Monumento pela Paz Mundial - (Atibaia - São Paulo- Brasil)

DIANTE DESTE MONUMENTO, AGRADECEMOS AS DÁDIVAS INFINITAS DO CÉU E DA TERRA, BASEADAS NA VERDADEIRA ESSÊNCIA DO SER HUMANO, PRATICANDO A VERDADE, CULTIVANDO O BEM, ADMIRANDO A BELEZA , INCENTIVANDO A AMIZADE E AJUDA MÚTUA , RENOVANDO O FIRME PROPÓSITO DE BATALHAR INCANSAVELMENTE E ORAR PELA PAZ MUNDIAL.






CAPÍTULO IV

A DANÇA - Segundo desafio


Os dias se passavam rapidamente e Ana cada vez mais preocupada com a questão financeira. De vez em quando, conversava com o namorado da possibilidade de fechar seu consultório, para abri-lo em outro endereço, percebia que o crime que por lá, aconteceu, trouxera aos pais das crianças (seus clientes), algumas dificuldades para retorná-las até aquele ambiente. Entretanto, gostaria que o novo consultório fosse localizado na mesma cidade, de modo não atrapalhar os estudos de seus filhos.

Uma semana depois ela encontra Fernanda uma dermatologista interessada em fazer dali, uma clínica de estética assim, acerta com ela os detalhes da compra do imóvel. À noite Ana telefona ao ex-marido explicando por menores da sua situação e da necessidade de vender o imóvel, com o dinheiro arrecadado, abrir nova Clínica Pediátrica em outro local da cidade e que, como não haviam feito ainda a partilha dos bens, necessitaria da assinatura dele, no momento da venda.

O ex-marido se mostra solícito, dizendo que não via problema ela agradece a compreensão, telefona à colega dermatologista marcando uma data para que pudesse ir a cartório, efetivar a venda.

Logo pela manhã Ana, recebe o telefonema do ex-marido, dizendo que havia pensado melhor e que não achava uma boa opção dela sair de onde estava, para começar em outro endereço, aquilo que ela já havia conquistado através dos anos. Além disso, tudo que os dois adquiriram juntos, no caso de venda, deveria ser repartido entre os dois.

Ana não acreditava no que estava acontecendo, ao sentir-se impossibilitada de gerir suas próprias necessidades, cresce em si, atitudes descontroladas, falando para o ex-marido coisas humilhantes e desnecessárias. Desliga o telefone bruscamente, telefona imediatamente para o seu namorado e com voz de choro informa-lhe do ocorrido.

Marcelo acostumado a desvencilhar-se rapidamente dos problemas, diz: É uma pena, mas, pergunta para a interessada no imóvel, se ao invés de comprar, não preferisse alugá-lo. Assim, com o aluguel do consultório você poderia alugar outro imóvel e quem sabe até possa, lhe sobrar algum dinheiro, basta que saiba escolher. Ana adorou a solução que Marcelo lhe apresentara. Fez para ele elogios, dizendo que era muito inteligente e que por isso o amava tanto.

Dia seguinte telefona para a Fernanda, convidando-a para que almoçassem juntas, pois, precisava conversar sobre o consultório. Na hora e lugar marcados, as duas se encontram, Ana explica a sua recente separação do marido e que ele por motivos pessoais, estava se negando assinar a venda do imóvel. Sendo assim, só lhe restava à possibilidade de alugá-lo e se a colega não se importasse, ficaria contente em tê-la como inquilino.

Fernanda relata que, para comprar o imóvel necessitaria da ajuda do irmão e de algum empréstimo, mas, desta forma nem precisaria envolver terceiros para colocar sua clínica em funcionamento e aceitou a proposta de Ana. Por sua vez, Ana consegue num endereço menos nobre, alugar uma casa cujo aluguel era praticamente a metade do que iria receber de aluguel do seu antigo consultório.

