razão e sensibilidade-capítulo 4
CAPÍTULO 4
Quarto 10013
- Hum... 13! Meu número da sorte!- disse Miranda a si mesma.
Abriu a porta do quarto e se deparou com um senhor que dormia tranquilamente, enquanto o aparelho registrava os batimentos cardíacos.
Ela olhou bem para o rosto do homem que dormia:
-Eu não o conheço de algum lugar?- perguntou mesmo sabendo que não obteria resposta- Então, vamos descobrir quem é o senhor?
Pegou o prontuário e começou a ler em voz alta:
- Nacionalidade: inglesa; sexo: masculino; idade: 76 anos.... Achei nome: Howard Ferrals.
Ela olhou para o homem surpresa e leu novamente.
- Howard Ferrals. Não pode ser! Não mesmo. Vamos ver parentes. Aqui tem filhos. Emylin White Ferrals e Edward Ferrals. É ele. - disse ainda atônita.
Respirou fundo e falou:- É melhor eu deixar pra ficar pasma depois ,e cuidar da sua saúde, né Sr. F?
....
2 HORAS DEPOIS
Do lado de fora do quarto 10013 um homem alto, de ombros largos, de tez bronzeada, olhos verdes e cabelos negros e que deveria ter uns 35 anos; e uma mulher loira, baixa, mas, esguia, olhos negros e que deveria ter a idade de Miranda. Observavam a médica que dava ordens de como designar os medicamentos ao paciente. Eles estavam esperando ela sair.
- Por hora, é isso, Betsy! E qualquer reação do paciente me chame. - ela saiu do quarto.
E se deparou com os dois que ainda não tinha visto.
- Doutora, queremos saber como está nosso pai. – falou a mulher.
- Vamos por ali. - os levando para uma sala.
....
- E então doutora, como está o papai?- perguntou novamente a mulher aflita.
- Bem, após o infarto constatamos que a pressão sanguínea do seu pai se mantém bastante irregular...
- Eu não a conheço de algum lugar?-perguntou o homem.
- Não que eu me lembre. -disse mentindo, estava tentando fugir da situação.
- Prossiga doutora. - disse a moça
- O coração está muito fraco...
- Qual o seu nome mesmo?-perguntou o homem apertando os olhos.
- Miranda Turner. -disse calmamente.
- Ed, será que você não pode esperar um pouco mais, pra poder “cantar” a Doutora?- disse a mulher irritada.
- Eu não estou cantando ninguém, Emylin. Nós a conhecemos, ou pelo menos eu acho que é a mesma pessoa. Olha pra ela, Miranda Turner!
- Oh, meu deus... Oh, meu deus! Lembra muito ela... Por acaso o seu pai não se chama George Turner?
- É meu pai é George Turner.
-E você tem uma irmã chamada Margaret.
-É.- disse se fazendo de desconcertada- Olha, me desculpem mas, quem são vocês?
- Nós fomos vizinhas na adolescência. Moramos um tempo em Nova York. Nós ficamos muito amigas, não lembra Mi?
-Emy. É você mesma?
-Hum-hum.
Abraçaram-se.
- Você está tão diferente, tão bonita, tão... loira?!- disse pegando nos cabelos de Emylin.
-E você? Está fantástica, é um mulherão, não é Ed?
-É você está linda, Miranda. - disse fitando-a.
-Obrigada- disse corando- Você, também, está ótimo... Engraçado, eu sempre pensei que se um dia eu encontrasse com vocês que seria a Emy a me reconhecer!
-É mesmo, Ed como você soube que era a Miranda?
-Pelos cabelos- e os fitou e depois o rosto dela.
- Bem acho melhor falarmos agora do pai de vocês.
continua...