Yan em Chapecó

Yan em Chapecó

Minha história começa antes do meu nascimento em princípio era para ter sido um chapecoense feliz por ser o primeiro filho do casal Jônia e Francisco, meu pais se davam muito bem, como minha mãe me dizia, mas uma dessas fatalidades mudou nossa história e vim nascer no interior de Minas.

Mãe era descendente das tribo indígena Chapecó e meu pai era descendente de italianos oriundos do Rio Grande do Sul que mudaram para Santa Catarina para tentar uma vida nova foi nessa mudança que meu pai conheceu minha mãe e tiveram momentos de felicidades juntos e se Casaram lá em Chapecó em meados de 1950. Pouco tempo depois minha mãe descobre que está grávida isso gerou uma alegria no casal e para todos, mas uma tragédia ocorreu em Chapecó e meu pai foi morto por engano.

Me contaram que em 1950, um fato trágico marcou a então pequena cidade de Chapecó que contava, na época, apenas 5 mil habitantes. A cidade foi acometida por uma série de incêndios, sendo o principal aquele que atingiu a Igreja de Santo Antônio (posteriormente reconstruída; hoje, catedral da cidade), causando grande comoção na comunidade. As suspeitas recaíram sobre dois irmãos recém chegados do Rio Grande do Sul. Presos e torturados, eles negaram os fatos. A certeza de impunidade, além de causas até hoje não bem esclarecidas, levou um grupo de 50 pessoas a invadir a cadeia municipal. Armados, os invasores promoveram uma grande confusão, que acabaria no linchamento dos acusados em praça pública. Depois de mortos a tiros, os irmãos tiveram seus corpos mutilados e incendiados. Jamais se soube quem foram de fato os incendiários; suspeitas recaíram até mesmo sobre as autoridades da cidade. Na época, o episódio chamou a atenção do país: a revista "O Cruzeiro", a mais importante edição nacional de então, noticiou o acontecido, em matéria do dia 11 de novembro de 1950, da seguinte maneira: "A 1 hora da manhã do dia 18 de outubro foi consumada a mais bárbara de todas as chacinas já cometida no Brasil ..."

Com esse fato deixou a minha mãe sem rumo e ela já grávida resolveu mudar de cidade para tentar melhorar a sua cabeça em função do seu estado. Todos ficaram chocados com a história de mamãe e não faltaram pessoas que lhe estenderam a mão nessa hora. Nisso ela veio morar em Minas Gerais em Além Paraíba na Zona da Mata mineira.

O começo de mamãe em Além Paraíba quando ela me contou não foi fácil, mas com o tempo tudo acabou se ajeitando. Nesse período ela conhece o Sr Juvêncio, fazendeiro da região que assumiu minha mãe mesmo grávida como sua esposa.

Ao nascer fui batizado com o nome de Yan Minenti Mello sempre era o primeiro filho do Sr Juvêncio e não sabendo da minha real história o tratava de papai, pois ele sempre me tratou com muito carinho não deixando me faltar nada e sempre tive o que havia de melhor. Estudei nos melhor colégio da época lá no interior.

Depois de mim minha mãe teve mais duas filhas e cada uma era mais bonita do que a outra por puxarem a beleza de mãe que era divinamente bela.

Elas se casaram bem novas, coisa comum de acontecer naquela época e conseguiram as duas escolher as pessoas certas para marido. E mãe era feliz de ter vários netos.

Muitas vezes presenciei conversas de minha mãe com os familiares de Chapecó não eu entendo qual seria essa relação, mas deixava passar sem nunca perguntar, até mesmo quando escutei de uma forte tempestade de neve assolou Chapecó em 1966

Quando mudei para a metrópole continuei meus estudos e lembro-me de pai dizer que gostava de me ver estudar e que valia a pena pagar o meu ensino. Por gostar em primeiro plano da área de agroindústria fiz cursos nas respectivas áreas para ajudar meu pai.

Tive a sorte de ter tido um professor chamado João Mello por bom tempo na faculdade que era descendente de italiano e que era da região de Chapecó, por saber que sempre fui bom aluno na faculdade me dava a maior força. Ao terminar a faculdade deixei com ele meu endereço em Além Paraíba para trocarmos idéias sempre.

