Primeiro encontro

Ele encostou a cabeça no encosto de madeira do banco da praça, já estava a quinze minutos esperando, mas ele se apressara e acabara chegando cedo ao encontro. Seus olhos deslumbraram o céu negro, a luz prateada da lua cheia era a única iluminação do ambiente deixando a mostra milhares de estrelas cintilantes no céu.

A praça estava completamente deserta, já era tarde mas a garota preferira o encontro nesse horário. As ruas estavam vazias também, ninguém parecia gostar de sair à noite naquela cidade.

O som de um carro cortou o silêncio no ambiente, o pneu deslizou macio no asfalto até parar a poucos metros de onde ele estava. A porta se abriu e ela desceu do automóvel.

O queixo dele caiu, sabia como ela era bonita, mas conseguira se surpreender novamente. Os cabelos negros lhe caiam lisos até a cintura, a pele alva e clara estava ainda mais iluminada pelo sorriso que ela trazia no rosto. Os passos pequenos marcados pelo salto alto da bota preta faziam-na ainda mais perfeita aos olhos do garoto.

O vestido negro roçava delicadamente nas pernas dela, ele estava ansioso por este momento, por conhecê-la, por estar perto dela, a anos que se falavam através da internet, mas ele nunca tivera a chance de vislumbrá-la.

Ele levantou-se para recebê-la, suas pernas tremiam involuntariamente, a boca seca o deixou ainda mais sem graça quando as palavras lhe custaram a sair:

- Vo.. você está des.. deslumbrante - ele gaguejou.

- Obrigada Alex, você está lindo! - ela aproximou-se analisando o rapaz.

As calças jeans surradas dele cobriam o all star preto, mas demostravam como as pernas eram fortes, a camiseta vermelha dele contrastava com os cabelos ruivos desalinhados. Ela olhou para o rosto envergonhado dele, segurou-lhe o queixo e beijou-o no rosto.

Alex sentiu suas faces ficarem rubras, seu sangue ferver em seu corpo, o perfume doce dela impregnando suas narinas e a mão macia dela ainda segurando seu rosto.

Ele segurou o pulso dela firmemente e a puxou para o banco de madeira.

- Que bom que você veio Miriam, não sabe o quanto eu esperei para lhe conhecer.

- Sei bem o quanto você esperou, acha que essa espera não me matou também? Mas, eu precisava ter certeza que você era confiável?

- E agora tem?

Ela suspirou e deitou a cabeça no peito musculoso dele.

- Sim, tenho meu amor.

Ele respirou fundo, era tudo que precisava ouvir, passou seus braços ao redor do corpo dela e a puxou para cima dele. As pernas dela postadas uma de cada lado do corpo dele, o vestido deixando as coxas à mostra.

Ela curvou-se e beijou o pescoço dele, a boca molhada e sedenta dela procurando a essência do perfume cítrico que ele usava passaram do pescoço para a orelha e ali ela se demorou, fazendo-o ter arrepios e deixando-o excitado.

Ele passou uma mão no pescoço dela acariciando a pele macia, podia sentir o calor emanando dela, a mão encontrou então os cabelos da nuca e ele entremeou os dedos nos fios puxando-os levemente, fazendo-a gemer.

Ela mordeu o lábio enquanto olhava os olhos azuis e penetrantes de Alex, o desejo tomou conta do rapaz, ele a trouxe mais para perto de si e os lábios se uniram em prazer e extase.

Antes que qualquer coisa pudesse ser dita Miriam estava sendo possuída pela força viril de Alex, os movimentos luxuosos faziam a garota sentir-se nas nuvens, e ele encontrou nos sinais dela o momento certo para fazê-la atingir seu auge.

Os dois permaneceram na mesma posição, cansados e satisfeitos, embora o desejo ainda os consumisse não era algo tão imediato e profundo.

Um vento gelado cruzou o parque, Miriam curvou-se para pegar o vestido caido ao chão, seus pêlos arrepiados foram a única coisa que Alex não percebeu, seus olhos fitavam os seios maravilhosamente excitados pelo gelo, e ele cravou seus dentes ferozmente na carne macia.

Ela gemeu de prazer e dor puxando com força os cabelos dele para tirá-lo dali. Uma gota de sangue escorreu do seio para o ventre, ele soltou-a e lambeu o sangue delicioso da garota.

- Como eu queria ser um vampiro, aposto que isso seria ainda melhor.

- Sorte a minha que você não é!

Ela vestiu-se rapidamente e enlaçou-o em um beijo ardente que deu a ele outra ereção.

- Me arrependo dessa demora para lhe conhecer - ela disse entre os lábios dos dois.

- Eu sabia que você iria se arrepender!

- Convencido!

- Não! Apenas sei o que é melhor para você.

- E o que é?

- Eu, claro.

Ele buscou o rosto dela com as mãos, a face perfeita de um anjo, seus dedos deslizaram pela pele macia e pelos tracejos graciosos enquanto ela lhe encarava com os olhos penetrantes.

- Não tem idéia de quanto eu te amo.

- Tenho uma vaga idéia sim, mas talvez pudéssemos deixar as coisas mais claras.

- Hmm, isso pode ser arranjado.

Com um movimento ele a retirou de seu colo e a deixou sentada no banco, então ajoelhou-se na frente dela, estendendo uma mão para pegar a dela.

Ela depositou a mão dentro da dele desconfiada.

- Quer casar comigo? - ele olhou-a com um olhar sedutor.

O mundo dela caiu quando ela sentiu o anel deslizar para seu anelar. Sem responder ela jogou-se aos braços de seu amado fazendo ambos irem ao chão.

- Isso é um sim?

- Você duvida?

- Prove então.

Emília Kesheh
Enviado por Emília Kesheh em 21/04/2009
Reeditado em 23/04/2009
Código do texto: T1552259
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.