Razão e sensibilidade - capítulo 3

CAPÍTULO 3

Meg adorava o que fazia, atuar era a sua vida. E tinha muita sorte! Era o que sempre dizia a si mesma. Afinal, assim que saiu da faculdade conseguiu um emprego ótimo, era mais um membro da companhia de teatro: The Globe.

O dono da companhia era Patrick Gray, 46 anos, físico atlético, cabelos negros e espessos, sua vida era o teatro e nele não caberiam outras coisas, nem mulheres. Ele não era gay, pensou Meg uma vez, devido ao jeito que olhava para ela e suas colegas de vez em quando. Patrick era viúvo, sofreu muito com a morte da amada esposa, e a única coisa que não o levou a uma profunda depressão foi o teatro.Sua vida, seu ar, seu trabalho.Tudo para esse homem se resume ao teatro.

O The Globe tinha como membros ainda,Frank, um nerd de 28 anos, franzino que usa óculos fundo de garrafa, era as vezes diretor mas, na maior parte assistente de direção de Patrick; tinha Margot, 38 anos, ruiva de cabelos cacheados e corpulenta, era a maquiadora e figurinista; havia ainda o Bob, 25 anos, alto, magro e negro cuidava de todos os efeitos visuais e sonoros e também era contra regra; e claro tinha o já mencionado Joe,o ator lindo e gay comprometido, que era o melhor amigo de Meg.

Naquele dia em questão, Meg se dirigiu ao Teatro que tinha o mesmo nome da companhia para a reunião semanal que havia entre os membros do The Globe.

Ela entrou, ventava muito forte lá fora o que fez com que custasse a conseguir a fechar a porta e quando conseguiu foi surpreendida por diversos espirros.Margot que estava próxima dela falou:

- Cuidado, menina! Desse jeito você pega um resfriado

-Pego nada!

-Cadê o seu gorro? E cachecol?

- Não tá tão frio!

- Quero ver você dizer isso depois que pegar uma pneumonia!

- Você está parecendo a minha irmã. Mas, obrigada pela preocupação.

- Como é que você tem tanta certeza que não vai ficar doente?

- Margot, Margot.... Eu não consigo um namorado nessa cidade, vou conseguir logo pegar uma gripe?

As duas riam quando, Patrick as chamou para a reunião.

......

- Muito bem. Primeiro, temos que nos parabenizar pelo sucesso da maratona de clássicos infantis! Principalmente. Com a Bela Adormecida, que não só foi sucesso de bilheteria, como também de crítica...

Palmas e gritos abafaram a voz de Patrick.

-E tem mais.

- Mais?!- disse Margot.

- Tem um cara, ele produz musicais da Brodoway, e ele viu o nosso trabalho e está interessado em produzir e investir financeiramente em nós.

Todos ficaram mudos. Era inacreditável, eles realmente tinham sorte.

- E ele exige ter a Meg como protagonista!

-Eu?- disse com a mão no peito.

- É você mesma.

- E qual será a peça? – perguntou Frank.

- Bem, ele conheceu uma nova roteirista e quer investir nela conjuntamente conosco. Então, ela fez uma adaptação de um livro para o teatro.

-Qual?- perguntou Joe.

- Emma.

-Emma, de Jane Austen?!- perguntou Meg ,surpresa.

-Essa mesma- respondeu Patrick.

- Eu sempre quis encenar Jane Austen. Mas, não esperava que fosse logo a minha favorita. Eu fazenda Emma Woodhouse e você, Joe de John Knighetly. Vai ser incrível. – dizia eufórica a Joe.

- Oh... Espere aí, Meg! Ainda falta uns detalhes que não mencionei. Joe não fará o seu par. É exigência que ele seja Frank Churchil. E para Knighelty, querem alguém que faça uma química perfeita com você e que seja pouco conhecido. Alguém novo- explicou Patrick.

- Isso significa, tardes intermináveis de testes!- disse Margot.

-Não, isso significa sucesso!- disse Patrick colocando a mão no ombro dela- Então vamos trabalhar!

Karoline Sá
Enviado por Karoline Sá em 08/05/2009
Código do texto: T1582462
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