Voltando para Além Paraíba, já formado com um mundo aberto parta tudo aquilo que gostaria de fazer como profissional da área. Pai me coloca a par dos acontecimentos na fazenda, onde havia caído os serviços que eram feitos lá, em função da crise que assolava o país, mas ainda haveria uma forma de trabalhar lá na minha especialidade. Estes fatores me deixaram tristes, mas ainda gostaria de desenvolver tudo que estudei durante anos a fio e toquei o barco a frente.

Logo depois de estar na fazenda comecei um relacionamento e dede esse instante já via sinal de casamento e pouco tempo depois não deu outra coisa. A Rose era a molena lina da minha vida. Ela me encantou sobre maneira, suas formas bem feitas, um sorriso angelical e o seu ser mulher completavam este conjunto. Logo em seguida recebi da gráfica os nossos convites de casamento. Mamãe chora de alegria ao ver o nome Yan Minenti Mello no papel para ela é um sonho que se concretizava.

Tudo nessa vida tem um tempo de acontecer e comigo não foi diferente. Recebo lá em casa um telefonema do professor João uma coisa comum de acontecer pelas nossas proximidades de idéias. Ele me fala que já estava aposentado e que voltaria para Chapecó com os seus que ainda dependiam de alguma forma dele e se gostaria de morar lá e trabalharia numa empresa de porte, pois ele conhecia meu potencial de conhecimento e trabalho, então fiquei de dar o retorno para ele depois de ponderar com a minha família. Neste intervalo de tempo mãe me chama no seu quarto e com a presença do Sr Juvêncio ela me conta a história a meu respeito. Ouvi atentamente e falei com ela que na minha opinião pai é aquele que cria e considerava meu pai Juvêncio e indaguei dela meus parentes em Chapecó . Minha mãe coloca-me o nome e que estariam vivos daquela época os quais eram doidos para me conhecer. Pouco tempo mais tarde D. Jonia veio a falecer um acontecimento que abalou cada um de nós de uma forma diferente. As manas se aproximam mais uma da outra para tentar ver se conseguem suprir a falta dela. Meu pai sente só e acha melhor vender as terras e ir morar nas casas de Gláucia e Raquel.

Ficou para mim era um dinheiro bom mas pequeno para se montar o meu negócio. Telefonei para o professor João lhe contando o que acontecera comigo naquele tempo que nós não nos falávamos e ele me disse que ainda estaria de pé seu convite de morar e trabalhar em Chapecó.

Conversei com Rose a idéia de mudarmos para Chapecó, coisa que no começo ela esboçou uma certa resistência, mas acabou cedendo e viajamos para Chapecó.

Desde o início ficamos encantados com sa cidade e procuramos logo o amigo João Mello, para que lê nos levasse ao hotel que de antemão pedi para que ele fizesse a nossa reserva. Até brinquei com ele dizendo que não precisaria ser um 5 estrelas poderia ser um 3 estrelas mesmo conservado, nisso ele morreu de rir.

O encontro com o amigo foi cheio de abraços tipo pai para filho. Apresentei-lhe a Rose, pois ele ainda não a conhecia porque quando casamos ele já estaria aposentado e voltado para Chapecó e na época do matrimônio me disse que não poderia ir, mas fez questão de mandar um belo presente. João só soube do nosso horário de chegada quando já estávamos lá fizemos isso para não dar trabalho para ele logo de cara. Ficou triste com isso, mas aceitou por ser ele uma pessoa extremamente sensata. No traslado para o hotel, ele nos dá um panorama breve de Chapecó . Dizendo que: A fundação 25 de Agosto de 1917. Distância até a capital 555 quilômetros. Sua população 180000 habitantes e o clima temperado.

Chapecó é um município brasileiro do. Considerada a capital brasileira da agroindústria. Chapecó se localiza no região Oeste Catarinense, na inserção da bacia hidrográfica do Rio Uruguai, cujo curso define a divisa com o estado do Rio Grande do Sul.. A origem etimológica de seu nome provém do tupi Chapecó, que significa "lugar de onde se avista o caminho da plantação".