Porquanto do desentendimento com o ex-marido Ana, procura um advogado amigo e entra com o processo de divórcio. Fora um mês em que os amantes pouco se conversaram, ela sempre muito ocupada com a montagem do novo consultório, muitas vezes, à noite ao chegar em casa, deixava mensagem no telefone do namorado. Boa noite amor! Acabei de chegar estou exausta, tomarei um banho e cairei na cama. Marcelo sempre muito bem-humorado, respondia em tom de brincadeira... Hoje, queria ser a sua cama pra te abraçar e tê-la exausta, envolta em meus lençóis. Ana devolve a mensagem: Só você mesmo para me fazer rir depois de um dia como este. (RSRSR). Beijo amor... Te amoooo!

Era final de agosto, Marcelo desejoso de estar com Ana, comenta: Mês que vem em setembro, haverá aqui na cidade um final de semana festivo. Uma festa com muita comida gostosa, muitas flores, frutas e principalmente muita dança, pensei que você pudesse vir para tentar empatar aquele nosso joguinho dos desafios, mas, vou logo avisando, sou um excelente dançarino.

Ana riu muito com tudo que ele falava, para depois dizer que se pudesse ir, esse jogo ela já consideraria empatado. Mas, estava economizando tudo que tinha e gastando o que nem tinha lá no consultório. Se não se importar disse Marcelo, posso comprar suas passagens pela internet, mando para você os números referente à compra e você retira aí na Rodoviária do Rio os bilhetes, meia hora antes do horário do embarque.

Preciso muito encontrar-me com você, amor, aproveitava e descansava um pouco dessa correria toda também, mas, só poderia aceitar o que estava propondo, se entendesse aquilo como um empréstimo e não como uma doação.  Marcelo ri. Tudo bem linda! Vai preparando as perninhas que vamos dançar um bocado.

Dia seguinte ao se falarem pelo (MSN), Marcelo informa que a festa das Flores e Morangos começaria no dia 17 de setembro (sexta feira), indo até dia 19 (domingo) daquele ano de 2004. E que por lá, em Atibaia, todo ano nessa época, a festa sempre acontecia no Parque Municipal da Cidade. Naquele ano, um fervoroso Festival de Danças aconteceria.

No Festival, haveria danças de todos os tipos e gostos, desde danças Japonesas ao Country, passando pelo “Vira- Vira” das danças Portuguesas. Assim, ela poderia escolher em qual ritmo, pretendia perder de novo a aposta. Ana ria! Dessa vez meu caro, eu que vou deixar você exausto, caído literalmente aos meus pés e ria mais ainda. Marcelo se sentiu feliz em poder proporcionar para Ana, aqueles momentos de alegria.

Ana indaga do namorado, se levá-la para uma festa na mesma cidade em que morava, não poderia trazer-lhe alguma consequência desagradável. Marcelo responde dizendo que ela chegaria no sábado pela manhã, logo procurariam algum lugar para matar toda a saudade que um estava sentindo do outro e a noite, já mais tarde, poderiam ir à festa sem maiores problemas. Ana nem argumenta mais nada além de: Compre as passagens que eu já estou indo e riu mais uma vez.

Dia 17 de setembro, Véspera do encontro do casal em Atibaia, como de costume, Ana se mostrava tensa e ansiosa para conhecer a cidade onde o seu amor morava. O consultório estava praticamente montado, restando apenas os trâmites legais, dos documentos que dera entrada na Prefeitura, notificando a mudança do endereço. Apesar de cansada, ela se mostrava bastante otimista e feliz com seu novo consultório.

Às zero horas e dez minutos do dia dezoito, manda mensagem para o celular de Marcelo. Já estou dentro do ônibus amor, devo chegar por volta das seis horas e trinta minutos na rodoviária de São Paulo.

Marcelo pede que ao chegar a São Paulo, Ana telefonasse, mas, que de lá mesmo da rodoviária, pegasse um ônibus para Atibaia que ficava cerca de 70 km da cidade de São Paulo. Ao desembarcar em Atibaia, voltasse a lhe telefonar e ele iria ao seu encontro na rodoviária.

