Uma Bela mulher... E dois amigos

Uma bela mulher... E dois amigos.

Esta é uma história diferente do que a vida costuma mostrar... Ela de fato ocorreu quando Tancredo morreu. A cidade aqui será ignorada.

É uma linda história de dois amigos que o destino coube se aproximar, estudantes de Psicologia aos pés de um grande mestre postos á estudar. Prolongando-se a convivência dos dois moços, seus costumes se identificaram, e um grande sentimento de amizade, fraternidade nasceram entre ambos. Seus nomes Márcio e Ferreira. O pai de Márcio, Abel era um senhor de poucas palavras, sua mãe tinha nome de santa: Maria Celeste. Ferreira não tinha pai e veio morar na casa do senhor Abel, pois as famílias eram amigas de muitos tempos.

Os dois começaram juntos os estudos, e ambos eram igualmente dotados de um altíssimo intelecto. No final de cinco anos de estudo como acontece com todas as coisas, senhor Abel já sendo de idade avançada foi-se desta vida. Os dois moços sofreram tanto, com a morte como se houvessem perdido um pai comum a ambos.

Aqui se inicia algo que penso poder dizer armadilha do destino. Com o passar dos dias Márcio arrumou uma namorada de maravilhosa beleza, de uma nobre família. Um dia pela amizade que os dois se mantinham ao ponto de um não ficar muito tempo longe um do outro, Márcio leva seu amigo a ir conhecer a tão bela namorada.

Os dois chegaram à casa da moça que foram muito bem recebidos. Recebendo-os ela se assentou entre os dois. Para surpresa... Ferreira passou a olhar a linda jovem de nome Adassa, de tal maneira, como se fosse um examinador da própria beleza observava todas as partes de seu corpo com especial atenção Com muito fulgor, apaixona-se pela magnífica Adassa.

Depois da permanência na casa da moça retornaram-se para casa... Mas agora, com o peito partido pelo amor da bela jovem e ferido pelo sentimento de culpa por estar desejando a namorada de seu amigo. O que fazer nesse momento? O que a vida lhe tinha reservado? Ferreira ao chegar ruma-se para seus aposentos, onde sozinho se pôs a pensar na jovem que tanto havia mexido com seus sentimentos. Sabe aqueles “nós”, que se vem à garganta, aquele pressão no peito, assim estava, cheio de amor pela moça e sentimento de culpa, por ser ela, a namorado de seu grande amigo.

Ferreira lembrou de coisas, nesse momento muitas viagens foram feitas, muitos quilômetros percorridos sem sair do lugar, lembrou-se do pai do amigo, da mãe com nome de santa, da bondade como fora tratado todos aqueles anos, a amizade que existia entre ele e o amigo.

Quem é, pois essa que você ama? Para onde está deixando-se arrastar? Abras seus olhos, fuja, mesmo sabendo que teria certeza de consegui-la... Certeza essa que você nem tem. E que, aliás, deveria fugir disso pensando no bem estar de uma grande amizade.

“Assim pensa a maioria da sociedade”. Naquele sofrimento começou a pensar em sentido contrário ao anterior. Tudo que dissera antes foi desdito e assim raciocinou

As leis do amor são muito superior, são muito mais poderosas que algumas outras leis. Elas superam não somente as leis da amizade, mas também as leis divinas. Imagine o pai amando a filha, o irmão amando a Irmã, as madrastas os enteados. Coisas mais perturbadoras do que o fato de um amigo amar a namorada do outro. Segundo o escritor Rubem Alves a proibição aparece somente onde mora o desejo. E tudo isso acontece quando estamos vivos com energia, somente se apaixona quem acha beleza pela vida, quem enamora quem, está encantado por ela. Todos os atos honestos devem ser praticados pelas pessoas mais maduras. Ou seja: não posso querer a não ser aquilo que o amor quer. A beleza de Adassa merece ser amada por todos: eu a amo, o pensava quem poderá censurar-me eu não a amo pelo fato de ser a namorado do meu amigo, ao contrário amo-a porque amaria fosse de quem quer que ela fosse. Quem está errado nesta história, eu não tive a intenção de me apaixonar, mas aconteceu. Fui para satisfazer a vontade de meu amigo, amei-a com toda expressão de minha alma. Assim passei dias, e noites coxeando entre esses pensamento de ida e volta. Me lembrei da ética, do caráter, de seus significados, em tudo que se possa imaginar.

No transcurso desses dias, andava preocupado, angustiado, ao meu amigo querendo falar, Como falaria? O que ocorreria? Meu amigo entenderia? Fiquei enfermo sem ter doença, era a doença mais grave de todas: a doença da alma, do amor. A pessoa sofre, sente sem saber e chora sem ver. Isso é de doer. Nesses momentos sempre que perguntado inventamos alguns dados, que é para nos disfarçar. A dor era tamanha que por muito a morte desejei, os dias passando, a saudade aumentando, o desespero tomando conta da minha alma, não tinha mais vontade de comer. Somente pessoas saudáveis têm esse desejo, ia definhando como uma vela acessa no seu velador aos poucos sendo consumido por sentimento de amor, que envolvia uma bela mulher e dois amigos...

E agora chegou a hora do confronto com meu amigo, revelo a ele meus sentimentos por Adassa? Conto-lhe a verdade de meus sentimentos? Devo auferir da amizade de meu amigo e sofrer pelo amor de Adassa de maneira oculta? Será que Márcio por nossa amizade profunda, cederia o amor da bela Adassa para não ver o amigo sofrer? Pode o amor de o amigo estar e representar mais do que o amor de uma namorada? Poderia Adassa viver com os dois?

Você ja se apaixonou pela namorada de um amigo?

Caro leitor, deixo para você o desfecho desta história... e também seus comentários aqui no portal. Existe ainda preconceitos no amor?

História que com certeza muitos já viveram e continuarão a vivê-la... Cada um há seu tempo.

Dr. J.F.Alvarez 7/9/2009.

jafjaf
Enviado por jafjaf em 08/09/2009
Reeditado em 09/09/2009
Código do texto: T1798879