A colonização substancial ocorreu quando os desbravadores se estabeleceram para explorar os recursos naturais, em especial a araucária. A madeira retirada das florestas era transportada em balsas, nos períodos de cheia do rio Uruguai, até a Argentina, onde era comercializada. Esse impulso atraiu colonos oriundos do Rio Grande do Sul, que fundaram "Chapecó", em 1917. Por volta de 1940, iniciaram-se os grandes fluxos de imigrantes, provenientes do Rio Grande do Sul, de etnia alemã, italiana e polonesa. Esses colonos e seus descendentes seriam os responsáveis pela caracterização da cultura e da arquitetura européia atualmente presentes em Chapecó. A agroindústria se desenvolveu, determinando a vocação do município, que passou a ser reconhecido internacionalmente como grande produtor de aves e suínos.

Em 1950, um fato trágico marcou a então pequena cidade de Chapecó, que contava, na época, apenas 5 mil habitantes. A cidade foi acometida por uma série de incêndios, sendo o principal aquele que atingiu a Igreja de Santo Antônio (posteriormente reconstruída; hoje, catedral da cidade), causando grande comoção na comunidade. As suspeitas recaíram sobre dois irmãos recém chegados do Rio Grande do Sul. Presos e torturados, eles negaram os fatos. A certeza de impunidade, além de causas até hoje não bem esclarecidas, levou um grupo de 50 pessoas a invadir a cadeia municipal. Armados, os invasores promoveram uma grande confusão, que acabaria no linchamento dos acusados em praça pública. Depois de mortos a tiros, os irmãos tiveram seus corpos mutilados e incendiados. Jamais se soube quem foram de fato os incendiários; suspeitas recaíram até mesmo sobre as autoridades da cidade. Na época, o episódio chamou a atenção do país: a revista "O Cruzeiro", a mais importante edição nacional de então, noticiou o acontecido, em matéria do dia 11 de novembro de 1950, da seguinte maneira: "À 1 hora da manhã do dia 18 de outubro foi consumada a mais bárbara de todas as chacinas já cometida no Brasil ..."

População 93 % Urbana 7% Rural.

O município de Chapecó é a cidade pólo desta região do estado, onde existem cerca de 200 municípios, que juntos somam mais de 2 milhões de habitantes, nesta região do estado estão também as sedes das principais empresas processadoras e exportadoras de carnes de suínos, aves e derivados da América Latina. A cidade conta com aeroporto, confortável rodoviária com linhas para todas as cidades catarinenses e principais cidades brasileiras. O Aeroporto Municipal Serafin Enoss Bertaso está em vias de internacionalização, Destaca-se o Distrito Industrial, com área de 484 mil metros quadrados e o Recinto Especial de Despacho

Com, 2 hospitais regionais, 2 emissoras de televisão, 4 de rádio FM e 2 de AM, 3 jornais diários locais e muitos outros ítens que caracterizam a responsabilidade regional de Chapecó, também está presente nos serviços especializados que a cidade oferece a toda a região, nas mais diversas áreas.

Chapecó conta com boas áreas para práticas desportivas. A cidade já se destacou no cenário nacional com grandes equipes de volêi e de handebol. A equipe de futebol de salão da cidade disputa a liga nacional. A cidade conta ainda com um dos melhores autódromos em pista de terra do estado de Santa Catarina, e sedia duas etapas do estadual de automobilismo e eventos automobilísticos regionais.

Monumento “O Desbravador” Situado no perímetro urbano, foi inaugurado em 25 de Agosto de 1981 com o objetivo de homenagear os primeiros desbravadores que colonizaram e construíram o Município. É uma figura de um gaúcho empunhando um machado, simbolizando o trabalho. Na mão esquerda está um louro simbolizando a conquista e a vitória.

Praça Coronel Bertaso Localizada no centro da cidade, a Praça Coronel Bertaso é um espaço agradável que contempla história, cultura, lazer e descanso. Ao mesmo tempo em que conta a história do ciclo da madeira, primeiro ciclo econômico e cultural de Chapecó entre as décadas de 1920 e 1950, através de um mural feito em argamassa de concreto

Catedral Santo Antônio localizada no centro da cidade, a construção foi inaugurada em 8 de Dezembro de 1956, possuindo 02 torres com 40 metros de altura. O incêndio da Catedral Santo Antonio, na década de 50, foi motivo de linchamento de forastareiros considerados os culpados. Esse episódio marcante para a cidade e nunca foi completamente esclarecido.

