estava me sentindo ótima.

Nick foi até o telefone, ligou para alguns amigos e amigas para fazermos algo essa noite. Foi quando euzinha entrei no MSN. Lá estava Paulínia.

Viol – Eu to aqui em SP, a gente vai fazer algo hoje, queres?

Líni – Não sei se rola minha mãe não ta muito a fim de liberar.

Viol – Bom, eu to aqui a semana inteirinha, quando você quiser...

Líni – Tudo bem Viol... Mas não sei mesmo. Obrigadinha.

Paulínia não gostava muito de mim, pelas histórias do passado e tudo mais...

Viol – Mas então... É que eu queria mesmo que você e o Nick se acertassem, sabe? Preciso muito que você dê essa chance pra ele, pra vocês conversarem... Pode ser?

Líni – Quando?

Viol – Pode ser hoje, na festinha.

Líni – Em dois dias, eu entro no MSN e a gente combina, pode ser?

Viol – Ok, to saindo, beijão.

Claro, meu nome era cupido, e não Viol!

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FESTA, BEBIDA E RESSACA

ESSAS SÃO TRÊS PALAVRAS QUE APARECEM MUITO EM MEU VOCABULÁRIO. Nick chamou alguns amigos e algumas amigas para fazer uma festinha na sua casa. Acontece que depois de certo horário fomos todos a uma danceteria e bebemos ate cair, depois eu e Nick chegamos na casa dele e nos deitamos de roupa e tudo na sua cama.

Nick e eu estávamos muito bêbados.

Tive medo que voltasse a rolar algo.

- Eu falei com a Paulínia hoje.

- Sério? – ele ficou feliz.

- Vocês têm um encontro, daqui dois dias. Ela gosta muito de você.

- Ã? Você ta louca Viol?

- Bom... Era pra ser segredo. Mas é quase certo que vocês vão voltar.

Nick me abraçou e deu alguns muitos beijos em meu rosto. Eu adorava, simplesmente adorava fazer o bem.

- Você é meu anjo Viol.

Ele mal sabia, mas ele era meu anjo também.

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ENCONTRO

DEPOIS DE COMBINAR ALGUMAS COISAS e alguns horários diferentes, chegamos a uma conclusão. No shopping às 3 horas. Eu ia ficar perambulando com a Julia e com a Dim.

Nike estava nervoso. Isso não era novidade quando se tratava de Paulínia.

Quando chegamos, cheguei a me sentir mais feia ainda. Dim e Julia, lindas, e Paulínia? Mais linda ainda.

Fomos dar uma volta. Dim e Julia são minhas amigas a muito tempo, coisinha de internet. Era a primeira vez que nos víamos. Então fomos até uma loja, provamos muitas roupas e batemos fotos. Isso era divertido. Compramos algumas peças.

Quando ficamos cansadas fomos a uma lojinha de lanches japoneses. Comemos sushi e bebemos muppy. Então estava escurecendo. Fomos até o estacionamento do ultimo andar, que era descoberto. A Lua, azul, estava linda. Nós três ficamos ali, alguns minutos, abraçadas e vendo o céu com as estrelas lindas e a Lua mais linda ainda. Senti que Poul estava pensando em mim...

Algum tempo depois, quando estávamos no primeiro andar do shopping, Paulínia e Nick aparecem abraçados. Nos despedimos, eles se despediram com um beijo, um beijo não, O beijo.

Nick me olhava com satisfação.

- Sim, você é meu anjo!

- E você é o meu!

- Como assim?

- Eu amo Poul, e vou voltar!

Faltavam dois dias apenas para eu voltar, mas eu estava ansiosa.

No dia seguinte combinamos que Gee, Bruno, Camy, Jake, Dim e Júlia ficariam na casa de Nick. Paulínia também foi. Lá ficamos bebendo e rindo, durante praticamente dois dias.

A hora do adeus doeu. Eu amava todos ali, eu iria ficar com saudades. Mas eu amava ainda mais Poul, e eu estava sentindo meu coração cada vez mais próximo de mim.

No avião embarquei. Durante a viagem olhei mil vezes as fotos tiradas com aquelas pessoas que eu tanto amava, pessoas que mesmo estando longe são pessoas importantes para mim.

Eu estava decidida, meu amor Poul, eu estou chegando.

- CONTINUA -

Aura Ksna
Enviado por Aura Ksna em 16/09/2009
Código do texto: T1814362
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