Deusa

Como desatina essa dor de amar-te

A voz que de tanto presa não expande

Esse coração maltratado enquanto vida

Amargo sabor da indiferença

Tu que veio

Foste feito raio

Simples ilusão

Retornes em meus pensamentos

Abrilhantes meus sonhos mais penetrantes

Recolha-me deste breu

Pois tu és luz

O calor que tanto necessito

Inebriado nesta noite

Extasiado confrontando a lua

Que traduz sua imagem

Que revela seu hipnotismo

Figura que se eleva

Deusa

Como um veneno de serpente

Contamino-me

Escalo esse monte até atingir-te

Melindrado e receoso

Conciso nas palavras

Porém imenso e apto para ti...