Temos ainda a Capela de São Carlos a

Colônia Bacia A comunidade de Colônia Bacia teve seu início em 1947 com ‘a chegada dos primeiros colonos, procedentes do Estado do Rio Grande do Sul, sendo a maioria de origem italiana e praticante da religião católica. O nome Colônia Bacia foi dado devido ao relevo da região. A capela segue o modelo arquitetônico em estilo franciscano, edificada em madeira e telhas de zinco.

No Mirante da Ferradura a estrada de acesso às comunidades de Alto Capinzal e São José do Capinzal caracteriza-se pela paisagem rústica, exuberante, que nos leva por caminhos que serpenteiam as curvas do Rio Uruguai, onde se tem a impressão de estar em um local mágico que vivenciou parte da história dos primeiros moradores de Chapecó, dos balseiros, do ciclo da madeira. Descendo a serra encontra-se um refúgio onde o turista pode aventuar-se a observar e apreciar a beleza do Vale do Uruguai. Dependendo do clima e horário, poderá ver os primeiros raios de sol nascendo em meio a névoa que paira sobre as águas e que mais parece um algodão envolvendo todo o Vale.

Gruta de Sede Figueira no Distrito de Sede Figueira, perto BR-282, o local é composto por 03 grutas que se formaram na rocha e 01 cachoeira com aproximadamente 8 metros de queda d’água.

A capela de Nossa Senhora de Lourdes fica em frente a uma das grutas, onde anualmente, no mês de Dezembro, é realizada Romaria Penitencial para a Santa tendo a participação de cerca de 5.000 pessoas. Em meio a mata nativa há a Trilha dos Mistérios do Rosário, com 15 esculturas em pedra de arenito, simbolizando cada um dos mistérios.

Depois do almoço apetitoso o amigo nos leva até nossas novas acomodações. Era um hotel pequeno de quatro andares só, mas bem arrumado. Não podia me queixar de nada, Rose adorou o nosso canto naqueles dias. O cansaço era grande pela maratona feita naquele dia e apagamos só acordando no dia seguinte.

Na manhã daquele domingo, resolvi depois de ter pensado muito ligar para a família que reside lá e que não conhecia em Chapecó , pois me deu uma vontade sem explicação de contatar com o povo. da minha vida. Peguei o telefone para discar senti o meu coração bater mais acelerado, conclui que deveria ser a emoção falando mais alto. Achei melhor deixar quieto toda essa história tanto que nem com Rose comentei este fato.

No decorrer da semana estive com o João quase o tempo inteiro conversando com os amigos dele nas empresas agroindustriais, sendo que o empresário da Rabicó Associados menciona que estava precisando de um funcionário daquele perfil igual ao meu para começar de imediato. Senti firmeza nele e na empresa e era um trabalho que sempre gostei de fazer e não sentia nenhuma dificuldade para faze-lo. Coloquei-me a disposição dele, para uma conversa mais direta sobre esta vaga e sendo amigo pessoal do João a admissão foi imediata. Não via a hora de retornar para casa para contar a novidade para Rose. Quando contei a novidade para minha mulher foi só alegria e fizemos planos. O João me deixou mais sossegado ainda quando falou que poderia ficar tranqüilo quanto a seriedade da empresa por conhece-la há anos.

Ficamos no hotel o tempo de arrumarmos um local que fosse nosso para morar coisa que não demorou muito, pois o governo estadual estava oferecendo condições especiais na compra de um apartamento na região de Chapecó para tornar mais fácil a compra da casa nova. Rose e eu preferimos comprar uma casa na parte mais alta da cidade onde podia vê-la em detalhes. Minha mulher é muito comunicativa e logo depois que estávamos na casa já se tornara amiga íntima da vizinha que tinha o apelido de Lerdinha eu mesmo nunca soube o nome dela, mas era daquelas loiras desengonçadas, e uma excelente pessoa do tipo pau para toda obra. Foi ótimo a Rose ter feito essa amizade para ser companhia naquela cidade ainda estranha era o que pensava, mas eu mesmo não sabia que as duas tinham o mesmo gosto em tudo até no que diz respeito a pintura em tela, onde as meninas eram artistas com o pincel na mão. Dai para frente pensei que a minha vida tinha tomado, mas que nada nem tinha começado.