Às oito horas e vinte minutos, chega em Atibaia Ana, que liga a seguir para o namorado e ele pergunta: Fez boa viagem amor? Ainda bem que o ônibus era leito, vim dormindo o tempo todo, a viagem foi boa sim. Estarei aí em 15 minutos, linda! Disse Marcelo.

O tempo parecia ter esquecido passar, ela já teria ido ao toalete para recompor a maquiagem, tomado um café e Marcelo nada de chegar. De repente Ana abre o sorriso, suspira e abraça seu namorado fortemente lhe falando ao ouvido, estou morrendo de saudade amor. Desta vez fora Marcelo que lhe pediu descrição, poderia haver por ali, algum conhecido e saem rapidamente do local.

Marcelo leva a namorada para conhecer a cidade, fazendo com ela um rápido tour de carro. Logo na entrada da cidade, apresenta para ela, o  Monumento pela Paz Mundial, Ana pede que o namorado pare o carro, queria tirar uma foto com ele,  naquele lugar tão importante e lindo.

Continuando o passeio vão até o Museu Ferroviário Dinâmico. Dois quilômetros e meio de trilhos restaurados com locomotivas do tempo das Marias Fumaça. Tudo muito bem conservado, mobiliário de época e funcionários vestidos em de acordo com os tempos do antigamente.

Ana se mostrava encantada com tudo que via, fotografando tudo em sua volta. Por fim, Marcelo lhe apresenta o cartão postal da cidade. Pedra Grande, com seus 1.450 metros de altura de onde se tem uma linda vista de toda cidade. Nos finais de semana inclusive naquele, dezenas de asas-deltas coloriam o céu da cidade e por lá, almoçaram.

Dali seguem a procurar um cantinho para que pudessem se amar de verdade. Marcelo conduz sua namorada com muitos beijos, toques, desejos, sussurros e urros de amor. Ana parecia levitar com tudo aquilo e ele parecia mesmo disposto em oferecer para ela, um banquete de amor.

Assim, vão mapeando a cama centímetro por centímetro com delírios de amor, terminando com Ana, com mais de meio corpo para fora dela e lhe dizendo baixinho.  "Amor para só um pouquinho, acho que estou com minha pressão baixa".  Ana permanece estática se refazendo daquilo tudo, Marcelo enxuga seu corpo molhado e lhe diz em tom de brincadeira: Isso sim é que se pode chamar de sexo. Ana sorri e fala ternamente, convencido! O mundo parecia não existir, o tempo parecia ter parado a brindar aquela sessão de amor inesquecível. E ficam por ali, com Ana deitada em seu peito e Marcelo olhando em seus olhos para dizer o quanto a amava.

A noite havia chegado depressa, o casal toma banho juntos e por lá, fazem novamente sexo, Ana diz sentir suas pernas trêmulas e comenta que até parecia que ele estava fazendo tudo àquilo de propósito, para ganhar dela, o desafio da dança. Marcelo apenas sorrir, jantam no próprio hotel e partem para o Parque Municipal onde a festa já havia começado.
 
Ao chegar Ana, fica deslumbrada com a quantidade de flores, frutas e principalmente com os palcos todos ornamentados para os espetáculos de danças. Havia também vários aglomerados de pessoas espalhados em todo Parque, cada um, com um grupo de dança e era por ali, que eles iriam colocar a prova o grande desafio do encontro.

Ana se mostra muito animada Marcelo, logo percebe o gingado da carioca e pensa estou perdido. Ana chama o namorado para dançar, ele vai e dança, ou melhor, tenta dançar, Ana não se aguentava de tanto rir do namorado todo desengonçado, sem jeito mesmo pro negócio, mas, foi no forró que ela foi realmente à forra da pescaria. Ana dá um show dançando forró, Marcelo fica encantado com a beleza de sua namorada e reconhece empatada a competição entre os dois.


ROMANCE EM (OITO) CAPÍTULOS
Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 25/07/2009
Reeditado em 21/08/2011
Código do texto: T1718786
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