Lembranças
Parece que foi ontem; a noite estava tranquila e o céu todo estrelado, parecia apenas mais uma indiferente noite carioca.
Eu e Ketty tínhamos acabado de sair do cinema, onde estreiava o picante filme, instinto selvagem, no qual o sexo era tratado como algo fora do controle humano.
Ketty era uma linda garota tímida, mas muito inteligentte. Ela foi criada desde de muito criança com sua avó Ana, uma sitemática protestante que não queria que sua neta soubesse nada sobre sexo. Acho que foi por isso que o filme a deixou tão encabulada, mas também muito curiosa.
Depois do filme resolvemos ir até o Cristo Redentor ver as luzes da baia de Copacabana, era algo sempre lindo de se ver.
Estavamos justamente falando sobre sexo, não aquele tão barato que vimos no cinema, nem tão pouco daquele que vó Ana tinha como pecaminoso e sujo, mas de um sexo maduro e consciente, fruto de um amor puro e de uma atração recíproca e respeitosa.
A noite estava quase perfeita quando derepente uma linda estrela cadente deslizou suavemente sobre o negro véu da noite mergulhando em meio a outras tantas luzes nas águas da baia. Naquele instante um só desejo surgiu em nossos corações, e nossos corpos descobriram um ao outro e nossas almas se enlaçaram para todo o sempre.