Certo dia quando chego em casa encontro Lerdinha com o semblante de assustado ai me sobe uma emoção ruim e indago por Rose. Ela começa dizendo que a Rose começou a passar mal então correram para um hospital credenciado do meu plano de saúde. Ela foi atendida por um clinico geral que no seu parecer falou se tratar de uma sinusite forte, deu-lhe remédio onde ficou mais fraca e mandou procurar um otorrino. Agradeço a Lerdinha pela dedicação e ajuda a Rose e que tomaria conta dela dali pra frente.

Quando acordou no outro dia dizia estar bem melhor, mas que não entendera o que aconteceu. Comentei com ela o que a Lerdinha me disse e pedi para procurar um otorrino onde pudesse fazer uma consulta. Mesmo ainda não estando 100% bem me colocou que não tinha nada disso e que não iria fazer, pois não tinha nada só um mal estar. Ela foi tão objetiva que acabou me convencendo coma sua conversa, pois nunca me mostrou ter alguma coisa.

Continuamos a nossa vida como sem nada tivesse ocorrido eu com tempo e pelo meu conhecimento subi na empresa e já chefiava a gerência operacional do grupo quando a secretária me chama dizendo para ir ao hospital, pois minha mulher estaria lá. Saí voando em direção do hospital, mil idéias diferentes passavam pela minha cabeça e não sabia a qual me agarrar. Tudo naquela tarde não conspirava a favor: o táxi que não passava , as ruas lotadas de carros situação incomum num dia normal isso ajudava Aida mais o meu sofrimento. Por fim graças a Deus cheguei e corri para recepção querendo saber noticias da minha mulher nisso D.Benedita que era uma das atendentes se aproximou logo para saber o que me afligia lhe expus o caso na hora foi para o computador para me passar a informação exata do que acontecia. Rapidamente volta dizendo que a minha mulher estava internada com problemas que na região era comum de acontecer com pessoas oriundas de outros estados que seria uma alergia a temperatura mais baixa. D. Rose estaria fazendo exames complementares para se ter uma visão mais detalhada do problema.

O hospital me passava tranqüilidade passou a ser um lugar frio sem vida enquanto aguardava alguma coisa de mais concreta. Parecia que iria gastar toda a sola do meu sapato de tanto andar de um lado para outro numa ansiedade só. Chega um médico perto de mim e se apresenta dizendo que se chama Milton e que era o otorrino chefe do hospital e o médico da minha mulher. Pediu-me para acompanha-lo ao seu consultório e eu louco para saber noticias da Rô fui.

Foi bem claro nas suas explicações sobre o caso de minha mulher dizendo que ela possui incompatibilidade com o clima frio. O mal estar que ela passa é em função disso, e não pode ter essa seqüência de ataques como ela teve se não pode leva-la até a morte repentina.

Aquela noite ela ainda deveria permanecer no hospital mais para avaliação do quadro e que deixaria para pegá-la no dia seguinte logo cedo.

Comuniquei ao meu superior o que estava acontecendo e ele me deu carta branca para resolver tudo e em primeiro lugar era a saúde da minha esposa.

De madrugada não conseguia fechar os olhos de tanto pensar o que fazer mediante tudo aquilo que acontecia. O telefone ressoa alto era do hospital pedindo a minha presença lá e não falaram mais nada. Pedi um táxi por telefone que custou a chegar por causa do horário e fiquei ansioso demais. Na hora que peguei o táxi pedi para o motorista ir o mais rápido possível para o hospital Metropolitano, pois tinha sido chamado de lá aquela hora da noite em função do estado de minha mulher. Parece ter percebido alguma coisa e disparou pelas ruas de Chapecó. Logo em seguida deixava o seu carro e me rumei a portaria, minha cabeça pirou ao ver o Dr. Milton na recepção também. Quando falava meu coração cada vez mais ficava apertado. Ele diz que Rose teve outra crise quando estava sendo motorizada, mas mesmo assim teve condição de salva-la A crise foi forte e maior do que os aparelhos que estavam ligados nela.

As lágrimas desceram do meu rosto com facilidade, mas sabia que teria de me manter sóbrio, pois éramos só nós dois ali construindo uma história e tinha de tomar todas as providências necessárias.

