Amor Macabro
O cemitério já estava encharcado pela forte tempestade que caía, quando Kathy caminhava, como de costume, em direção a um túmulo. Os relâmpagos clareavam o céu, iluminando as lápides das tumbas. Kathy parou no túmulo de Peter Grey, o homem que ela amava e por quem daria sua própria vida. Era difícil acreditar que agora o seu corpo estava ali, enterrado, sendo consumido pelos vermes.
Peter sempre dirigia com grande, habilidade, mas nunca poderia imaginar que seu trágico destino já estava selado, colocando-o frente a frente com um caminhão e provocando sua morte instantânea. Todas as noites Kathy ia ao cemitério para dizer-lhe boa-noite. Ela acreditava que Peter voltaria e, por isso, ainda mantinha o apartamento que ambos decoraram antes de marcar a data do casamento. Era impossível esquecer um amor tão profundo e, com os olhos cheios de lágrimas, saiu do cemitério sem perceber que um estranho vulto a acompanhava. Chegando ao apartamento onde ela e Peter tinham planejado viver, Kathy pegou o retrato de seu querido noivo. Misteriosamente o sorriso de seus lábios havia desaparecido e quando ela tentava compreender aquele estranho acontecimento a campanhia tocou. Kathy levou um grande susto. Ninguém sabia aquele endereço. Quem poderia ser?
Com as mãos tremulas, ela abriu a porta, sorrateiramente. Um vulto sinistro usando um sobretudo preto surgiu à sua frente.
- Quem é você? – perguntou Kathy apavorada.
- Sou Alan Grey, o primo de Peter.
Peter sempre falou que não tinha parentes. Quem seria aquela criatura?
Kathy estava curiosa e mandou que Alan entrasse. Só quando se acalmou pôde notar que ele se parecia muito com Peter. Foi então que Alan explicou que eles eram grandes amigos e Kathy começou a simpatizar com ele. Inexplicavelmente os dois logo se apaixonaram e Kathy ficou aflita por estar traindo a memória de seu noivo. Súbito, Kathy observou algo estranho na fotografia de Peter. Ele sorria novamente como se estivesse aprovando o seu amor por Alan.
Agora Kathy tinha certeza do que havia realmente acontecido. Peter havia voltado do além, em outro ser e estava ali, envolvendo-a, novamente, em seus braços!