Perguntei ao Dr. Milton se no hospital faria o embalsamo do corpo para poder ser transportado para o interior de Minas Gerais. No que ele falou que seria uma coisa normal de ser feita no hospital, enquanto o atestado óbito ele também faria para ser levado aos lugares competentes. Nesta hora telefono para meu pai e minhas irmãs contando o fato e pedi para arranjar o velório da cidade para ser levado o corpo , pois este já estaria sendo embalsamado no hospital e que estaria vendo o seu transporte até Além Paraíba. Já pela manhã liguei para a Lerdinha lhe comunicando a situação. Sinto que ficou triste e dava para se ouvir os soluços de quem estava chorando pela notícia, pois tinha em Rose uma grande amiga que partira. Comentei com ela que o corpo estaria sendo embalsamado. Nisso ela me falou que não agüentaria ver a amiga morta, pois queria lembra-la como sempre foi cheia de vida.

Aproveitei esta tempo para ir em casa tomar um banho e passar na empresa e expor o que passava. Fiquei bobo de ver como notícia ruim corre o pessoal da empresa já sabia do falecimento de Rose e todos vieram me dar seus sentimentos. Ao conversar com o gerente ele veio me dizer que a empresa deixaria o avião da empresa comigo para que pudesse levar o corpo da esposa e que se quisesse me aguardaria lá para levar-me de volta até Chapecó. Agradeci muito e achei ótima a idéia. Da empresa contatei o Helinho piloto da firma no aeroporto e falei que estaria no lá com o corpo ao meio dia para que pudéssemos viajar. Ele me deu os pêsames pela perda da esposa e coloca-se a minha disposição. Do celular entrei em contato minha irmã falando que deveria chegar as quinze e trinta e gostaria de enterra-la naquele dia mesmo, falou fazer o possível, mas não garantiu nada. Pousamos as 15 horas e vinte minutos no aeroporto de Além Paraíba quando desligamos o avião o carro funerário encosta para recolher o corpo. Em seguinte dirigimos para o velório, Rose não tinha mas ninguém, pois quando ela deixou Além Paraíba os seus pais já teriam falecidos, mas me pediu várias vezes que quando morresse gostaria de ser enterrada perto deles coisa que lhe prometi. Meus familiares me cercaram me abraçavam expressando os seus sentimentos.

Foi duro recordar tantas emoções que passei ali no decorrer da minha vida quanto mais eu lembrava sentia meus olhos encherem d’água. Nesta hora todos viam a cena e me abraçavam mesmo sem entender o que acontecia. Achei melhor voltar no dia seguinte para Chapecó, pois lá teria muita coisa para fazer. Agradeci ao Helinho a força que me deu, chegando em casa separei as roupas de Rose as encaixotei e fui até uma instituição para doar essas peças, pois quando as visse me sentiria pior porque estava ali um belo pedaço da minha vida e por outro lado seriam um começo para quem recebesse. Daí em diante a solidão foi minha eterna companheira por muito tempo. É comum as pessoas mudarem com o tempo, e comigo não foi diferente e passei 5 anos quando achei melhor dá um basta na minha tristeza. Depois quando começo a sair freqüento lugares religiosos, pois queria me apegar a uma religião por achar que faz parte no coração de qualquer pessoa independente de qual fosse.

Eu, adoro esportes seja ele qual for e vibro do começo ao fim do jogo. Numa noite de outono fui assistir um jogo de vôlei feminino. Já no iniciar do segundo set vejo que aquela loira ficar mais entusiasmada do que antes e não entendia o porque. No saques que seria dado ouvir a mulher gritou acerta filha, daí para frente comecei ver a semelhança entre as duas e cheguei a conclusão que deveriam ser parentes pela maneira que a senhora dizia.

No dia seguinte o diretor da empresa me chama para passar e pedir orientação sobre alguns itens que lhe mandei. Dei-lhe todas as explicações sobre o relatório que lhe passei. Nisso ele me pediu para conhecer o Frigorifico Nascimento, pois a Rabicó Associados tem vontade de compra-lo, mas gostaria da opinião de um técnico experiente para dar um parecer sobre o assunto, pois envolvia muito dinheiro.

Deixei a visita para fazer na manhã seguinte por estar mais tranqüilo e com a cabeça já voltada para o assunto. Lá pelas dez horas chego ao Frigorífico Nascimentoe peço a Liliane, secretária para me anunciar para o Sr Glauco Abramo falando que era Yan Carlo da parte empresa Rabicó Associados. Logo fui recebido pelo Sr Glauco, estaria e também outros membros da família Abramo lá por ser uma empresa da família. Fomos conhecer as instalações da empresa para poder ver o real estado da mesma. Após este tour tive uma boa visão do estado foi desgastante, mas valeu a pena.

Voltando a para a sala da diretoria Liliane, secretária do Sr Glauco comenta que a D.Ione, sua irmã estaria a espera dele lá dentro. Entramos para pegar certos documentos que também seriam importantes para serem avaliados. Fito a mulher e vejo que estava assentada perto de mim no jogo de volei no ginásio dias atrás. Permaneci na minha para ver qual seria a reação dela, num primeiro instante nada aconteceu. Depois disso vi a troca de cumprimentos dos irmãos, o Sr. Glauco convida a todos para assentarmos na grande mesa redonda no cedntro da sala, para que a empresa pudesse me passar a sua proposta para ser levada à Rabicó Associados. Por pura coincidência sentei em frente a Sra Ione e no decorrer do assunto comercial ela sem ter nem porque diz que me conhecia, mas não sabia de onde? Para não atrapalhar a conversa falei que depois a explicaria e ela deu sinal de positivo.

A sorte da Frigorífico Nascimento, uma empresa familiar, foi colocada na minha mão e podia ver na feição de cada um, a perda de algo valioso.

Nos despedimos e fui para pegar um táxi, quando aguardava. D.Salete, para o carro e me oferece carona até a Rabicó Associados, nisso comentei queme conhecia da partida de volei que ela teria ido assistir dias atrás e que tinha sentado do meu lado. Balançando a cabeça como quem concordasse com aquilo que estava falando.no final perguntou porque estava sozinho no ginásio. Respondi-lhe que era viúvo já algum tempo e não tinha filhos. Ela comenta que é separada e que já era avó de uma linda menina ao então falei a ser nova ser avó o que ela riu envaidecida. Conversamos pouco, pois o trajeto não era grande, mas deu para sentir que era uma doce pessoa bem risonha.

Cuegei na empresa procurei o Sr. Marcos, um dos diretores para lhe expor o apanhado do Frigorífico Nasimento, só que D. Cristina sua secretária informou que sairia e que não voltaria mais naquela tarde então voltei para minha sala e despachei o resto dos documentos que estavam pendentes o resto da tarde.

Pela primeira vez depois de muito tempo uma mulher consegue mexer comigo de uma forma diferente coisa que até estranhei de acontecer por achar que não conseguiria gostar de verdade de mais ninguém, mas me enganei e descobri que tudo na vida tem o seu próprio momento de acontecer seja bom ou ruim por fazer parte da evolução de cada um. Era uma situação inesperada e diferente que comecei a passar e sou tímido demais nesses assuntos e via mesmo antes de acontecer já despontar em mim a tal da ansiedade.

Na manhã seguinte, volto a procurar o Dr. Marcos na empresa para lhe passar o que foi pedido por ele. Depois de ler tudo cuidadosamente perguntou-me a minha opinião pessoal da empresa visitada, nisso lhe fiz uma pergunta para qual o real motivo da compra da empresa Frigorifico Nasimento ele respondeu que seria para implantação de novos produto que a Rabicó tem em mente colocar no mercado o mais breve possível, pois o consumidor esige esta diversificaçao. Concordando com sua resposta falei que vale o que se pede, mas como comum em todo brasileiro que dê uma choradinha no preço para se tentar um desconto na operação. Ele sorriu com minmha resposta falando que seria só eu para dar uma resposta dessas e apertamos as mãos.

Dr.Marcos me pede para fazer o acompanhamento dessa compra, pois ele deveria se ausentar uns dias da empresa e que gostaria que quando voltasse tudo estivesse resolvido. Disse-lhe sem problemas, pois era acostumado a fazer isso e seria mais uma ser feito.

Por ser a compra de um valor alto e cheios de documentação tive de ir várias vezes ao Frigorífico Nascimento buscando e levando papéis. Em função disso estive várias vezes com a Ione coisa que para mim era bom, pois me deixava como um jovem adolescente no seu primeiro balançar do coração, mas nunca lhe falei do que sentia, deixando rolar só pra mim.

Quando o D. Marcos chega está tudo pronto como foi solicitado. A minha vida agora é outra ser sozinho e gostando de uma bela cinquentona catarinense.

E o Yan continua só....

Escritordsonhos
Enviado por Escritordsonhos em 24/05/2009
Código do texto: T1612546
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